VW lançará seis carros híbridos flex no Brasil nos próximos cinco anos
Ao que tudo indica, a Volkswagen vai mesmo mergulhar de cabeça no mundo dos carros híbridos flex, aproveitando a existência do etanol no mercado brasileiro para vender carros com índices muito baixos de emissões sem precisar apelar (por enquanto) aos veículos 100% elétricos.
Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da fabricante na América Latina, Pablo di Si, confirmou que a marca planeja lançar seis modelos híbridos flex no país nos próximos cinco anos.
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Nos últimos meses, o executivo já vem apontando que a marca explorará o etanol de maneira mais assertiva enquanto nosso mercado ainda não se encontra preparado para os elétricos.
“Nos próximos cinco anos, vamos lançar seis veículos híbridos flex no Brasil”, sentenciou Di Si. “A parte fácil é lançar o carro. O difícil é construir todo o ecossistema para o abastecimento. Até pouco tempo atrás, não havia sequer regulação na Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica] prevendo a mobilidade elétrica”, seguiu.
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A ideia da VW é aproveitar que já há uma rede de postos de combustíveis que vendem o combustível derivado da cana-de-açúcar espalhados por todo país, ao mesmo tempo em que a estrutura para veículos 100% elétricos se mostra ainda muito precária, conforme constatamos neste artigo ao tentarmos uma viagem pelo interior do país a bordo de um Audi e-tron.
“O grupo [Volkswagen] tem o compromisso de lançar carros elétricos em nível global. Mas para a América Latina essa realidade ainda não é viável, não existe infraestrutura de abastecimento. Aqui, porém, existe o etanol, uma alternativa excelente”, argumentou.
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A prerrogativa é que o etanol é muito menos poluente do que a gasolina e, por ser um biocombustível vegetal, a renovação das plantações a partir das quais ele é gerado promove teoricamente uma “limpeza” que o torna um combustível praticamente “zero-emissões”.
Por isso mesmo, o próprio Di Si apresentou neste ano um projeto ao conselho administrativo do grupo Volkswagen defendendo o investimento na tecnologia híbrida flex. Talvez tenha até usado o exemplo da Toyota, que vem fazendo sucesso e garantindo boa aderência à dupla Corolla e Corolla Cross com motor 1.8 híbrido flex em nosso mercado.
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Deu certo: a matriz aprovou a adaptação de algum dos atuais propulsores já transformados em híbridos na Europa para receber gasolina e/ou etanol em nosso país e em outros mercados emergentes, como a Índia. Qual deles? Ainda é um mistério, assim como quais modelos serão tornados híbridos no Brasil.
Podemos apostar, porém, que a tecnologia deve ser aplicada prioritariamente nas gamas de modelos produzidos localmente, como Polo, Virtus, Nivus, T-Cross, Taos, o SUV sucessor do Gol e a picape compacta-média Tarok.
Modelos importados, como o SUV de sete lugares Tiguan, devem ser oferecidos com motorização híbrida somente a gasolina em nosso mercado.
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Jornalista Automotivo