Honda Civic já era híbrido há 20 anos e rodava quase 30 km/l de gasolina
A Honda apresentou o novo Civic híbrido no Brasil na última sexta-feira (20). O modelo virá importado da Tailândia em versão única e com a pedida de R$ 244.900, como a Mobiauto já contou em detalhes na avaliação que está neste outro artigo.
Essa é a primeira vez que teremos no Brasil um Civic com motorização híbrida, mas mundialmente a história do sedan e do sistema eletrificado já é antiga.
A marca japonesa já se aventurava nesse segmento em 1999, quando lançou o Insight para concorrer com o Toyota Prius. Ele lembrava um Civic hatch, mas com uma traseira bem mais ousada e futurista, e uma motorização que não era das mais fortes, sendo empurrado por um motor 1.0 de três cilindros e 67 cv de potência, com adicional de até 13 cv do propulsor elétrico.
Mas a Honda entendeu, muito antes da Toyota, que não era necessário um modelo com visual diferentão para entrar no mundo dos híbridos e elétricos. Por isso, deu ao Civic, um de seus produtos de maior sucesso no mundo, uma versão híbrida para tentar ter mais sucesso no segmento.
Foi em 2001 que a marca lançou a variante mais amiga do meio ambiente. O sedan ainda estava em sua sétima geração, que até foi fabricada e vendida no Brasil sempre movida pelo motor 1.7, que podia render 115 cv ou 130 cv - dependendo da versão.
O primeiro Civic híbrido era equipado com o sistema chamado IMA (Integrated Motor Assist), mesmo do Insight, mas atualizado já em sua segunda geração. Ele era composto por um motor a combustão 1.3 aspirado - com tecnologia VTEC e desativação de cilindros - que trabalhava junto de um elétrico, juntos entregavam 93 cv de potência e 16 kgfm de torque.
Esse conjunto motriz podia ser gerenciado por uma caixa manual de cinco marchas ou automática do tipo CVT.
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De acordo com a marca, naquela época, a tecnologia gerava uma economia de combustível de 44% em relação ao modelo convencional na versão LX. Além disso, a Honda falava em um consumo de 29,5 km/l - números melhores que o do Honda Civic e:HEV 2023, inclusive -, mas não especificava se os números eram em perímetro urbano ou rodoviário.
Porém, segundo dados divulgados pela EPA (Environmental Protection Agency, ou Agência de Proteção Ambiental, na tradução livre o inglês), esse modelo rodava 19,6 km/l na cidade e 21,7 km/l na estrada com gasolina. Com isso, confirma o rendimento melhor em relação ao atual.
A história do Civic híbrido não parou aí, o modelo continuou ganhando atualizações até 2018. Naquele ano, a Honda apostou em uma nova estratégia para essa configuração, tentando distanciá-la das versões a combustão.
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Como o Insight, que comentamos no início deste texto, ainda seguia nas lojas e tinha praticamente a mesma proposta, a marca japonesa uniu os dois produtos em um só. A partir disso, surgiu a terceira geração do Insight, baseada na 10ª do Civic, que abandonou o visual futurista e adotou um design mais pé no chão.
Porém, uma reviravolta no planejamento colocou um ponto final na história desse veículo apenas quatro anos depois. Assim como fez no inícios dos anos 2000, a Honda entendeu que o Civic era o modelo certo para ganhar espaço na categoria, e deu à 11ª e atual geração uma configuração híbrida para bater de frente com Toyota Corolla e outros rivais, tirando de linha o Insight.
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