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Embora boa parte das fabricantes de automóveis estejam
alocadas em São Paulo, a cadeia colaborativa para a produção de veículos no
Brasil fica espalhada por diversos estados. E o sul do país é uma das regiões
que fornecem peças e outros itens para a confecção de carros em território
nacional.<img src="https://api.mobiauto.com.br/images/api/images/v1.0/361143946" width="250px">
A estratégia das marcas teve que mudar por causa do desastre
ambiental. Afinal, as montadoras não queriam frear o crescimento do mercado
neste ano. 
A <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet" target="_blank">Chevrolet </a>foi a mais prejudicada nesse sentido, por ser a
única fabricante do Brasil com unidade fabril no Rio Grande do Sul, mais
precisamente em Gravataí. Vale lembrar que a cidade, próxima da capital Porto
Alegre, também foi atingida por conta das enchentes. Lá são feitos <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/onix-plus/2025" target="_blank">Onix </a>e <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/onix-plus/2025" target="_blank">OnixPlus</a>.<img src="https://image1.mobiauto.com.br/images/api/images/v1.0/361144027" width="251px" style="width: 251px; height: 167px;">
A seguir detalhamos como as montadoras mudaram o

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Embora boa parte das fabricantes de automóveis estejam
alocadas em São Paulo, a cadeia colaborativa para a produção de veículos no
Brasil fica espalhada por diversos estados. E o sul do país é uma das regiões
que fornecem peças e outros itens para a confecção de carros em território
nacional.<img src="https://api.mobiauto.com.br/images/api/images/v1.0/361143946" width="250px">
A estratégia das marcas teve que mudar por causa do desastre
ambiental. Afinal, as montadoras não queriam frear o crescimento do mercado
neste ano. 
A <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet" target="_blank">Chevrolet </a>foi a mais prejudicada nesse sentido, por ser a
única fabricante do Brasil com unidade fabril no Rio Grande do Sul, mais
precisamente em Gravataí. Vale lembrar que a cidade, próxima da capital Porto
Alegre, também foi atingida por conta das enchentes. Lá são feitos <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/onix-plus/2025" target="_blank">Onix </a>e <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/onix-plus/2025" target="_blank">OnixPlus</a>.<img src="https://image1.mobiauto.com.br/images/api/images/v1.0/361144027" width="251px" style="width: 251px; height: 167px;">
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CHEVROLET SPIN 2025 é o MELHOR CARRO DA MARCA?

NOVO COROLLA CROSS tem cara de ELÉTRICO e ACABA com POLÊMICAS

Strada sobra entre as picapes na primeira metade de 2021, HB20 é o novo rei dos hatches e Corolla faz bonito contra sedans menores

A pandemia de coronavírus segue afetando a indústria automobilística, seja pelas inúmeras paradas para conter a disseminação do vírus, seja pela falta de matéria-prima para a produção - <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/crise-de-semicondutores-vai-longe-e-deixara-carros-ainda-mais-caros/913" target="_blank">que gerou a crise dos semicondutores e que você pode entender melhor clicando aqui</a>.
Com isso, as empresas com melhor planejamento produtivo e que mantiveram suas produções com mais estabilidade levaram vantagem nos primeiros seis meses deste ano. É o caso da Fiat que ficou com mais de 22% das vendas totais do mercado, somando automóveis e comerciais leves.
<a href="https://www.mobiauto.com.br/tabela-fipe/carros" target="_blank">Confira o valor do seu carro na Tabela Fipe</a>
A boa notícia é que o desempenho do mercado nesse período foi superior ao da primeira metade de 2020. Entre janeiro e junho de 2021, foram emplacados pouco mais de 1 milhão de automóveis e comerciais leves, enquanto nos mesmos seis meses do ano anterior ocorreram cerca de 763 mil emplacamentos. O aumento equivale a 31,9%.
Entre as categorias, o destaque fica para a de SUVs, que foi a mais vendida do semestre, com 316.350 unidades, e abocanhou 31,6% das vendas totais do período. O segmento segue em alta no mercado, e já superou a fatia que tinha no ano passado, que era de 24,6%.
A Mobiauto já contou como ficou o ranking geral de mais <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/carros-mais-vendidos-de-junho-fiat-e-jeep-emplacam-sete-carros-no-top-10/957" target="_blank">vendidos de junho</a> e o <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/carros-mais-vendidos-do-semestre-strada-e-lider-e-onix-fica-fora-do-top-3/958" target="_blank">acumulado semestral</a>, e agora separa por categorias para mostrar os sucessos de cada segmento. Veja:
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/nova-chevrolet-montana-nome-sera-mantido-em-picape-anti-fiat-toro/946" target="_blank">Nova Chevrolet Montana: nome será mantido em picape anti-Fiat Toro</a>
<h2>Hatches mais vendidos no primeiro semestre de 2021</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Argo/FiatArgoSDesigndianteira_2.jpg" width="1280" height="853"/>
O <a href="http://mobiauto.com.br/hyundai/hb20" target="_blank">Hyundai HB20</a> fechou pela primeira vez em sua história um semestre como carro de passeio mais vendido do Brasil. Ele superou o <a href="http://mobiauto.com.br/chevrolet/onix" target="_blank">Chevrolet Onix</a>, que é um dos veículos que mais sofrem com a falta de semicondutores no mercado, e também o <a href="http://mobiauto.com.br/fiat/argo" target="_blank">Fiat Argo</a>, que iniciou uma forte arrancada nas vendas no último trimestre.
Destaque também para o <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/gol" target="_blank">Volkswagen Gol</a>. Mesmo longe dos seus tempos de glória - quando era líder do mercado nacional -, o veterano segue como Volkswagen mais vendido por aqui. Ele deixou para trás o primo bombado <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/polo" target="_blank">Polo</a> e os SUVs <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/tcross" target="_blank">T-Cross</a> e <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/nivus" target="_blank">Nivus</a> no ranking particular da marca.
<ol>
 <li>Hyundai HB20 (compacto, 2º no geral): 45.408 emplacamentos</li>
 <li>Fiat Argo (compacto, 3º no geral): 41.926&nbsp;</li>
 <li>Chevrolet Onix (compacto, 4º no geral): 41.510</li>
 <li>Fiat Mobi (subcompacto, 6º no geral): 39.356&nbsp;</li>
 <li>Volkswagen Gol (compacto, 7º no geral): 36.969</li>
</ol>
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/carros-mais-vendidos-em-marco-onix-tem-pior-mes-em-quase-6-anos/713" target="_blank">Carros mais vendidos em março: Onix tem pior mês em quase 6 anos</a>&nbsp;
<h2>SUVs mais vendidos no primeiro semestre de 2021</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Jeep/Compass/Avalia%C3%A7%C3%A3o+S%C3%A9rie+S+2022/Jeep+Compass+S+2022+entre+%C3%A1rvores.jpg" width="1280" height="853"/>
Entre os SUVs, a Jeep manteve a soberania. O <a href="http://mobiauto.com.br/jeep/renegade" target="_blank">Renegade</a> sustentou a liderança isolada entre os compactos, com 12,8% do total de vendas do segmento durante o primeiro semestre. Já o <a href="http://mobiauto.com.br/jeep/compass" target="_blank">Compass</a> ficou com a liderança isolada entre os compactos-médios, vendo o <a href="http://mobiauto.com.br/toyota/corolla-cross" target="_blank">Toyota Corolla Cross</a> ganhar corpo nas vendas apenas em maio e junho.
O destaque positivo é o <a href="http://mobiauto.com.br/hyundai/creta" target="_blank">Hyundai Creta</a>, que assume a segunda posição entre os SUVs mais vendidos do Brasil. Com etiqueta baixa frente à concorrência e aguardando a <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-hyundai-creta-nacional-tera-este-visual-saiba-quando-chega/930" target="_blank">nova geração desembarcar</a>, o SUV da marca sul-coreana se tornou uma opção sensata na categoria, o que ajudou nos emplacamentos.
Já o destaque negativo vai para o <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/tracker" target="_blank">Chevrolet Tracker</a>, que até aumentou o volume de vendas no último trimestre, mas o baixo desempenho dos três primeiros meses - também pela falta de matéria-prima como o primo Onix -, fez o utilitário abrir mão da briga pelo pódio.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/avaliacao-vale-comprar-o-hyundai-creta-atual-com-o-novo-para-chegar/746" target="_blank">Avaliação: vale comprar o Hyundai Creta atual com o novo para chegar?</a>
<ol>
 <li>Jeep Renegade (compacto, 5º no geral): 40.607 emplacamentos</li>
 <li>Hyundai Creta (compacto, 9º no geral): 33.493</li>
 <li>Jeep Compass (compacto-médio, 10º no geral): 32.554</li>
 <li>Volkswagen T-Cross (compacto, 12º no geral): 29.179</li>
 <li>Chevrolet Tracker (compacto, 14º no geral): 27.125</li>
</ol>
<h2>Picapes mais vendidas no primeiro semestre de 2021</h2>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Volcano/Exclusivas/Fiat+Toro+Volcano+Turbo+270+flex+lateral.jpg" width="1280" height="853"/>
A <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/strada">Fi</a><a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/strada" target="_blank">a</a><a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/strada">t Strada</a> é a primeira colocada em sua categoria e também no ranking geral de vendas dos utilitários com caçamba. A picapinha superou os hatches compactos na corrida entre os mais vendidos do semestre e apresentou um bom ritmo de cerca de 10 mil unidades/mês.&nbsp;
<a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/toro" target="_blank">Fiat Toro</a> e <a href="https://www.mobiauto.com.br/toyota/hilux-cabine-dupla" target="_blank">Toyota Hilux</a> também mantiveram o sucesso com liderança entre as compactas-médias e médias, respectivamente. Enquanto isso, a Chevrolet S10, que foi o veículo mais vendido da marca em junho, recuperou o posto de segunda mais vendida de sua categoria.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/por-que-so-a-fiat-cresce-enquanto-rivais-patinam-na-pandemia/887" target="_blank">Por que só a Fiat cresce enquanto rivais patinam na pandemia</a>
<ol>
 <li>Fiat Strada (compacta, 1ª no geral): 61.061 emplacamentos</li>
 <li>Fiat Toro (compacto-média, 8ª no geral): 34.089</li>
 <li>Toyota Hilux (média, 17ª no geral): 19.236</li>
 <li>Volkswagen Saveiro (compacta, 20ª no geral): 15.568</li>
 <li>Chevrolet S10 (média, 26ª no geral): 12.782</li>
</ol>
<h2>Sedans mais vendidos no primeiro semestre de 2021</h2>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/ImagensSUVs/Toyota/Corolla+2021/GS-R/Corolla-GR_S_5-scaled.jpg" width="1280" height="853"/>
Nem mesmo a paralisação ininterrupta da linha no segundo trimestre tirou a primeira posição do <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/onix-plus" target="_blank">Chevrolet Onix Plus</a> na categoria, o que talvez diga mais sobre a situação dos sedans no mercado do que sobre o Onix Plus em si.&nbsp;
O modelo da GM contou com o excelente desempenho nos dois primeiros meses do ano para ficar no topo do pódio entre os três-volumes.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/o-que-os-carros-mais-tecnologicos-do-mundo-ja-sao-capazes-de-oferecer/683" target="_blank">O que os carros mais tecnológicos do mundo já são capazes de oferecer</a>
Colado na traseira aparece o <a href="https://www.mobiauto.com.br/toyota/corolla" target="_blank">Toyota Corolla</a>, líder entre os sedans médios, que desbancou até mesmo os compactos de etiqueta menor. Além disso, o veículo da marca japonesa alcançou um volume de vendas superior ao do primeiro semestre do ano passado, com 2.924 unidades.
<ol>
 <li>Chevrolet Onix Plus (compacto, 13º no geral): 28.866 emplacamentos</li>
 <li>Toyota Corolla (médio, 16º no geral): 19.899</li>
 <li>Volkswagen Voyage (compacto, 22º no geral): 14.832</li>
 <li>Volkswagen Virtus (compacto, 24º no geral): 13.023</li>
 <li>Hyundai HB20S (compacto, 28º no geral): 12.092</li>
</ol>
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Carros mais vendidos do semestre por categoria: hatch, sedan, SUV e picape

Chamado envolve 8.395 unidades dos dois hatches, sedan e picape, todas já do ano-modelo 2022

A Volkswagen anunciou um recall de 8.395 unidades de <a href="https://www.mobiauto.com.br/volkswagen/gol" target="_blank">Gol</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/volkswagen/voyage" target="_blank">Voyage</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/volkswagen/fox" target="_blank">Fox</a> e <a href="https://www.mobiauto.com.br/volkswagen/saveiro" target="_blank">Saveiro</a>, todos ano-modelo 2022.&nbsp;
De acordo com a fabricante, os veículos fabricados entre 7 de abril e 19 de maio deste ano podem apresentar o problema de soltura da polia do motor.&nbsp;
<a href="https://www.mobiauto.com.br/vender" target="_blank">Anuncie seu carro sem pagar na Mobiauto</a>
O chamado é para inspeção e, se necessário, a troca do componente. O serviço tem tempo estimado de reparo de 40 minutos.&nbsp;
Ainda de acordo com o comunicado, em caso de soltura da polia, os veículos podem perder a assistência de direção ou sofrer um desligamento repentino do motor em movimento, o que pode acarretar acidentes com riscos de lesões físicas e/ou materiais aos ocupantes do carro ou a terceiros.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/motor-vw-ea111-usado-por-gol-kombi-golf-e-audi-morrera-apos-25-anos/880" target="_blank">Motor VW usado por Gol, Kombi, Golf e Audi morrerá após 25 anos</a>
Veja o número de veículos e os oito dígitos (não sequenciais) dos chassis envolvidos no recall:
Gol (1.609 unidades) - de NT026107 a NT041016 
Voyage (1.747 unidades) - de NT026109 a NT041125 
Saveiro (2.452 unidades) - de NP006511 a NP012437 
Fox (2.587 unidades) - de N4000422 a N4003411
Para conferir se o seu carro está envolvido no chamado, <a href="https://vwapps.volkswagen.com.br/Recall" target="_blank">clique neste link</a> e adicione o chassi do veículo. Caso seja necessário o agendamento da manutenção, o proprietário deve entrar em contato com alguma concessionária da marca.
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<a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/exclusivo-novo-vw-polo-nacional-sera-igual-o-europeu-so-na-frente/838" target="_blank">Exclusivo: novo VW Polo nacional será igual o europeu... Só na frente</a> 
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VW Gol, Fox, Saveiro e Voyage: recall por risco de motor desligar sozinho

Família de propulsores surgiu em 1996 e deixará o mercado em 2022 por causa da nova legislação de emissões que entrará em vigor no país

Com Renato Aspromonte
O dia era 12 de outubro de 1996. Em meio à transição rumo ao fim da malsucedida Autolatina, uma aliança com a Ford que durou menos de dez anos, a Volkswagen inaugurava uma em São Carlos (SP) uma nova fábrica de motores.&nbsp;
Lá, iniciaria a produção de uma linha de propulsores 1.0 com bloco de ferro fundido e soluções modernas para a época, a fim de substituir o velho e fraco CHT, de origem Ford, que equipou a família Gol por alguns anos no país, sendo sempre alvo de muitas críticas.&nbsp;
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<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volkswagen/Motor+EA111/VW+Gol+atual.jpg" width="1280" height="853"/>
Nascia a família EA111, que ganhou outros representantes ao longo dos anos e segue em linha até os dias atuais, empurrando os compactos <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/gol">Gol</a>, <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/voyage">Voyage</a>, <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/saveiro">Saveiro</a> e <a href="http://mobiauto.com.br/volkswagen/fox">Fox</a> na configuração 1.6 8V manual (Gol e Voyage automáticos usam o propulsor 1.6 16V MSI, enquanto as versões 1.0 usam o propulsor 1.0 três-cilindros 12V MPI, ambos da linha EA211).
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volkswagen/Motor+EA111/VW+Voyage+atual.jpg" width="1280" height="853"/>
Só que a vida do EA111 está com os dias contados no Brasil. Após 25 anos de bons serviços prestados para a Volkswagen, a Mobiauto apurou que ele será aposentado em 2022, devido à nova legislação de emissões que entrará em vigor no país, o Proconve L7.
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volkswagen/Motor+EA111/VW+Fox+Xtreme+2021+1.6+EA111.jpg" width="1280" height="853"/>
O Fox será totalmente tirado de linha até dezembro deste ano, enquanto Gol e Voyage devem sobreviver apenas na opção 1.0 EA211 manual. Se a configuração 1.6 sobreviver, será com o motor 1.6 16V MSI. Já a Saveiro, de acordo com nossos informantes, trocará definitivamente o 1.6 8V EA111 pelo 1.6 16V EA211 em todas as versões.
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volkswagen/Motor+EA111/VW+Saveiro+1.6+EA111.jpg" width="1280" height="853"/>
De 97 a 2021, os motores EA111 foram sempre produzidos nacionalmente em São Carlos, com três deslocamentos diferentes (1, 1,4 e 1,6 litro), diversas variações mecânicas – especialmente na especificação 1.0, como uso de duas ou quatro válvulas por cilindro, e até de turbocompressor – e algumas atualizações que alongaram sua vida útil.
Porém, como tudo na vida, o projeto ficou envelhecido e obsoleto demais para as novas normas de eficiência energética que o país adotará a partir do ano que vem.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-pulse-este-sera-o-nome-do-suv-que-brigara-com-nivus-e-tiggo-3x/876" target="_blank">Fiat Pulse: este será o nome do SUV que brigará com Nivus e Tiggo 3X</a>
<h2>EA111 1.0 e suas várias facetas</h2>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volkswagen/Motor+EA111/VW+Gol+1.0+16V+motor.jpg" width="1280" height="853"/>
Os primeiros motores 1.0 EA111 eram dotados de quatro cilindros com duas válvulas cada, injeção eletrônica multiponto, bloco de ferro fundido enriquecido com titânio, cabeçote com tampa estrutural que incorpora as capas dos mancais da árvore do comando de válvulas, bielas fraturadas, cárter parcialmente em alumínio e virabrequim com apenas quatro contrapesos para aliviar peso.
Com uma arquitetura bem mais sofisticada que a da família CHT e que o velho e cultuado AP, o motor EA111 – chamado na época de AT-1000 –, passou a equipar o Gol 1000 G2, o popular “Gol Bolinha”, em 1997. Rendia 62,5 cv de potência e 9,1 kgfm de torque na época, bem acima dos ínfimos 49,8 cv e 7,3 kgfm do Gol CHT.&nbsp;
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volkswagen/Motor+EA111/VW+Gol+Special+1.0+8V+1998.jpg" width="1280" height="853"/>
No mesmo ano, a perua Parati recebeu uma derivação desse motor com 16 válvulas e sistema DOHC (duplo comando de admissão e escape), mas o ganho de potência e torque era tímido: 69,4 cv e 9,4 kgfm. Tal configuração passou a equipar a versão Mi do Gol na linha 1998.&nbsp;
No entanto, problemas ligados à durabilidade da correia dentada tornaram a vida do EA111 1.0 16V curta. Ele não passou da linha 2004 de hatch e perua. E olha que, em 2002, tal especificação ganhou comando de válvulas roletado, como já ocorria no recém-chegado EA111 de 1,6 litro, e chegou a 76 cv e 9,7 kgfm.
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Outra variante que não durou muito foi a 1.0 16V turbo, usada pelo chamado Gol G3 (o primeiro facelift da geração “Bolinha”) por apenas quatro anos, de 2000 a 2003. Alcançava 112 cv e 15,8 kgfm e contava com comando variável de válvulas, mas também pereceu rapidamente diante da fama de baixa confiabilidade (potencializada pela falta de cuidados específicos por parte dos donos).
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Uma curiosidade sobre o motor 1.0 da família EA111 é que nos Gol G3 e G4, assim como na Parati, ele era montado longitudinalmente. Seu primeiro uso em modo transversal ocorreu em março de 2001, com importado o Seat Ibiza, que vinha equipado com o EA111 1.0 16v de 71 cv e 9,4 kgfm especialmente para o mercado brasileiro. Um ano mais tarde, o Polo de quarta geração nacional também adotou os propulsores 1.0 e 1.6 EA111 transversais.
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Dois anos mais tarde, o Fox nasceu com um projeto de cofre curto, quase como um monovolume, prevendo o uso somente de motores transversais a fim de otimizar o espaço interno. Por isso mesmo, todos os propulsores EA111 foram montados nele transversalmente. Com o Gol, isso só foi acontecer em sua terceira geração, conhecida como G5, em 2008.
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O Fox, aliás, foi o primeiro carro lançado no Brasil com motor 1.0 flex, em outubro de 2003. A usina era justamente a EA111 8V de 1 litro, que gerava 71 cv e 9,1 kgfm com gasolina, sendo 72 cv e 9,2 kgfm bebendo etanol.
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Entretanto, o Gol 1.6 Total Flex, primeiro veículo bicombustível nacional independentemente do tipo de motor, chegou ao mercado em março do mesmo ano, sete meses antes, utilizando o velho de guerra AP-1600 convertido para bicombustível.
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<h2>EA111 1.6, um motor que foi do Audi ao Gol</h2>
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Em 2001, o grupo Volkswagen colocou em prática um novo ciclo de investimentos no Brasil, abrindo uma fábrica em São Jose dos Pinhais (PR) para produzir o hatch médio Golf e seu irmão premium Audi A3. Os dois compartilhavam plataforma e motorização, incluindo o estreante 1.6 EA111 8V, a gasolina, de 101 cv e 14,3 kgfm montado transversalmente.&nbsp;
Tal propulsor era feito em São Carlos, junto dos 1.0, mas continha alguns avanços mecânicos em relação ao irmão menor. O cabeçote de alumínio e o já mencionado comando de válvulas roletado, depois herdado pelas usinas de capacidade cúbica mais baixa, foram dois deles.
Sua missão era substituir o conhecido motor 1.6 SR (EA113) do Golf Mk4 importado, que rendia os mesmos 101 cv, porém com mais torque (14,8 kgfm) e bloco de alumínio, sendo mais leve e sofisticado do que o 1.6 EA111 do Golf Mk4 nacional.
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A simplificação não afetou tanto a imagem do Golf quanto a do Audi A3, que pouco empolgava com essa motorização. Por outro lado, ela casava bem com o Fox, que ignorou o velho AP-1600 do Gol e chegou ao mercado utilizando apenas motores transversais da família EA111. Por sinal, o 1.6 do Fox já era flex e rendia 103 cv e 14,5 kgfm com etanol.
O Golf 1.6 só passou a ser flexível em 2006, um ano depois da quarta geração do Polo e de seu irmão três-volumes, os dois munidos do EA111 bicombustível de 1,6 litro. Por sua vez, o Gol, a picapinha Saveiro e o ressuscitado sedan Voyage só trocaram o AP-1600 longitudinal pelo 1.6 EA111 transversal flex na virada para a terceira geração (G5).
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Outra curiosidade é que a perua Parati jamais usou o motor EA111 de 1,6 litro, ficando em linha até o fim de seus dias com a plataforma do Gol de segunda geração – e visual do G4, o segundo facelift desse ciclo – e o propulsor AP flex de 1,6 litro.&nbsp;
Isso porque a motorização mais moderna estava reservada à SpaceFox, que seria sua sucessora (embora ambas tenham convivido no mercado por seis anos. Coisas de um outro Brasil...). Ou seja: foi a Parati a responsável por sepultar a conceituada família AP da Volkswagen, em 2012.&nbsp;
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<h2>O polêmico motor refrigerado a água da Velha Senhora &nbsp;</h2>
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Em 2006, a VW lançou no Brasil uma nova variante da família EA111, um propulsor 1.4 8V flexível de 76/80 cv e 12,5/12,7 kgfm. Sua utilização seria exclusiva da jurássica Kombi, que finalmente trocava o motor 1600 refrigerado a ar por um propulsor mais moderno, refrigerado a água.
A substituição, além de promover a morte dos motores a ar no Brasil e mexer com a cabeça de entusiastas, que cultuavam seu som característico e defendiam o uso devido à manutenção mais simples e barata, levou a van a adotar uma polêmica grade frontal para resfriar o radiador, o que descaracterizou o visual dianteiro da “Velha Senhora”.
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Dotada de uma cabine com novos componentes, que remetiam ao Fox, a Kombi 1.4 a água seguiu em produção até 2013, marcando os últimos oito anos de existência do veículo mais longevo da história da indústria automobilística brasileira.&nbsp;
E só saiu de linha por conta da legislação que obrigava o uso de airbags frontais e freios ABS em todos os veículos leves zero-quilômetro comercializados no Brasil a partir de 2014, assim como acontecerá com o motor EA111, enterrado por uma nova lei de emissões.
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<h2>Evoluções e falhas mecânicas</h2>
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Já mencionamos algumas modificações técnicas pelas quais os motores EA111 passaram ao longo dos anos. Porém, foi com a chegada da nova geração do Gol e o ressurgimento do Voyage que a VW promoveu as mudanças mais profundas no projeto, tendo inclusivo tentado renomear a família para VHT. A nova sigla, porém, não pegou.
Naquele momento, a fabricante: redesenhou o filtro de ar; alterou o comprimento, o volume e a geometria das câmaras internas dos dutos do coletor de admissão; trocou o ferro fundido por chapas de aço no coletor de escapamento; adotou um novo comando de válvulas, alterando o tempo de abertura; instalou novos pistões, anéis de segmento e bielas mais longas; instalou uma nova correia dentada poli-V elástica em compressor do ar, direção hidráulica e alternador; aplicou uma nova ECU (central eletrônica).
Com as novidades, a usina de 1 litro, que já era flex, passou a render 72 cv de potência e 9,7 kgfm de torque com gasolina contra 76 cv e 10,6 kgfm bebendo etanol. Já a de 1,6 litro, igualmente flexível, alcançou 101 e 104 cv, respectivamente, sendo 15,4 e 15,6 kgfm. Tais números seguem os mesmos até os dias atuais.
Ao longo desse um quarto de século, os propulsores EA111 tiveram ganharam uma boa reputação, embora não tão transcendental quanto os icônicos AP. Mas também apresentavam seus defeitos, sendo que um deles quase pôs todo o projeto em xeque.
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Além das questões de confiabilidade, em especial da correia, que marcaram a vida dos 1.0 16V, os EA111 passaram por um momento delicado no mercado justamente em 2009, quando a VW colocou em prática o pacote mais robusto de atualizações no projeto: clientes começaram a relatar fortes ruídos em marcha lenta tanto no motor 1.0 quanto no 1.6.&nbsp;
Primeiro, a fabricante relutou em admitir a gravidade da falha, alegando que a característica não gerava risco de segurança, porque o motor dava indícios prévios (os tais ruídos) de que poderia apresentar defeito e não pararia de funcionar repentinamente.&nbsp;
Em outubro daquele ano, a marca enfim admitiu oficialmente o problema, apontando uma deficiência na lubrificação provocada, em algumas situações, pela perda das propriedades do óleo de primeiro abastecimento em função da ação do combustível etanol.&nbsp;
Ocorreu que a própria VW havia alterado a especificação do óleo lubrificante na atualização dos EA111. Bastou retornar à especificação anterior que o problema foi resolvido. Além disso, a empresa ampliou a garantia dos motores produzidos entre abril de 2008 e outubro de 2009 de três para quatro anos.
Apesar desse perrengue, a família EA111 seguiu ativa por mais 13 anos e, após um quarto de século de serviços aparentemente muito bem prestados, obrigado, sai de cena para deixar os motores aspirados e turbinados da linhagem EA211 (MPI, MSI e TSI) seguirem adiante.
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