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CHEVROLET SPIN 2025 é o MELHOR CARRO DA MARCA?

NOVO COROLLA CROSS tem cara de ELÉTRICO e ACABA com POLÊMICAS

Propulsor 1.3 GSE T4 dos novos Fiat Toro e Jeep Compass é o turboflex com maior potência e torque específicos já criados. Qual o segredo?

O lançamento da <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/toro" target="_blank">Fiat Toro 2022</a> marcou a estreia do <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-toro-2022-sera-so-automatica-de-r-114-590-a-r-187-490-veja-versoes/760" target="_blank">motor Turbo 270</a>, o primeiro da família GSE turboflex, formada por duas unidades de potência que a Stellantis começou a produzir em Betim (MG) no início deste ano.
O primeiro é um propulsor com 1,3 litro de deslocamento, aproveitando o mesmo bloco do Firefly quatro-cilindros naturalmente aspirado. O outro será 1.0, desenvolvido também a partir do bloco Firefly, porém com três cilindros, mas <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-confirma-suv-progetto-363-com-motor-turbo-para-encarar-vw-nivus-de-frente/759" target="_blank">chegará apenas no segundo semestre do ano com o inédito SUV Progetto 363</a> da Fiat.
A diferença para os Firefly aspirados é que, além do turbocompressor fornecido pela BorgWarner, o 1.3 GSE T4 possui um cabeçote com quatro válvulas por cilindro ao invés de duas, injeção direta de combustível e um sistema chamado MultiAir III, desenvolvido em parceria com a Schaeffler e que promove uma variação inteligente no comando das válvulas de admissão.
<a href="https://www.mobiauto.com.br/vender" target="_blank">Anuncie seu carro sem pagar na Mobiauto</a>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Volcano/Fiat-Toro-Volcano-2022-3x4-dianteira-movimento2.jpg" width="1280" height="853"/>Toro 2022 será o primeiro veículo da Stellantis nas ruas a contar com o motor 1.3 turboflex
O que mais chama a atenção nesse motor, que nas próximas semanas ganhará o mercado pela segunda vez através de outro modelo, o <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-jeep-compass-reabre-pre-venda-veja-itens-das-4-versoes/733" target="_blank">novo Jeep Compass</a>, é a potência e o torque extraídos de uma unidade com deslocamento tão pequeno. São 180 cv com gasolina e 185 cv com etanol a 5.750 rpm. Já o torque máximo, logo a 1.750 giros, é padronizado em 27,5 kgfm.
Apesar de a picape utilizar a nomenclatura Turbo 270 e o <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-jeep-compass-1-3-turbo-de-180-cv-tera-nomenclatura-t270/708" target="_blank">SUV, T270</a>, a abreviatura usada internamente pelos engenheiros da Stellantis para designar esse propulsor é GSE T4. A primeira sigla significa “Global Small Engines” ou “motores pequenos globais”, na tradução do inglês; a segunda representa o fato de ser uma usina turbo com quatro cilindros.
Como já constatamos ao comparar a <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/nova-toro-com-velho-1-8-e-ate-35-mais-lenta-mas-mais-economica-que-a-turbo/761" target="_blank">nova Toro com esse motor e o velho 1.8 E.torQ na versão de entrada da picape, a Endurance</a>, a fabricante não se furtou em priorizar o desempenho ao desenvolver esse trem de força (aliado sempre a uma caixa automática de seis marchas da Aisin), mesmo que em detrimento do consumo de combustível.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/nova-toro-com-velho-1-8-e-ate-35-mais-lenta-mas-mais-economica-que-a-turbo/761" target="_blank">Nova Toro com velho 1.8 é até 35% mais lenta, mas mais econômica que a turbo</a>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Jeep/Compass/Compass+2022+T270/Jeep+Compass+2022+frente.jpg" width="1280" height="853"/>Logo na sequência virá o Compass T270
Ainda assim, o resultado impressiona. Com 138,5 ou 143,3 cv/litro de potência específica, respectivamente com gasolina ou etanol, e 21,1 kgfm/litro de torque específico, o 1.3 turboflex dos novos Toro e Compass, e que <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/jeep-de-7-lugares-vimos-o-suv-de-perto-e-desvendamos-alguns-segredos/675" target="_blank">estará presente também no futuro Jeep de sete lugares, no fim deste ano</a>, chega como o motor turboflex com maior potência e torque específicos já criado no mundo.
Entre todas as usinas turboflex lançadas no país, seja com produção nacional ou importadas, apenas as 2.0 quatro-cilindros de BMW e Jaguar Land Rover superam a da Stellantis em potência e torque gerais. No caso da BMW, isso só acontece na especificação usada pela segunda geração do <a href="https://www.mobiauto.com.br/bmw/x1" target="_blank">SUV X1</a>, indo de 184 cv e 27,5 kgfm para 192 cv e 28,5 kgfm. No caso da JLR, o Ingenium de 2 litros rende 249 cv e 37,2 kgfm.
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Endurance/Fiat-Toro-MotorGSET42.jpg" width="1280" height="854"/>O motor 1.3 GSE T4
Curiosamente, o motor 2.0 ActiveFlex da BMW é o primeiro turboflex da história, mas estamos falando de uma unidade com 2 litros, deslocamento bem superior ao 1,3 litro do GSE T4. Em potência e torque específicos, portanto, os 96 cv/l e 14,25 kgfm/l obtidos pelo 2-litros da marca bávara ficam um bocado distantes dos números alcançados pela Stellantis. Já o Ingenium da Jaguar Land Rover entrega 124,5 cv/l e 18,6 kgfm/l.
Veja abaixo a lista de todos os motores turboflex existentes em nosso mercado, com potência e torque totais, além de potência e torque específicos, sempre na ordem gasolina/etanol. Quando o número for único, é porque os dados são iguais com ambos os combustíveis. Unidades 1.0 dispensam cálculo de potência e torque específicos por razões óbvias.&nbsp;
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/MultiAir/Motor+1.3+GSE+T4+curva+de+torque.jpg" width="1280" height="853"/>Curva de torque do GSE T4 em comparação com os velhos E.torQ 1.8 e Tigershark 2.0 e 2.4
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-toro-2022-sera-so-automatica-de-r-114-590-a-r-187-490-veja-versoes/760" target="_blank">Fiat Toro 2022 será só automática: de R$ 114.590 a R$ 187.490, veja versões</a>
Stellantis GSE T4 1.3 
Carros que o utilizam: Fiat Toro e Jeep Compass 
Capacidade cúbica: 1.332 cm² (quatro cilindros) 
Potência e torque: 180/185 cv e 27,5 kgfm 
Potência específica: 138,5/142,3 cv/l 
Torque específico: 21,1 kgfm/l&nbsp;
GM CSS Prime 1.0 
Carros que o utilizam: Chevrolet Onix, Onix Plus e Tracker 
Capacidade cúbica: 999 cm³ (três cilindros) 
Potência e torque: 116 cv e 16,3/16,8 kgfm
Chevrolet CSS Prime 1.2 (três cilindros) 
Carros que o utilizam: Chevrolet Tracker 
Capacidade cúbica: 1.199 cm³ (três cilindros) 
Potência e torque: 132/133 cv e 19,4/21,4 kgfm 
Potência específica: 110/110,8 cv/l 
Torque específico: 16,2/14 kgfm/l
GM Ecotec 1.4 
Carros que o utilizam: Chevrolet Cruze e Cruze Sport6 
Capacidade cúbica: 1.399 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque: 150/153 cv e 24/24,5 kgfm 
Potência específica: 107,1/109,3 cv/l 
Torque específico: 17,1/17,5 kgfm/l
VW 1.4 TSI 
Carros que o utilizam: VW Polo, Virtus, T-Cross, Taos e Jetta 
Capacidade cúbica: 1.399 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque: 150 cv e 25,5 kgfm 
Potência específica: 107,1 cv/l 
Torque específico: 18,2 kgfm/l
VW 1.0 TSI 
Carros que o utilizam: VW Polo, Virtus, Nivus e T-Cross 
Capacidade cúbica: 999 cm³ (três cilindros) 
Potência e torque: 116/128 cv e 20,4 kgfm
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/os-20-carros-com-motor-turbo-mais-vendidos-no-brasil/599" target="_blank">Os 20 carros com motor turbo mais vendidos no Brasil</a>
Hyundai Kappa 1.0 TGDi 
Carros que o utilizam: Hyundai HB20 e HB20S 
Capacidade cúbica: 999 cm³ (três cilindros) 
Potência e torque: 120 cv e 17,5 kgfm
Chery Acteco 1.5 TCi 
Carros que o utilizam: Caoa Chery Arrizo 5, Arrizo 6, Tiggo 5X e Tiggo 7 
Capacidade cúbica: 1.499 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque: 147/150 cv e 21,4 kgfm 
Potência específica: 98/100 cv/l 
Torque específico: 14,3 kgfm/l
PSA/BMW 1.6 THP 
Carros que o utilizam: Citroën C4 Cactus e Peugeot 2008 
Capacidade cúbica: 1.598 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque: 165/173 cv e 24,5 kgfm 
Potência específica: 103,1/108,1 cv/l 
Torque específico: 15,3 kgfm/l
Mercedes-Benz 1.6 turboflex 
Carros que o utilizam: não é mais usado 
Capacidade cúbica: 1.595 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque: 156 cv e 25,5 kgfm 
Potência específica: 97,5 cv/l 
Torque específico: 15,9 kgfm/l
BMW 2.0 ActiveFlex* 
Carros que o utilizam: BMW X1 
Capacidade cúbica: 1.998 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque: 192 cv e 28,5 kgfm 
Potência específica: 96 cv/l 
Torque específico: 14,25 kgfm/l 
*Calibração específica para o X1. Em versões do sedan Série 3, os dados são 184 cv e 27,5 kgfm
Jaguar Land Rover Ingenium 2.0 
Carros que o utilizam: Jaguar E-Pace, Land Rover Discovery Sport 
Capacidade cúbica: 1.998 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque: 249 cv e 37,2 kgfm 
Potência específica: 124,5 cv/l 
Torque específico: 18,6 kgfm/l&nbsp;
Renault 1.3 TCe** 
Carros que o utilizam: Renault Captur** 
Capacidade cúbica: 1.332 cm³ (quatro cilindros) 
Potência e torque**: 156 cv e 27,5 kgfm 
Potência específica: até 125,5 cv/l 
Torque específico: 21,1 kgfm/l 
**Motor ainda a ser lançado, em meados deste ano, no Captur. Potência e torque estimados com gasolina, com base nos dados do Renault Duster 1.3 TCe vendido no México
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-confirma-suv-progetto-363-com-motor-turbo-para-encarar-vw-nivus-de-frente/759" target="_blank">Fiat confirma SUV Progetto 363 com motor turbo para encarar VW Nivus de frente</a>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Endurance/Fiat-Toro-Endurance-2022-3x4traseira.jpg" width="1280" height="853"/>Na Toro, versões com o motor receberão a insígnia Turbo 270
Como podemos observar, de maneira até curiosa, apenas o motor 1.0 TSI da Volkswagen se aproxima do 1.3 GSE T4 da Stellantis em potência e, especialmente, no torque gerado a cada litro de deslocamento. Mas, ainda assim, fica atrás. Afinal, qual o segredo do motor dos novos Toro e Compass para render tanto?
A resposta, segundo membros da própria fabricante, está no MultiAir. Que está longe de ser uma novidade, frisemos, pois existe já há quase 20 anos e, inclusive, esteve presente em carros da Fiat vendidos anteriormente no país, como o Fiat 500 Abarth. O sistema se encontra na terceira geração e oferece uma boa gama de possibilidades para o bravo motor 1.3 GSE T4.
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/ImagensSUVs/Novo+Jeep+Compass+2022+Brasil+traseira.jpg" width="1280" height="853"/>No Compass, a sigla será ligeiramente diferente: T270
Estamos falando de um sistema eletro-hidráulico que permite o controle variável inteligente não apenas da temporização, como também do nível de abertura das válvulas de admissão do motor. Para isso, conta com um atuador hidráulico, alimentado por uma câmara com óleo lubrificante, posicionado entre o came e as válvulas de admissão.
Através da abertura ou fechamento de uma válvula solenóide, que permite a injeção do fluido lubrificante, os perfis do came se acoplam ou desacoplam das válvulas de admissão. Quando acoplados, os perfis do came impõem o deslocamento às válvulas, determinando se haverá antecipação e/ou retardamento de abertura ou fechamento, além da amplitude de abertura. Quando desacopladas, as válvulas atuam em seu ritmo padrão, como num motor comum.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/vw-paralisa-producao-do-gol-para-preparar-a-do-polo-track/754" target="_blank">VW paralisa produção do Gol para preparar a</a><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/vw-paralisa-producao-do-gol-para-preparar-a-do-polo-track/754" target="_blank"> </a><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/vw-paralisa-producao-do-gol-para-preparar-a-do-polo-track/754" target="_blank">do Polo Track</a>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/MultiAir/Motor+1.3+GSE+T4+MultiAir.jpg" width="1280" height="853"/>Um desenho simplificado do posicionamento do sistema MultiAir em relação ao came e às válvulas de admissão
A grande novidade da terceira geração do MultiAir está no pré-levantamento, que permite a abertura das válvulas de admissão durante a fase de escapamento. Com isso, promove a chamada EGR (recuperação de gases de escape), que reaproveita parte dos gases que iriam para o escape e reduz, assim, os índices de óxido de nitrogênio emitidos.
O sistema também possui um perfil de levantamento da válvula de admissão mais extenso. Ao ampliar a faixa de antecipação ou retardamento do fechamento das válvulas para antes ou depois do chamado PMI (Ponto Motor Inferior do pistão, ou a parte mais baixa que ele alcança na câmara), o sistema gerencia melhor a taxa de compressão efetiva do motor.
Quando a válvula de admissão se fecha antes do PMI, provoca queda na pressão. Se retarda o fechamento para depois do PMI, parte do ar admitido retorna ao coletor de admissão para reaproveitamento. Na prática, e traduzindo grosso modo, o sistema faz o motor emular um ciclo Miller.
Segundo a Stellantis, estas soluções não apenas melhoram a eficiência como ajudam a manter sob controle a tendência à detonação, quando pressões e temperaturas muito altas na câmara de combustão levam ao aparecimento de pontos de autoignição descontrolados da mistura ar-combustível, gerando a popular “batida de pino”.
Leia também:
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/MultiAir/Motor+1.3+GSE+T4+MultiAir+ciclos+das+v%C3%A1lvulas.jpg" width="1280" height="853"/>Os ciclos de abertura e fechamento das válvulas com o MultiAir. Em laranja, o ciclo com abertura e fechamento antecioados. Em vermelho, a abertura antecipada, com máxima amplitude e fechamento no tempo padrão. Em verde, o fechamento retardado. Em branco, o ciclo convencional da válvula de escape
O motor também trabalha com injeção direta, sendo que os bicos estão posicionados numa angulação quase vertical, de 23°. Com isso, o jato de combustível é mais preciso e tem menos chances de contato com o fio de óleo na parede do cilindro, o que, consequentemente, melhora a mistura e reduz a emissão vinda da queima deste óleo.
Por fim, o sistema de sobrealimentação vem dotado de coletor de escapamento integrado, que utiliza o calor dos gases emitidos para acelerar o tempo de aquecimento do motor usando menos energia.
De acordo com a Schaeffler, fabricante do MultiAir em parceria com a Stellantis, o sistema ajuda a reduzir as emissões de CO² em até 25%, as de hidrocarbonetos em até 40% e as de óxidos de nitrogênio em até 60%.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-toro-2022-cinco-coisas-que-queriamos-que-mudasse-na-picape/752" target="_blank">Fiat Toro 2022: cinco coisas que queríamos que mudasse na picape</a>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Freedom/Fiat-Toro-Freedom-2022-frente-chapada-render.jpg" width="1280" height="853"/>
Na prática, o conjunto permite controlar o nível de poluentes emitidos sem precisar sacrificar o desempenho. Daí advêm os cerca de 140 cv e mais de 21 kgfm de potência e torque específicos, que fazem a Toro com motor Turbo 270 apresentar acelerações de 0 a 100 km/h até 35% mais rápidas que as da irmã com o velho motor 1.8 E.torQ.
E com uma grande vantagem: atender aos parâmetros da futura legislação de emissões que entra em vigor no ano que vem, chamada Proconve L7, com muito mais facilidade.&nbsp;
Pena que o consumo não seja tão eficiente quanto imaginávamos, visto que a nova Toro 1.3 turboflex apresentou números piores que os da 1.8 aspirada em três das quatro simulações do Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, sendo mais eficiente apenas com gasolina na cidade, e por margem bem apertada.
Vale lembrar que esse mesmo motor de 1,3 litro possui na Europa uma calibração mais mansa, de 150 cv. Esta, sim, deverá equilibrar melhor a relação entre desempenho, emissões e consumo, visto que entrega os mesmos 27,5 kgfm de torque. Ela está reservada para o <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/suv-cupe-fiat-376-ja-roda-no-brasil-e-pode-ter-motor-1-3-turbo-mais-manso/704" target="_blank">projeto 376, um SUV cupê compacto-médio que a Fiat lançará no Brasil em meados do ano que vem</a>.
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Como a Fiat fez um motor 1.3 ser o turboflex mais forte do mundo

Como já se esperava, versão Endurance 1.8 da linha 2022 manterá fama de lenta, mas surpreende com médias de consumo até 5,6% superiores às da versão equivalente turboflex

O grupo Stellantis adotou uma estratégia arriscada de munir a <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/toro" target="_blank">Fiat Toro 2022</a> com o velho motor 1.8 E.torQ de 135/139 cv e 18,8/19,3 kgfm (gasolina/etanol) na versão de entrada, a Endurance. <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-toro-2022-sera-so-automatica-de-r-114-590-a-r-187-490-veja-versoes/760" target="_blank">Clique aqui para ver a lista completa de versões, preços e itens de série</a> da picape reestilizada.
Por R$ 5.100 a mais, esta mesma opção de acabamento poderá ser equipada com o novíssimo propulsor Turbo 270, um 1.3 turboflex com injeção direta e sistema MultiAir III, capaz de render 180/185 cv e 27,5 kgfm (qualquer combustível). Nos dois casos o câmbio é automático de seis marchas da Aisin.
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<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Endurance/Fiat-Toro-Endurance-2022-3x4traseira.jpg" width="1280" height="853"/>
Parece muito mais vantajoso pagar um pouco a mais pelo ganho desempenho. Não apenas a nova Toro Turbo 270 é cerca de 33% mais potente e tem até 46% mais torque: seu pico de torque aparece logo a 1.750 rpm, 2 mil giros a menos do que o topo alcançado pelo E.torQ 16-válvulas naturalmente aspirado e com injeção eletrônica indireta. Já a potência máxima aparece na mesma faixa de rotação para os dois motores: 5.750 rpm.
Na prática, a diferença na aceleração entre as duas Toro Endurance flex, segundo dados oficiais da própria fabricante, chega a 34,6%. Com gasolina no tanque, enquanto a picape equipada com o motor Turbo 270 vai de 0 a 100 km/k em 10,7 segundos, a versão equivalente empurrada pelo antigo 1.8 precisa de 14,4 segundos, 3,7 segundos a mais.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/chevrolet-s10-e-trailblazer-2022-veja-precos-versoes-e-itens-de-serie/758" target="_blank">Chevrolet S10 e Trailblazer 2022: veja preços, versões e itens de série</a>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Endurance/Fiat+Toro+Endurance+2022+motor+Turbo+270.jpg" width="1280" height="853"/>
Com etanol a diferença é um pouco mais baixa: 10,6 segundos demandados pela Toro Endurance Turbo 270 contra 12,9 segundos da 1.8. São 2,3 segundos ou 21,7% a mais de tempo para que a nova Toro com o velho E.torQ atinja os mesmos 100 km/h a partir da imobilidade.
Na comparação com a versão Endurance empurrada pelo 2.0 MultiJet turbodiesel de 170 cv (a 3.750 rpm) e 35,7 kgfm (a 1.750 rpm), com tração 4x4 sob demanda e caixa automática de nove velocidades da ZF, a Toro 1.8 AT6 é 24,1% e 11,2% mais lenta nas respectivas acelerações de 0 a 100 km/h com gasolina ou etanol no tanque. Confira os números oficiais:
Toro Endurance 1.8 flex AT6 2022 – 0 a 100 km/h: 14,4 s (G) / 12,9 s (E) 
Toro Endurance Turbo 270 flex AT6 2022 – 0 a 100 km/h: 10,7 s (G) / 10,6 s (E) 
Toro Endurance Turbodiesel 4x4 AT9 – 0 a 100 km/h: 11,6 s
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/avaliacao-renault-stepway-o-unico-sandero-a-ainda-ser-1-6-cvt/755" target="_blank">Avaliação: Renault Stepway, o único Sandero a ainda ser 1.6 CVT&nbsp;</a>
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Endurance/Fiat-Toro-Endurance-2022-lateral.jpg" width="1280" height="853"/>
Como consequência, a nova Toro 1.8 também é a configuração que alcança a menor velocidade máxima entre todas as opções da gama, em índice quase 13% inferior ao da variante Turbo 270 e quase 10% abaixo da derivação turbodiesel. Veja os dados:
Toro Endurance 1.8 flex AT6 2022 – Velocidade máxima: 178 km/h (G) / 179 km/h (E) 
Toro Endurance Turbo 270 flex AT6 2022 – Velocidade máxima: 200 km/h (G) / 202 km/h (E) 
Toro Endurance Turbodiesel 4x4 AT9 – Velocidade máxima: 195 km/h
Outra desvantagem da Toro Endurance 1.8 AT6 está na capacidade oficial de carga: apenas 650 kg, menos do que <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/strada" target="_blank">qualquer configuração da nova Strada</a>, que oferece 705 kg nas versões Cabine Duplas e 720 kg nas Cabine Plus. Já a motorização Turbo 270 tem 750 kg de capacidade em qualquer versão e a 2.0 turbodiesel, 1 tonelada.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-confirma-suv-progetto-363-com-motor-turbo-para-encarar-vw-nivus-de-frente/759" target="_blank">Fiat confirma SUV 363 com motor turbo para encarar VW Nivus de frente</a>&nbsp;
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Endurance/Fiat+Toro+Endurance+2022+ca%C3%A7amba+carregada.jpg" width="1280" height="853"/>
Mas o veterano propulsor aspirado ainda tem um motivo para se gabar: ele fará a nova Toro beber menos de combustível do que a usina turbinada de 1,3 litro, mesmo esta última tendo menor capacidade cúbica e auxílio de turbocompressor, injeção direta de combustível e controle variável inteligente das válvulas de admissão.
Na cidade, a Toro Endurance 1.8 AT6 registra 9,5 km/l quando abastecida com gasolina e 6,7 km/l usando etanol , de acordo com o (PBVE) Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro. Na estrada, ela faz 11,3 km/l e 8,1 km/l, respectivamente.
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/2022/Endurance+1.8/Fiat-Toro-Endurance-1.8.jpg " width="1280" height="853"/>
Já a irmã 1.3 turboflex obteve as seguintes médias, sempre respectivamente com gasolina e etanol: 9,7 e 6,6 km/l em uso urbano; 10,7 e 7,9 km/l no ciclo rodoviário. Ou seja, apenas com gasolina na cidade a Toro Turbo 270 se mostrou mais eficiente do que picape com propulsor 1.8, na ordem de 2,1%. Nas demais provas, a Toro aspirada apresentou consumo superior em 1,5% (etanol em uso urbano), 2,5% (etanol em rodovia) ou 5,6% (gasolina na estrada).&nbsp;
Surpreendente, não? Para completar, o tanque de combustível da Toro 1.8 tem 60 litros de capacidade, a mesma da versão a diesel, ante os 55 litros da variante Turbo 270. Ou seja, a autonomia entre as visitas ao posto será maior na opção naturalmente aspirada.&nbsp;
E a Toro turboflex não poderá culpar a aerodinâmica, visto que ambas possuem o mesmo vão livre do solo (25,08 cm), a mesma dianteira e o mesmo ângulo de ataque (24,8°). Além disso, a configuração Endurance Turbo 270 AT6 é 4 kg mais leve do que a Endurance 1.8 AT6 (1.646 kg contra 1.650 kg), justamente por utilizar um propulsor mais compacto, apesar de incrementado com turbo e um cabeçote mais elaborado.
A relação de marchas de ambas também é idêntica: 1ª – 4,459; 2ª – 2,508; 3ª – 1,556; 4ª – 1,142; 5ª – 0,852; 6ª – 0,672; Ré – 3,185; Diferencial – 4,067. Onde estaria a vantagem do 1.8, então? Provavelmente é no próprio deslocamento superior. O 1.3, apesar de todos os auxílios, ainda é um 1.3 e, a depender da circunstância, terá de se esforçar mais para empurrar a picape.
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Já a configuração Endurance turbodiesel é a mais econômica de todas, apresentando médias 35,6% e 39,1% superiores às da versão homônima 1.8 quando a comparação envolve etanol. Com gasolina, os percentuais são 8,6% e 15% favoráveis à motorização de ciclo diesel.&nbsp;
Isso mesmo pesando quase 200 kg a mais (1.833 kg), por ter um conjunto de motor e câmbio maiores e mais pesados, além de transmissão com cardã e diferencial traseiro. O problema é que ela cobra quase R$ 40 mil a mais do que a opção 1.8 aspirada, e mais de R$ 33 mil a mais do que a 1.3 turboflex.
Confira as diferentes autonomias da picape no Inmetro registradas pelas versões Endurance:
Endurance 1.8 AT6 – consumo 
Ciclo urbano: 9,5 km/l (gasolina) / 6,7 km/l (etanol) 
Ciclo estrada: 11,3 km/l (gasolina) / 8,1 km/l (etanol)
Endurance Turbo 270 flex - consumo 
Ciclo urbano: 9,7 km/l (gasolina) / 6,6 km/l (etanol) 
Ciclo estrada: 10,7 km/l (gasolina) / 7,9 km/l (etanol)
Endurance Turbo Diesel AT9 – consumo 
Ciclo urbano: 10,4 km/l 
Ciclo estrada: 13,3 km/l
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Nova Toro com velho 1.8 é até 35% mais lenta, mas mais econômica que a turbo

Picape passa pela primeira reestilização de meia vida, já com mudanças profundas na motorização, na cabine e nos equipamentos, e com dois tipos de grade

A <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/toro" target="_blank">Fiat Toro</a> resolveu se prevenir bem contra possíveis rivais que ainda nem chegaram ao Brasil, caso de <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/hyundai-santa-cruz-tem-cacamba-cheia-de-truques-e-inovacoes/750" target="_blank">Hyundai Santa Cruz</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/ford-maverick-vai-virar-picape-de-shopping-para-brigar-com-a-fiat-toro/533" target="_blank">Ford Maverick</a> e, possivelmente, <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/vw-taos-deve-ganhar-uma-irma-gemea-picape-ate-2023/461" target="_blank">VW Tarok</a>. Para tanto, a Stellantis promoveu uma reestilização de meia vida que mudará o visual dianteiro – com direito a duas opções de grade -, a cabine e o coração da picape. A chegada às lojas começa nesta semana.
Como já dito, a Toro 2022 terá “duas caras”. A primeira, mais parecida com a do modelo atual, comporá as versões Endurance, Freedom e Volcano flex ou diesel. Ainda assim, trará faróis mais afilados no nível inferior (nas opções full-LED), integrados a uma grade ligeiramente achatada e que agora integra o novo logotipo da marca. Um anel cromado contorna as peças a partir da versão Freedom.
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Na parte de cima, as luzes diurnas de LED seguem com o mesmo desenho, mas agora incorporam as luzes de mudança de direção. Quando o condutor dá a seta, a iluminação muda do branco para o âmbar piscante. Depois, volta para o branco. Ao mesmo tempo, a base do para-choque e o desenho dos faróis de neblina, também de LED, estão redesenhados e são padrão em todas as versões.
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Nas configurações de topo, Ultra e Ranch 4x4 diesel, a grade será maior e do tipo hexagonal, com um amplo contorno que será em preto fosco na versão Ultra e cromado na Ranch. Também trocará as divisórias internas horizontais por outras do tipo colmeia. O capô também teve seus traços ligeiramente alterados de maneira igual em toda a gama.
Nas laterais, a principal mudança está nas rodas, com cinco novas opções de 16 a 18 polegadas, que comporão as versões Freedom, Volcano, Ranch e Ultra. Apenas a configuração de entrada, Endurane, seguirá com jogos de desenho antigo e 16 polegadas. A traseira, por sua vez, é idêntica à do modelo anterior, incluindo lanternas de LED e porta da caçamba com abertura lateral bipartida.
Por dentro, a Toro segue com os difusores de ar laterais, o porta-luvas, quase todo o topo do painel, a manopla de câmbio e o volante inalterados (muda apenas o emblema da Fiat ao centro), mas as faixas do miolo do painel, as saídas de ar centrais, boa parte do console central e as guarnições das portas foram modificadas.
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Nos painéis das portas, por exemplo, a picape ganhou puxadores de porta convencionais, integrados aos apoios de braço, e não mais através de barra diagonal independente como antes. Além disso, a marca investiu num console central com o dobro de volume para depositar quinquilharias, formando 26 litros de volume nos compartimentos internos para objetos.
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A grande novidade, porém, estará na presença de quadro de instrumentos digital de 7 polegadas e na central multimídia UConnect com tela vertical de 10,1 polegadas nas versões de topo, incluindo projeção de celulares via Apple CarPlay e Android Auto sem fio, entradas USB-C, carregador de celular por indução, Wi-Fi através de chip nativo da operadora Tim (<a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/jeep-renegade-e-compass-wi-fi-a-bordo-custara-de-r-30-a-r-100-por-mes/714" target="_blank">pago à parte, igual em Renegade e Compass</a>), e o sistema Fiat Connect Me, equivalente ao <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-jeep-compass-flex-tera-185-cv-com-etanol-e-sera-controlado-pela-alexa/709" target="_blank">Jeep Adventure Intelligence (incluindo os comandos remotos via Alexa)</a>.
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Nas versões intermediárias, o sistema de entretenimento será horizontal de 8,4 polegadas, mas também deve oferecer projeção via Apple CarPlay e Android Auto sem fio. Nas de entrada, terá 7 polegadas, sem possibilidade de instalar o Fiat Connect Me. Nessa opção, a conexão demandará o uso de cabo.
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Confira a lista completa de versões e preços, lembrando que no estado de São Paulo os valores serão maiores por conta da alíquota de ICMS mais aplicada naquele estado:
Toro Endurance 1.8 flex AT6 2022 – R$ 114.490 
Toro Endurance Turbo 270 flex AT6 2022 – R$ 119.590 
Toro Endurance Turbo Diesel 4x4 AT9 2022 – R$ 152.990 
Toro Freedom Turbo 270 flex AT6 2022 – R$ 131.890 
Toro Freedom Turbo Diesel 4x4 AT9 2022 – R$ 161.390 
Toro Volcano Turbo 270 flex AT6 2022 – R$ 144.990 
Toro Volcano Turbo Diesel 4x4 AT9 2022 – R$ 177.690 
Toro Ranch Turbo Diesel 4x4 AT9 2022 – R$ 185.490 
Toro Ultra Turbo Diesel 4x4 AT9 2022 – R$ 187.490
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<h2>Motorização e mecânica</h2>
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Acredite se quiser: a opção Endurance mais barata manterá o velho motor 1.8 E.torQ flex, naturalmente aspirado, com 135/139 cv de potência e 18,8/19,3 kgfm (gasolina/etanol). Porém, já nela o câmbio será automático de seis marchas fornecido pela Aisin.
Na sequência vêm as configurações Endurance, Freedom e Volcano Turbo 270 flex, com o novíssimo propulsor 1.3 turboflex de 180/185 cv e 27,5 kgfm, dotado de injeção direta e sistema MultiAir, que controla a variação de tempo e amplitude da abertura das válvulas de admissão no cabeçote. Tal usina também está presente no <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-jeep-compass-reabre-pre-venda-veja-itens-das-4-versoes/733" target="_blank">novo Compass</a> e vem sempre aliada à caixa automática de seis velocidades.
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As variantes Endurance, Freedom e Volcano também receberão o já conhecido 2.0 MultiJet de 170 cv de potência e 35,7 kgfm de torque, incluindo tração 4x4 com reduzida, diferentes modos de condução a depender do terreno, bloqueio de diferencial e câmbio automático de nove marchas fornecido pela ZF. Além delas, as opções de topo Ranch e Ultra são sempre turbodiesel.
Mecanicamente, a Toro 2022 manteve os sistemas de transmissão já conhecidos, assim como o conjunto de suspensões com jogo McPherson na dianteira e multibraço na traseira, e os freios a disco na frente, mas ainda usando tambores nas rodas traseiras. Já o estepe passa a ser do tipo temporário em todas as versões, mesmo as 4x4 a diesel.
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Por fim, houve um rearranjo na base do para-choque dianteiro para melhorar o ângulo de ataque da Toro 2022, que agora é de 24,8 graus nas versões flex e 25,3 graus nas movidas a diesel. E o diâmetro de giro, antes em quase infindáveis 12,9 metros nas versões diesel (mais até do que algumas picapes médias) foi para 12,4 m. Na 1.8, baixou de 12,2 para 11,9 m. Porém, nas turboflex ele segue em 12,2 m.
A capacidade de carga é de 650 kg na versão Endurance com motor 1.8 aspirado, sendo 750 kg em todas as variantes Turbo 270 flex e 1 tonelada nas opções 2.0 turbodiesel.&nbsp;
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<h2>Itens de série</h2>
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A Toro 2022 manterá a plataforma Small Wide, a mesma que dá vida também aos irmãos <a href="https://www.mobiauto.com.br/jeep/renegade" target="_blank">Jeep Renegade</a> e <a href="https://www.mobiauto.com.br/jeep/compass" target="_blank">Compass</a>. Estes são os principais equipamentos de fábrica da versão Endurance, seja com motor 1.8 aspirado, 1.3 turbo flex ou 2.0 turbodiesel:
Faróis halógenos com luzes diurnas (incluindo luzes direcionais) e de neblina em LED; lanternas traseiras em LED; grade em preto fosco; falso quebra-mato no para-choque em preto fosco; seis airbags (frontais, laterais e de cortina); alarme; quadro de instrumentos digital de 7 polegadas; controles de estabilidade e tração; assistente de subida em rampas; direção elétrica progressiva; central multimídia UConnect de 7” com projeção de celulares via cabo; travas e vidros elétricos nas quarto portas; vidros com um-toque e antiesmagamento; retrovisores externos elétricos com tilt down no direito; ar-condicionado; volante multifuncional; controle de cruzeiro; sensores traseiros de estacionamento; banco do motorista com ajuste manual de altura; caçamba com iluminação, revestimento aderente, porta-escada e tampa com abertura lateral bipartida elétrica; rodas de liga leve aro 16.
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A versão Freedom, seja com motor turboflex ou turbodiesel, acrescenta ao pacote anterior: anel cromado na grade; faróis full-LED; central multimídia de 8,4 polegadas com projeção de celulares via Apple CarPlay e Android Auto sem fio; câmera de ré; bloqueio de diferencial dianteiro eletrônico e-Locker (tecla TC+) na opção flex; USBs frontais tipos A e C; volante revestido em couro; borboletas para troca de marchas na coluna de direção; console central com apoio de braço no topo do porta-objetos; barras longitudinais de teto; capota marítima; maçanetas e retrovisores na cor do veículo; rodas de liga leve aro 17.
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A versão Volcano, seja com motor turboflex ou turbodiesel, acrescenta ao pacote anterior: falso quebra-mato do para-choque na cor preta; sétimo airbag (de joelho para o motorista); sistema de conectividade Fiat Connect Me, com possibilidade de Wi-Fi a bordo (pago à parte); chave com sensor presencial e partida remota do motor; carregador de celular por indução; sensores dianteiros de estacionamento; faróis e limpadores de para-brisa automáticos; retrovisores externos com rebatimento elétrico; bancos em couro; banco do motorista com regulagem elétrica; porta-objetos no banco do passageiro; iluminação ambiente interna em LED; maçanetas e molduras cromadas; rodas de liga leve aro 18; pneus ATR de uso misto na versão a diesel.
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A configuração Ranch acrescenta ao pacote anterior: grade exclusiva; contorno da grade, logotipo, capas dos retrovisores, barras longitudinais de teto e barras verticais do santantônio cromadas; faróis com comutação automática de farol alto; central multimídia vertical de 10,1 polegadas; frenagem autônoma emergencial; assistente de permanência em faixa; estribos laterais; pneus ATR de uso misto; painel com faixas em tom marrom; bancos em couro marrom com costuras cruzadas na faixa interna e nome da versão bordado nos encostos lombares dianteiros; barra de proteção no vidro traseiro; para-barro; tapetes e carpete bordados alusivos à versão.
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A configuração Ultra acrescenta ao pacote anterior: mesma grade da versão Ranch, porém escurecida; contorno da grade, logotipo, capas dos retrovisores, barras longitudinais de teto escurecidos, rodas e estribos escurecidos; falso quebra-mato do para-choque na cor preta; capota rígida na cor da carroceria com santantônio integrado; bancos em couro preto com nome da versão bordado nos encostos lombares dianteiros; bolsa de carga na caçamba; rodas de liga leve aro 17 com pneus ATR.
Além dos itens de série, a Toro 2022 oferecerá mais de 60 acessórios oficiais da marca Mopar.
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Picape que moldou o segmento “C” será reestilizado no fim deste mês. Veja nossa lista de desejos sobre o que gostaríamos que melhorasse nela

A <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/toro" target="_blank">Fiat Toro</a> moldou o segmento de picapes compactas-médias no Brasil e no mundo, como a Mobiauto <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/fiat-toro-2022-entenda-o-que-muda-na-picape-que-inventou-um-segmento/572" target="_blank">apontou neste outro artigo</a>. Tanto que já está formando uma legião de concorrentes, como <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/hyundai-santa-cruz-quer-intimidar-fiat-toro-com-potencia-de-amarok-v6/743" target="_blank">Hyundai Santa Cruz</a> e <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/ford-maverick-vai-virar-picape-de-shopping-para-brigar-com-a-fiat-toro/533" target="_blank">Ford Maverick</a>, que talvez nem cheguem ao nosso mercado, mas foram criadas usando o modelo da Stellantis como parâmetro.
Apesar do sucesso, a Fiat já vem se antecipando à possível chegada de concorrentes ao país. Além de Santa Cruz e Maverick, a criação (finalmente) da <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/vw-taos-deve-ganhar-uma-irma-gemea-picape-ate-2023/461" target="_blank">VW Tarok</a> e o reposicionamento da <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/cinco-picapes-que-enfrentarao-a-nova-fiat-toro-nos-proximos-anos/582" target="_blank">Renault Duster Oroch turbo</a> podem sinalizar algum tipo de ameaça.
<a href="https://www.mobiauto.com.br/vender" target="_blank">Anuncie seu carro sem pagar na Mobiauto</a>&nbsp;
<img src="https://s3-sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Fiat/Toro/Toro+2022+o+que+deveria+mudar/Fiat+Toro+2022+T270+flex+proje%C3%A7%C3%A3o+azul.jpg" width="1280" height="853"/>Como deverá ficar a dianteira da Toro turboflex. Na imagem de abertura, como deve ser a grade das versões 4x4 diesel. Projeções: <a href="https://www.instagram.com/overboostbr/?hl=pt-br" target="_blank">@overboostbr</a>
Por isso, a linha 2022 da Toro <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/esta-e-a-nova-fiat-toro-e-quem-viu-o-visual-nao-esta-gostando-dele/701" target="_blank">receberá uma reestilização</a> com importantes mudanças na cabine, na motorização e no visual dianteiro. Como a nossa reportagem já contou, a <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/nova-fiat-toro-tera-duas-caras-e-bloqueio-de-diferencial-tc-da-strada/735" target="_blank">Toro 2022 terá duas opções de grade</a>, uma para as versões flex e <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/nova-fiat-toro-diesel-de-ate-r-200-000-queria-ser-ram-1500/745https:/www.mobiauto.com.br/revista/nova-fiat-toro-diesel-de-ate-r-200-000-queria-ser-ram-1500/745" target="_blank">outra para as movidas diesel</a>.&nbsp;
Além disso, ganhará o <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-jeep-compass-flex-tera-185-cv-com-etanol-e-sera-controlado-pela-alexa/709" target="_blank">motor 1.3 turboflex de 180/185 cv</a> (gasolina/etanol) do <a href="https://www.mobiauto.com.br/jeep/compass" target="_blank">novo Compass</a> e manterá o 2.0 MultiJet turbodiesel de 170 cv. Por dentro, estreará um painel renovado com quadro de instrumentos 100% digital, duas novas centrais multimídia (a maior delas com tela vertical) e novos padrões de acabamento.
Como a nova Toro será na prática? Precisaremos esperar até a próxima quinta-feira (22) para ter a resposta exata. Mas já preparamos uma lista de desejos de cinco pontos que gostaríamos muito que mudasse na picape.
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<h2>Desempenho e consumo das versões flex</h2>
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Talvez o maior alvo de críticas e memes na Toro atual seja o motor 1.8 E.torQ, um quatro-cilindros 16V naturalmente aspirado flex de 132/139 cv de potência. Se em um <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/argo" target="_blank">Argo</a>, um <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/cronos" target="_blank">Cronos</a> ou um <a href="https://www.mobiauto.com.br/jeep/renegade" target="_blank">Jeep Renegade</a> ele já se mostra cansado, na grandalhona e pesada Toro o seu desempenho beira o pífio.
A boa notícia para os fãs da picape é que a chegada do 1.3 GSE T4, chamado pela Stellantis de T270, vai mudar esse jogo, não apenas pelo enorme ganho de potência como também pelo incremento substancial do torque, de 18,8/19,3 kgfm (gasolina/etanol) para 27,5 kgfm com qualquer combustível.&nbsp;
Não apenas o utilitário com caçamba deve melhorar (e muito) suas acelerações e retomadas com o novo propulsor, como deve ainda ficar bem mais econômico. Parece excelente na teoria, e tem tudo para sê-lo na prática.
Não tão alvissareiro assim é saber que, <a href="https://www.autossegredos.com.br/marcas/fiat-marcas/flagra-fiat-toro-2022-versao-basica/" target="_blank">de acordo com o site Autos Segredos</a>, a versão de entrada da Toro 2022 manterá o velho 1.8. Ou seja: a fama de manca e beberrona não será totalmente dirimida. Ainda.
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<h2>Falhas elétricas ou da central</h2>
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Estes pontos também apareceram na lista de <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-jeep-compass-5-coisas-que-queriamos-que-mudasse-no-suv/695" target="_blank">cinco coisas que queríamos que mudasse no novo Jeep Compass</a>, irmão de plataforma da Toro. No caso das gerações mais antigas da central UConnect, é comum ler relatos de apagões e travamentos da tela, além de um navegador GPS com funcionamento um tanto... desnorteado, digamos assim.
A central da <a href="https://www.mobiauto.com.br/fiat/strada" target="_blank">nova Strada</a>, assim como a do Compass 2022, oferecerá projeção de celulares Android e Apple sem fio, uma melhor resolução de tela e maior velocidade de funcionamento. Nas versões de entrada da nova Toro, ela será horizontal e um pouco menor, na casa de 10 polegadas. Nas de topo, será estilo tablet, com aproximadamente 12 polegadas.
Em relação à parte elétrica, não é incomum nas Toro atuais que um chicote pare de funcionar e leve a uma pane de itens como ar-condicionado, central multimídia, travas e vidros. Por vezes, a falha se torna generalizada e leva até o veículo a entrar em modo de segurança. Também é comum encontrar reclamações de defeitos no sistema start-stop.
Será que a linha 2022 enfim colocará um ponto final em tudo isso?
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<h2>Maior capacidade off-road</h2>
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Outra área em que a Toro costuma ser criticada é por sua suposta falta de aptidão aventureira. Sabemos que isso é uma meia verdade, pois vale muito mais para a configuração 1.8 flex com tração 4x2 dianteira do que para a bem conceituada 2.0 4x4 turbodiesel.
No caso da Toro flex, além da já mencionada troca do 1.8 para o <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/novo-jeep-compass-1-3-turbo-de-180-cv-tera-nomenclatura-t270/708" target="_blank">motor T270</a> – que ocorrerá nas versões intermediárias – deve ajudar, assim como a aplicação do bloqueio eletrônico de diferencial dianteiro através da tecla TC+, como <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/video-nova-fiat-strada-cabine-plus-aguenta-o-tranco-como-a-antiga/416" target="_blank">acontece na atual Fiat Strada</a>.
Ainda assim, a tração da configuração bicombustível seguirá 4x2, sendo que o projeto da Toro permite perfeitamente aplicar um diferencial traseiro também nessa configuração. Ou seja: a nova Toro flex será um pouco mais valente que a atual, mas ainda longe do que gostaríamos.
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Já a opção 4x4 turbodiesel seguirá com os atuais 170 cv e 35,7 kgfm. Ela confere boa dose de valentia à picape, mas sua estrutura monobloco ainda demonstra limitações em cenários mais extremos. Outro ponto que precisaria ser aprimorado é a capacidade de imersão da Toro, relativamente baixa para uma picape de seu porte.
A questão está no posicionamento das entradas de ar dianteiras do motor, na altura da parte intermediária do para-choque e abaixo do topo das rodas. A Stellantis faria um favor à reputação da Toro se reposicionasse esse elemento mais para cima, aumentando sua capacidade imersiva e dando a ela um pouco mais de fôlego para o off-road pesado.&nbsp;
<h2>Mais porta-trecos, por favor</h2>
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A cabine da Toro sempre se notabilizou por ser bem acabada, confortável e silenciosa, mas apresenta um detalhe incômodo: a falta de porta-objetos. São escassos e mal distribuídos, o que nos leva o tempo todo a sentir falta de um compartimento adequado para depositar o celular, a carteira ou qualquer item pessoal que seja. Será que isso muda na linha 2022?
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<h2>Maior afeição às manobras</h2>
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A Toro representa um meio termo entre picapes compactas, como a Strada e a <a href="https://www.mobiauto.com.br/volkswagen/saveiro" target="_blank">Volkswagen Saveiro</a>, e as médias, como <a href="https://www.mobiauto.com.br/toyota/hilux-cabine-dupla" target="_blank">Toyota Hilux</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/s10-cabine-dupla" target="_blank">Chevrolet S10</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/ford/ranger-cabine-dupla" target="_blank">Ford Ranger</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/mitsubishi/l200-triton-sport" target="_blank">Mistubishi L200 Triton</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/volkswagen/amarok" target="_blank">VW Amarok</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/nissan/frontier" target="_blank">Nissan Frontier</a> e cia. Isso em relação às dimensões.
Quando falamos do diâmetro de giro, a representante da Fiat age praticamente como se fosse uma picape média, registrando péssimos 12,2 metros, o mesmo de uma Ranger e mais do que uma L200 Triton. O número até fica abaixo dos de Hilux, Amarok, Frontier e S10, mas por pouco. Tomara que, a partir do ano-modelo 2022, manobrar uma Toro se torne mais fácil.
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Fiat Toro 2022: cinco coisas que queríamos que mudasse na picape

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