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CHEVROLET SPIN 2025 é o MELHOR CARRO DA MARCA?

NOVO COROLLA CROSS tem cara de ELÉTRICO e ACABA com POLÊMICAS

Biocombustível precisa de eletrificação para ser mais eficiente e ganhar expansão internacional

<h3>Por Pedro Kutney</h3>
Os esperados lançamentos nos próximos dois a três anos de novos carros híbridos flex, equipados com motores elétricos e a combustão que podem rodar com gasolina e etanol em qualquer proporção, indicam uma rota tecnológica que pode conferir ao biocombustível a relevância internacional que lhe falta.
Especialistas apontam que a combinação do biocombustível com a eletrificação é atualmente a solução mais eficiente para reduzir emissões de CO2 dos carros.
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Segundo cálculos da Unica (União da Indústria da Cana), considerando o ciclo completo do poço à roda – inclui o plantio e colheita da cana, seu processamento, transporte e distribuição, além do uso nos carros –, um veículo alimentado exclusivamente com a gasolina brasileira, com 27% de etanol anidro, emite 131 gramas de CO2 por quilômetro, contra apenas 37 g CO2/km abastecido integralmente com o etanol hidratado de cana.&nbsp;
Esse valor é menor do que um modelo a elétrico bateria na Europa, que alimentado pela matriz energética atual da região emite 54 g CO2/km – e emitiria 35 g CO2/km se usasse a energia mais limpa gerada no Brasil, 64% a partir de hidrelétricas.&nbsp;
O híbrido flex, como o Toyota Corolla já produzido no país desde 2019, apresenta a melhor relação de eficiência: abastecido só com etanol tem emissão de 29 g CO2/km.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/phev-mhev-bev-entenda-as-siglas-de-carros-eletricos-e-hibridos/1778">PHEV, MHEV, BEV: entenda as siglas de carros elétricos e híbridos</a>
 
<h2>Legislação favorece os híbridos flex</h2>
Mesmo no Brasil do etanol, que teoricamente não precisaria de carros elétricos para neutralizar as emissões de CO2, a eletrificação da motorização dos veículos será quase uma obrigação para atender às metas bem mais apertadas de eficiência energética da segunda fase do programa Rota 2030, de 2023 a 2027. A Mobiauto explicou o tema r<a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/proxima-norma-de-emissoes-vai-obrigar-carros-a-serem-hibridos-no-brasil/1610">ecentemente neste outro artigo</a>.
Sem a ajuda do powertrain elétrico em alguma medida, especialistas julgam ser impossível atingir os novos objetivos de gasto energético máximo, calculados em megajoules por quilômetro, independentemente do combustível usado.
Os motores a combustão também estão na alça de mira da legislação brasileira estabelecida pelo Proconve, o programa de controle de emissões veiculares de gases poluentes.&nbsp;
A próxima fase do Proconve para veículos leves, a L8, começa em 2025 com limites bem mais rígidos, o que também deverá requerer algum grau de eletrificação para atender a lei.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/os-carros-eletricos-e-hibridos-mais-vendidos-no-brasil-em-2021/1533">Os carros elétricos e híbridos mais vendidos no Brasil em 2021</a>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Toyota/Corolla+H%C3%ADbrido/Melhores-carros-para-fam%C3%ADlia-Toyota-Corolla.jpg" width="1281" height="853"/>
A grande vantagem ambiental do etanol é que cerca de 90% das emissões de CO2 provenientes da queima do biocombustível nos carros são reabsorvidos pela própria plantação de cana-de-açúcar, matéria-prima de 90% do álcool combustível consumido aqui – outros 10% vêm do milho.
Contudo, o etanol também emite poluentes, como aldeídos (potencialmente cancerígenos) e os gases orgânicos não-metano, os NMOG, que eleva a concentração de ozônio na baixa atmosfera e causa problemas respiratórios.
Atualmente, os motores alimentados por etanol emitem esses compostos em níveis acima do que está previsto no Proconve L8. Algo que terá de ser resolvido até 2025.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/qual-carro-eletrico-vendido-no-brasil-vai-mais-longe-com-uma-recarga/1713">Qual carro elétrico vendido no Brasil vai mais longe com uma recarga?</a>
Com esse cenário à vista logo adiante, boa parte dos fabricantes de veículos instalados no Brasil tem projetos, em diferentes graus de maturação, para lançar modelos híbridos flex no país, hoje um segmento explorado apenas pela Toyota, que produz dois modelos em duas fábricas paulistas.
Todos os demais híbridos vendidos no mercado brasileiro até agora são importados e equipados com motores a gasolina.
 
<h2>Híbridos flex dependem de escala</h2>
Em setembro de 2019 a Toyota lançou aqui o primeiro carro híbrido flex do mundo, a versão topo de linha do sedan Corolla produzido em Indaiatuba (SP), que chamou de “híbrido mais limpo do mundo” – como comprovam as medições citadas acima.&nbsp;
Um ano e meio depois a mesma propulsão passou a equipar o SUV Corolla Cross feito em Sorocaba (SP). Ambos são híbridos fechados, não plugáveis, com bateria recarregável somente pelo motor.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/toyota-corolla-cross-hybrid-suv-anda-bem-e-e-economico-mesmo-lotado/1072">Toyota Corolla Cross Hybrid: SUV anda bem e é econômico mesmo lotado?</a>
O powertrain é inteiramente importado do Japão e até o momento a montadora não revelou planos de nacionalizar o sistema, afirma que para isso precisa de escala de produção maior.
Desde o fim de 2019 até o primeiro trimestre deste ano a Toyota já vendeu mais de 40 mil unidades de versões híbridas flex, perto de 40% das vendas de ambos os modelos no período, volume acima das expectativas da própria fabricante, comprovando que há mercado para essa opção.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/toyota-corolla-cross-hibrido-visitara-o-posto-mais-do-que-voce-imagina/678">Toyota Corolla Cross híbrido visitará o posto mais do que você imagina</a>
Sabe-se que os dois maiores fabricantes no Brasil, Volkswagen e Grupo Stellantis (produzindo no país carros das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën) estão desenvolvendo modelos híbridos flex que podem ser lançados até 2024. Com mais incertezas, Renault e Nissan também têm projetos em desenvolvimento.
Parece bastante provável que a chinesa Great Wall também deverá incorporar o sistema bicombustível etanol-gasolina aos modelos híbridos de SUVs e picapes que pretende produzir no Brasil a partir do segundo semestre de 2023, na fábrica comprada da Mercedes-Benz em Iracemápolis (SP).
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Toyota/Corolla+Cross/Avalia+-+Renan/Corolla-Cross-Hybrid-XRX-2022-3x4-dianteira.jpg" width="1280" height="853"/>
Em tese, outras fabricantes também poderiam incorporar facilmente o sistema flexfuel em modelos a serem feitos no país futuramente, ou até mesmo importados. Tudo depende de escala.&nbsp;
Se o mercado brasileiro parar de crescer, como acontece no momento, especialmente para as marcas com baixos volumes de vendas, será difícil justificar gastos com adaptações de tecnologias para vender poucos carros. Ou seja: precisa valer a pena.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/avaliacao-por-que-o-volvo-xc40-hibrido-e-um-carro-5-estrelas/381">Avaliação: por que o Volvo XC40 híbrido é um carro 5 estrelas</a>
Em tese, a tecnologia flex pode ser aplicada em qualquer tipo de powertrain eletrificado, desde o mais barato híbrido leve com bateria de 48 V, em que o impulsor elétrico só ajuda nas partidas, passando pelo híbrido fechado (caso dos Toyota brasileiros), até os mais caros híbridos plug-in.
Estes podem ser recarregados na tomada ou pelo motor a combustão e rodam cerca de 50 km com propulsão elétrica, ou híbridos em linha, que têm tração 100% elétrica e usam motor térmico como gerador para recarregar as baterias.
Seja qual for o sistema adotado, para ganhar escala, a tecnologia flex, o uso de etanol e sua combinação com a eletrificação precisam ganhar escala global, para se tornar viável e relevante.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/carro-eletrico-12-duvidas-muito-comuns-que-todo-mundo-tem-sobre-ele/710">Carro elétrico: 12 dúvidas muito comuns que todo mundo tem sobre ele</a>&nbsp;
 
<h2>Em busca de relevância</h2>
Se o Proálcool, nos anos 1980, foi o maior plano de substituição de combustível fóssil do mundo – obviamente antes de se ouvir falar em carro elétrico –, o sistema flexfuel criou no Brasil o mais bem-sucedido programa de descarbonização com uso de biocombustível renovável, garantindo ao país a matriz energética veicular mais limpa do mundo, mas em baixa escala.&nbsp;
Atualmente só o Brasil, que responde por apenas 2,5% das vendas globais de veículos, tem larga distribuição e uso de álcool combustível no mundo. É pouco para garantir a sobrevivência da tecnologia flex, com ou sem eletrificação.
“Se continuarmos a desenvolver motores flex só para um mercado de menos de 2 milhões de veículos [por ano], claro que vamos perder relevância no mundo. Mas se projetarmos aqui propulsores que rodam com etanol em conjunto com tecnologia híbrida, isso nos coloca em um mercado global potencial de 11 milhões [de unidades/ano], considerando só as vendas da Volkswagen no mundo hoje”, calcula
Pablo Di Si, presidente da VW América Latina.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/ter-um-carro-eletrico-no-brasil-vale-a-pena-quem-tem-responde/1103">Ter um carro elétrico no Brasil vale a pena? Quem tem responde</a>&nbsp;
O executivo é um defensor do biocombustível como solução mais rápida e viável para reduzir emissões veiculares. Ele conseguiu incluir o etanol no plano global de descarbonização da Volkswagen e aprovou investimento para criar em São Bernardo do Campo (SP) um centro de pesquisa e desenvolvimento de biocombustíveis.
Aqui mesmo no Brasil é necessário criar condições para elevar o uso do biocombustível. Apesar de mais de 80% dos veículos leves novos vendidos no país serem equipados com o sistema flex, que já foi aplicado a quase 40 milhões de carros desde o lançamento em 2003, o etanol responde hoje por apenas 37% do consumo de combustíveis por automóveis e utilitários no país. É pouco, reduz substancialmente o potencial ambiental de neutralizar emissões de gases de efeito estufa.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/carro-hibrido-as-7-duvidas-mais-comuns-sobre-ele/1758">Carro híbrido: as 7 dúvidas mais comuns sobre ele</a>
Isso ocorre porque o preço do etanol não compensa em relação à gasolina na maior parte dos estados brasileiros. A formação de estoques reguladores, concessão de incentivos e a transformação do biocombustível em commodity internacional, com maior produção no mundo, são fatores fundamentais para tornar o álcool combustível mais competitivo.
Se isso acontecer, carros híbridos flex deixariam de ser uma “jabuticaba”, algo que só cresce no Brasil, e passariam a ser produzidos e vendidos em maior escala e diversos outros países.&nbsp;
 
<h2>Brasil e Índia podem dobrar produção de carros flex</h2>
O mundo automotivo está atualmente dividido em dois. De um lado estão os países mais ricos, que representam hoje 74% das vendas mundiais de veículos, cerca de 60 milhões de unidades em 2021, basicamente China, Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão, que rumam para a eletrificação parcial e total do powertrain.&nbsp;
Do outro lado estão nações subdesenvolvidas que não podem pagar por isso, incluindo o Brasil e Índia, os únicos entre os dez maiores mercados de veículos do mundo que estão fora da rota de eletrificação, mas que têm alto potencial de produção e consumo de biocombustíveis.
Os governos de Índia e Brasil vêm se aproximando em torno do etanol, em um movimento com potencial de dobrar a produção de carros flex no mundo. A Índia é o quarto maior mercado de veículos do mundo e quer aproveitar a solução brasileira para descarbonizar sua matriz energética extremamente suja – o país é o quarto maior importador de gasolina e gera 73% de sua energia elétrica em usinas a carvão.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/vw-lancara-seis-carros-hibridos-flex-no-brasil-nos-proximos-cinco-anos/1117">VW lançará seis carros híbridos flex no Brasil nos próximos cinco anos</a>&nbsp;
Na semana passada, uma missão brasileira esteve na Índia. Representantes dos governos dos dois países, além de empresários do setor sucroalcooleiro e fabricantes de veículos – Pablo Di Si da Volkswagen e Roberto Braun da Toyota –, assinaram protocolos para estabelecer cooperações com o objetivo de transferir aos indianos tecnologias para aumentar a produtividade do cultivo de cana, além da produção de etanol e de veículos flex.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Jeep/Compass+4xe/avalia+-+Renan/Jeep+Compass+4Xe-0901.jpg" width="1280" height="720"/>
O grupo Stellantis também tem planos de lançar modelos com o sistema híbrido flex nos próximos anos
Com ou sem eletrificação, o etanol pode evoluir para ser opção viável à descarbonização da matriz energética veicular em algumas regiões do planeta, especialmente onde falta renda para bancar carros elétricos e há condições para produzir o biocombustível.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/jeep-grand-cherokee-4xe-2-hibrido-da-marca-sera-ainda-mais-luxuoso-e-caro/1756">Jeep Grand Cherokee 4xe: 2° híbrido da marca será ainda mais luxuoso e caro</a>
Se souber utilizar sua experiência adquirida com o etanol e combinar o biocombustível com a eletrificação em modelos híbridos flex, o Brasil poderá liderar a descarbonização veicular de uma parte do mundo que não tem renda para comprar carros elétricos, mas que também precisa atender compromissos de redução de emissões de CO2.&nbsp;
Essa porção do planeta consome atualmente algo como 20 milhões de veículos por ano, considerando América Latina, África e países asiáticos com exceção de China, Japão e Coreia do Sul. É uma oportunidade.
 
<h2>OBSERVAÇÕES 
</h2>
<h3>• Renault pode vender parte da Nissan</h3>
A Renault considera vender uma parte de sua participação acionária de 43% na Nissan, avaliada em € 7 bilhões, que criou a Aliança entre as duas fabricantes há 23 anos. A notícia foi publicada semana passada pela agência Bloomberg e é atribuída a fontes da empresa.
Segundo essas fontes, a Renault tentará vender parte de suas ações na Nissan em uma operação delicada, sem acabar com a Aliança, buscando reequilibrar as forças das duas empresas na sociedade, tendo em vista que a japonesa tem participação cruzada bem menor na francesa, de 15%, sem grande poder de mudar decisões.
Seria uma forma de a Renault levantar recursos para viabilizar investimentos em uma nova empresa de carros elétricos, além de compensar perdas bilionárias que deve acumular com sua saída da Rússia, para cumprir com as sanções impostas pela União Europeia após o país invadir a Ucrânia.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/eis-o-suv-hibrido-com-330-cv-e-200-km-l-que-a-gwm-deve-lancar-no-brasil/1747">Eis o SUV híbrido com 330 cv e 200 km/l que a GWM deve lançar no Brasil</a>&nbsp;
O mercado russo é o segundo maior da montadora no mundo. Para além da perda de vendas, a saída da Rússia pode custar ao grupo € 2,2 bilhões em ativos, incluindo uma fábrica em Moscou. A Renault também tenta vender a um investidor local sua participação majoritária na AvtoVaz, fabricante dos modelos Lada.
 
<h3>• Pagamento de € 19 milhões a Tavares causa choque</h3>
Após apresentar resultados financeiros além do esperado, com lucro líquido de € 13,4 bilhões no primeiro ano da fusão dos grupos PSA e FCA, a Stellantis quer pagar ao seu poderoso CEO, Carlos Tavares, salários, bônus e benefícios que somam € 19 milhões em 2021, além de remunerações de longo prazo até 2028 de € 25 milhões e ações no valor atual de € 32 milhões e outros.
O astronômico pacote de pagamentos a Tavares ainda será melhor explicado, mas causa polêmica e foi rejeitado por 52% dos participantes da última assembleia de acionistas realizada em 13 de abril. No entanto, a votação é consultiva, não tem o poder de barrar os pagamentos de 2021 já aprovados pelo conselho da companhia.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/avaliacao-jeep-compass-4xe-anda-forte-e-por-quase-1-000-km-mas-o-preco/1754">Avaliação: Jeep Compass 4xe anda forte e por quase 1.000 km, mas o preço...</a>
Na última semana antes do segundo turno da eleição presidencial na França, ambos os candidatos consideraram o valor escandaloso diante da perda de renda da população – e prometeram propor medidas para barrar o pagamento.
“Estamos falando de somas astronômicas, precisamos colocar limites”, afirmou o presidente reeleito Emmanuel Macron, antecipando a posição do governo francês, que tem participação de 6% na Stellantis, ainda da época em que injetou recursos para salvar a PSA.
 
<h3>• 450 ônibus Caio em Angola</h3>
Com o embarque de mais 45 veículos, a Caio completou a entrega de 450 ônibus urbanos para Angola, que se tornou um dos maiores clientes da encaroçadora fora das Américas.&nbsp;
A venda foi feita pelo Grupo Asperbras, que mantém concessionárias Volkwagen no país africano. Os chassis Volksbus receberam carrocerias Apache VIP, com lotação máxima de 74 passageiros.&nbsp;
* Pedro Kutney é jornalista especializado em economia, finanças e indústria automotiva. É autor da coluna Observatório Automotivo, especializada na cobertura do setor automotivo. Ao longo de mais de 35 anos de profissão, foi editor do portal Automotive Business, editor da revista Automotive News Brasil e da Agência AutoData. Foi editor assistente de finanças no jornal Valor Econômico, repórter e redator das revistas Automóvel &amp; Requinte, Quatro Rodas e Náutica.
Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.&nbsp;
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Carros híbridos flex vão inundar o mercado e darão relevância ao etanol

Grupo VW teve lucro de 20 bilhões em 2021, quase o dobro de 2019. Venda de veículos elétricos foi fundamental para o resultado

A resposta para essa pergunta está nos carros elétricos. Graças a eles, o grupo Volkswagen conseguiu atravessar o segundo ano pandêmico no azul e ostentando uma margem de lucro generosa de 20 bilhões de euros, mesmo vendendo 2,4 milhões de veículos a menos, comparando com 2019.&nbsp;
A Volkswagen juntamente com outras marcas do grupo vendeu 8,6 milhões de veículos no mundo ano passado. O resultado foi uma receita de 250,5 bilhões de euros, que representa um aumento de 12% no ganhos gerados pelas vendas em relação a 2019. &nbsp;
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Além disso, quase dobrou a margem de lucro. Os elétricos foram fundamentais para o conglomerado obter este resultado em meio a queda nas vendas, já que são expressivamente mais caros que os modelos a combustão de categoria compatível.&nbsp;
Mas vale considerar, embora não citado pelo grupo, os pesados aumentos de preço em todos os veículos durantes os últimos dois anos, e a maior atenção aos veículos de maior margem de lucro.&nbsp;
Voltando para os eletrificados, foram 452.900 veículos à bateria entregues somente em 2021 pelo grupo que é líder na Europa. Lá abocanha uma fatia de 25% do mercado. Nos EUA, principal praça de veículos híbridos e elétricos, a Volkswagen garantiu uma posição na vice-liderança, representando 7,5% das vendas totais.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/os-carros-eletricos-e-hibridos-mais-vendidos-no-brasil-em-2021/1533">Os carros elétricos e híbridos mais vendidos no Brasil em 2021</a>
Na China, outro polo importantíssimo para este segmento, a participação foi quatro vezes maior que em 2020, totalizando 92.700 veículos eletrificados vendidos, segundo dados da VW.&nbsp;
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Porsche/Taycan/Avalia%C3%A7%C3%A3o/Porsche+Taycan+Turbo+S+2021+dianteira+chapada.jpg" width="1280" height="853"/>
O brasileiro contribuiu com a aquisição de: 554 Porsche Cayenne (PHEV), 379 Porsche Taycan (BEV) e 252 Audi E-Tron (BEV).
O grupo alemão, assim como outras fabricantes de automóveis enfrentaram uma crise de escassez de semicondutores sem precedentes devido a pandemia, gerando quedas brutais nas vendas. No ano passado, foram vendidas 600 mil unidades a menos que em 2020. Mas nada se compara ao declínio de 2,4 milhões em relação a 2019.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/toyota-e-mais-valiosa-que-tesla-ferrari-e-land-rover-juntas/1334">Toyota é mais valiosa que Tesla, Ferrari e Land Rover juntas</a>
No entanto, Arno Antlitz, CFO do Grupo Volkswagen agrega os resultados a mais alguns fatores e as estratégias traçadas pelo grupo no último ano:&nbsp;
“Em 2021, aumentamos nossa robustez geral, alcançando melhores margens, reduzindo custos indiretos, reduzindo nosso ponto de equilíbrio e mantendo a disciplina de capex. Nossas recompensas foram resultados sólidos e fluxos de caixa. Ao mesmo tempo, não fizemos concessões quando se trata de investimentos futuros e avançamos para nos tornarmos um provedor de mobilidade sustentável e orientado por software”, afirmou o CFO.&nbsp;
Segundo dados do grupo, o fluxo de caixa líquido aumentou 35% para 8,6 bilhões de euros em comparação com o ano anterior. A liquidez liquida sólida passou para 26,7 bilhões de euros, o que significa um aumento de mais de 5 bilhões de euros comparado a 2019.&nbsp;
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<h2>Prospecções para 2022</h2>
A expectativa do grupo Volkswagen é um aumento entre 8% e 13% na receita de vendas, o que corresponde a valores entre 270 bilhões de euros e 282 bilhões de euros.&nbsp;
Porém, o grupo alerta que o desenrolar da guerra na Ucrânia será decisiva para os resultados e considera que o conflito no país pode trazer impactos até mais negativos que o da pandemia a depender do período que irá perdurar.&nbsp;
[video]
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Como VW dobrou o lucro vendendo 2,4 milhões de carros a menos em 2021

Marca japonesa lidera com sobras ranking de buscas mundial, mas ela não domina no Brasil. Por aqui, a líder é outra…

A Toyota foi a marca de carros mais pesquisada na internet em 47 países no ano passado, o que a torna a marca de carros mais buscada pelos usuários em todo o mundo pelo segundo ano consecutivo.
A pesquisa foi realizada pela consultoria <a href="https://www.comparethemarket.com.au/car-insurance/most-searched-car-brands-2021/">Compare the Market</a> em 154 países, com dados do Google Trends entre janeiro e dezembro do ano passado. O levantamento começou a ser feito em 2018 e em três dos quatro anos a empresa japonesa apareceu na liderança. A exceção foi 2019, quando perdeu a ponta para a BMW.
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Sozinha, a Toyota foi responsável por 31% de todas as buscas relacionadas a marcas de veículo no mundo no ano passado. É mais do que todas as suas concorrentes da indústria de automóveis generalistas somadas.&nbsp;
E olha que, apesar do número expressivo, a fabricante nipônica na verdade perdeu espaço no mercado mundial. Em 2020, ela havia dominado as pesquisas em 55 países, sendo desafiada apenas por marcas dos segmentos premium e de luxo.&nbsp;
Sem dúvidas a Toyota está em um dos seus melhores momentos da sua história, além de ser a marca mais pesquisada globalmente, também foi <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/toyota-rompe-dominio-de-90-anos-da-gm-e-vira-lider-de-vendas-nos-eua/1520">líder de vendas nos EUA em 2021</a>, rompendo o domínio de 90 anos da Chevrolet. Como se não bastasse, a Toyota também foi avaliada ano passado como a <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/toyota-e-mais-valiosa-que-tesla-ferrari-e-land-rover-juntas/1334">marca mais valiosa do mundo pela Interbrand</a>.
 
<h2>Marcas premium na sequência</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diversas/Marcas-mais-pesquisadas-no-mundo-Tesla.jpg" width="1281" height="853"/>
Ocupando o segundo e terceiro lugar do ranking estão as alemãs BMW, com liderança em 29 países, e Mercedes-Benz, em 23 países. Ambas também mantiveram as posições por dois anos seguidos, mas com uma representatividade menor nas buscas do Google.
Enquanto isso, a Audi aumentou sua liderança de cinco países em 2020 para 11 em 2021, saltando da sétima posição do ranking para a quarta.
Em quatro anos de estudo, esta foi a primeira vez que a Tesla apareceu na liderança das buscas em pelo menos um país. A marca do bilionário Elon Musk ficou em primeiro lugar entre os internautas de Hong Kong, Israel, Macau, Cingapura e China, e em segundo ou terceiro lugar em outros 19 países. Confira o ranking completo:
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/toyota-rompe-dominio-de-90-anos-da-gm-e-vira-lider-de-vendas-nos-eua/1520">Toyota rompe domínio de 90 anos da GM e vira líder de vendas nos EUA</a>
 
<h2>Dez marcas de carros mais pesquisadas em 2021</h2>
1. Toyota: no topo das buscas em 47 países 
2. BMW: 29 
3. Mercedes: 23 
4. Audi: 11 
5. Kia: 7 
6. Hyundai: 6 
7. Tesla: 5 
8. Renault: 4 
9. Ford: 4 
10. Honda: 3 
11. Suzuki: 2 
12. Fiat: 2 
13. Chevrolet: 2 
14. Volvo: 2 
15. Nissan: 2 
16. Lexus: 2 
17. Peugeot: 1 
18. Rolls-Royce: 1 
19. Mazda: 1
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/toyota-e-mais-valiosa-que-tesla-ferrari-e-land-rover-juntas/1334">Toyota é mais valiosa que Tesla, Ferrari e Land Rover juntas</a>
 
<h2>Marcas populares</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diversas/Marcas-mais-buscadas-no-mundo-Kia.jpg" width="1279" height="853"/>
Entre as marcas generalistas, as coreanas foram as que mostraram maior expressividade em âmbito global. A Kia liderou as pesquisas em sete nações e a coirmã Hyundai, em seis.&nbsp;
Já marcas como Ford, Renault, Suzuki, Nissan, Peugeot, Chevrolet e Fiat foram as preferidas entre um e três países. É interessante notar que mesmo que, somadas todas as marcas generalistas, ainda assim a Toyota liderou mais buscas que as concorrentes juntas.
Curiosamente, a Volkswagen não foi a marca mais buscada em nenhuma região. Até mesmo a Rolls-Royce, que pertence ao segmento de superluxo, foi campeã de pesquisas em pelo menos um país.
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<h2>Fiat é marca mais pesquisada no Brasil</h2>
No Brasil, porém, não é a Toyota, nem a Tesla, nem a BMW, nem a Mercedes-Benz, nem Audi que dão as cartas quando se fala em pesquisas relacionadas a marcas de carro no Google.
Por aqui, quem lidera é a Fiat. Não era para menos, já que o carro mais vendido em 2021 no país foi a <a href="http://mobiauto.com.br/fiat/strada">picape Strada</a>, que é um sucesso absoluto no seu segmento, assim como a irmã <a href="http://mobiauto.com.br/fiat/toro">Toro</a>. Além disso, 2021 foi o ano do lançamento do tão aguardado SUV <a href="http://mobiauto.com.br/fiat/pulse">Pulse</a>, oficialmente apresentado em rede nacional no Big Brother Brasil.&nbsp;
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Toyota é mais buscada na internet que todas suas concorrentes juntas

Teaser da segunda geração da picape, que será feita sobre a plataforma da Ford, revela primeiros detalhes do modelos, que será produzido na África do Sul

A nova Volkswagen Amarok, com previsão para ser lançada em 2023, teve o primeiro teaser da versão de produção divulgado pela fabricante. No anúncio, a marca confirmou que fará a picape na África do Sul, na mesma fábrica onde será produzida a nova geração da Ford Ranger.&nbsp;
Não havia momento mais propício que este para a VW entregar algumas informações para aguçar os curiosos e entusiastas do setor. Afinal, a <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/nova-ford-ranger-tera-visual-de-maverick-bombada-e-multimidia-gigante/1410">nova Ford Ranger</a> acabou de sair do forno e já começará a ser vendida em 2022 no mercado europeu.&nbsp;
É com ela que a VW Amarok irá compartilhar a plataforma, diversos componentes e, segundo especuladores, até algum motor. As imagens, que mais parecem desenhos animados, nos entregam algumas pistas do que estar por vir.&nbsp;
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<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diversas/VW-Amarok-Teaser-Lateral-2023.jpg" width="1279" height="853"/>
Antes de entrar em detalhes, vale esclarecer que essa nova Amarok não está cotada para o Brasil. Os modelos fabricados na África do Sul são destinados à Europa. A VW previa fabricar esta nova Amarok na Argentina junto da nova Ranger, mas cancelou o projeto.
Em seu lugar, <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/vw-tarok-enfim-tem-data-de-chegada-para-peitar-a-toro-e-matar-a-amarok/1126">produzirá no país vizinho a picape compacta-média Tarok</a>, construída sobre estrutura monobloco e matriz MQB, aproveitando a cabine do SUV Taos. Com versões turboflex híbridas e turbodiesel (herdando o trem de força da própria Amarok), ela brigará com a Fiat Toro a partir de 2025.
Já a velha Amarok de primeira geração continuará sendo fabricada na Argentina pelos próximos três anos, enquanto aguarda a chegada da sucessora de menor porte para enfim descansar e deixar o mercado brasileiro.&nbsp;
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<h2>Nova Amarok busca fama de robusta</h2>
Nas recentes imagens divulgadas, a próxima Amarok aparece em um cenário africano com toda parte inferior da dianteira coberta propositalmente por água, para não revelar por completo o novo design. Mas a parte superior exibida segue à risca a atual identidade visual da VW. Seu design, aliás, lembra justamente o do Taos.
As imagens do interior revelam mais detalhes, a começar pelo teto solar. O que é uma das maiores novidades, afinal, não é nada comum neste segmento. No painel, as semelhanças com a amiga Ford Ranger se limitam à central multimídia na vertical (formato de tablet), e às saídas de ar-condicionado.&nbsp;
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O que mostra que a VW está cumprindo sua promessa de entregar uma picape bem diferente do modelo da Ford, apesar de ambas compartilharem equipamentos e chassi.&nbsp;
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diversas/VW-Amarok-Teaser-Interior-2023.jpg" width="1281" height="853"/>
Os bancos com estética esportiva bicolor, o design do painel e dos botões de controle são alguns dos responsáveis por diferenciá-las. Também é possível reparar que o volante que aparece na imagem da VW Amarok já é o utilizado nos seus modelos mais atuais.&nbsp;
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Nada foi revelado sobre a mecânica. Mas existe a possibilidade de a Amarok aproveitar os motores 2.0 Turbo e 3.0 Turbo movidos a diesel emprestados com a fabricante norte-americana. Se terá uma versão com um motorzão V6 também é mistério.&nbsp;
Na foto, só pudemos notar uma manopla de câmbio mais moderna e freio de estacionamento por botão (adeus alavanca).&nbsp;
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Em relação às tecnologias, considerando os novos modelos da VW, espera-se que a Amarok chegue com carregador por indução, alerta de mudança de faixa e ponto cego e controle de cruzeiro adaptativo com frenagem autônoma emergencial.&nbsp;
A VW Amarok pode não ser um sucesso no Brasil, comparada a outras picapes e até mesmo modelos da marca. Na Austrália, porém, onde a segunda geração também será comercializada, a Amarok é o modelo mais vendido da marca.
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