GWM Poer Hi4-T: picape híbrida flex terá motor revolucionário de 414 cv
A GWM já anunciou que começará a produzir seu primeiro veículo no Brasil, na fábrica de Iracemápolos (SP), a partir de maio de 2024. Será a picape média Poer Série P, que virá com motorização híbrida flex e tração 4x4. Durante recente live no YouTube, o COO (Chefe de Operações) da arca no País, Oswaldo Ramos, deu mais detalhes do projeto.
Na apresentação, Ramos afirmou que a GWM Poer contará com uma “motorização revolucionária”, “estreada recentemente pela matriz” em produtos da fabricante na China, mas que “ainda não foi aplicada na picape Série P”. “É o grande segredo que estamos guardando até o lançamento dela”, completa.
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A Mobiauto entende que o executivo se refere ao conjunto Hi4-T, uma evolução do sistema DHT já usado pela família Haval H6 e H6 GT no Brasil. Apresentado em maio deste ano, o conjunto está previsto para ser aplicado em todos os veículos com tração 4x4 ou integral da GWM no mundo até 2024. 7
Obviamente, as picapes Poer fazem parte do plano, bem como os jipes da linha Tank. E é o Tank 500, um SUV de sete lugares talhado para brigar com o Toyota SW4, o segundo produto da fabricante a ser nacionalizado, no segundo semestre de 2024, poucos meses depois da Poer.
Como será o motor Hi4-T da picape GWM Poer
Uma evolução do sistema DHT (Transmissão Híbrida Dedicada), o sistema Hi4 é uma sigla que significa “Tração Híbrida Inteligante nas Quatro Rodas”, na tradução livre do inglês. O T representa o uso do motor 2.0 turbo em uma plataforma de chassi sobre longarina, mas é possível aplicar o conjunto motriz também a propulsores aspirados, tal qual a motorização DM-i, da BYD, bem como à matriz monobloco LMN.
Nesta última variante, o GWM Hi4 é aplicável sobre o motor 1.5 turbo de ciclo Miller do Haval H6 e por 1.5 aspirado de ciclo Atkinson, derivado desse mesmo bloco. Essas duas opções serão aplicadas a qualquer modelo de tração integral da plataforma LMN, a mesma dos Haval H6.
Porém, no caso dos produtos da plataforma de chassi com longarina da marca, como a picape Poer e o SUV Tank 500, o segundo produto da empresa a ser fabricado localmente, o motor é um 2.0 turbo, também de ciclo Miller, que já está sendo preparado pela Bosch para ser flex no Brasil. O conjunto já foi debutado na China por outro jipe da linha Tank, o Tank 400, além de uma versão do próprio Tank 500.
Sozinho, o motor 2.0 turbo (que a Mobiauto vem
apontando para uso na picape Poer desde novembro de 2022) rende 255 cv de
potência com gasolina e 38,7 kgfm de torque. Já o conjunto elétrico possui dois
motores elétricos de tração, um sobre cada eixo, capazes de atuar de maneira
independente do motor a combustão ou em conjunto com este.
Tank 400 Hi4-T
Um grupo de sensores determina em milésimos de segundo o melhor modo de atuação do conjunto: em retomadas ou velocidades mais baixas, é sempre o motor elétrico a atuar. A velocidades de cruzeiro, é o 2.0 turbo quem traciona as rodas. Já em momentos de kickdown ou necessidade de força máxima, combina-se ambos.
Trata-se de uma motorização muito parecida com a própria DHT, porém aprimorada eletronicamente e simplificada mecanicamente, a fim de melhorar ainda mais o aproveitamento energético do veículo. O câmbio é automático de nove marchas.
No caso do Tank 400 e do Tank 500 Hi4-T, a potência combinada fica em 414 cv e o torque combinado, em 76,5 kgfm. Esta deve ser a especificação escolhida pela GWM para a picape Poer e o SUV de sete lugares Tank 500 no Brasil.
Por fim, um sistema chamado ITVC (Controle Inteligente de Vetorização de Torque) otimiza a entrega de torque entre os eixos e as rodas em situações de uso off-road. Com esse conjunto, o Tank 400 vai de 0 a 100 km/h em apenas 6,9 segundos. No caso da Poer
Outra questão é que tanto a picape GWM Poer quanto o SUV de sete lugares Tank 500 nacionais devem ser híbridos flex do tipo PHEV (plug-in), com recarga externa, graças a um banco de baterias robusto, de 20 kWh, que permite superar os 100 km de autonomia em modo apenas elétrico de condução.
Jornalista Automotivo