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Embora boa parte das fabricantes de automóveis estejam
alocadas em São Paulo, a cadeia colaborativa para a produção de veículos no
Brasil fica espalhada por diversos estados. E o sul do país é uma das regiões
que fornecem peças e outros itens para a confecção de carros em território
nacional.<img src="https://api.mobiauto.com.br/images/api/images/v1.0/361143946" width="250px">
A estratégia das marcas teve que mudar por causa do desastre
ambiental. Afinal, as montadoras não queriam frear o crescimento do mercado
neste ano. 
A <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet" target="_blank">Chevrolet </a>foi a mais prejudicada nesse sentido, por ser a
única fabricante do Brasil com unidade fabril no Rio Grande do Sul, mais
precisamente em Gravataí. Vale lembrar que a cidade, próxima da capital Porto
Alegre, também foi atingida por conta das enchentes. Lá são feitos <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/onix-plus/2025" target="_blank">Onix </a>e <a href="https://www.mobiauto.com.br/chevrolet/onix-plus/2025" target="_blank">OnixPlus</a>.<img src="https://image1.mobiauto.com.br/images/api/images/v1.0/361144027" width="251px" style="width: 251px; height: 167px;">
A seguir detalhamos como as montadoras mudaram o

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Embora boa parte das fabricantes de automóveis estejam
alocadas em São Paulo, a cadeia colaborativa para a produção de veículos no
Brasil fica espalhada por diversos estados. E o sul do país é uma das regiões
que fornecem peças e outros itens para a confecção de carros em território
nacional.<img src="https://api.mobiauto.com.br/images/api/images/v1.0/361143946" width="250px">
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Novo Citroën C3 Aircross: DETALHES e DIFERENÇAS das versões de 5 LUGARES e 7 LUGARES

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Honda HR-V Touring: SUV COMPACTO vale os QUASE R$ 200 mil?

 Novo modelo de cobrança de imposto promete deixar combustíveis mais baratos, mas não compensará último reajuste da Petrobras 

Os frequentes e pesados reajustes no valor dos combustíveis nos últimos meses têm gerado revolta nacional. Só na última semana, a Petrobras anunciou uma alta de 18% no preço da gasolina e 25% no valor do diesel.
A fim de tentar conter a escalada dos preços, o governo sancionou uma nova forma de cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) como tentativa de conter os preços dos combustíveis, chamada ICMS unificado.
Mas, afinal, o que essa mudança significa? Será ela capaz de compensar os aumentos praticados pela estatal? A gasolina ficará mais barata com o novo método de tributação? Afinal, o que muda?
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<h2>Governo age para evitar disparo dos preços&nbsp;</h2>
Quem não se antecipou se assustou com os novos preços. Em cidades do Rio de Janeiro, postos já cobram mais de R$ 8,00 pelo litro da gasolina. Em Fernando de Noronha, o valor desse mesmo combustível chegou a quase R$ 10,00, enquanto que no interior do Acre as cifras já chegam a R$ 12,00.&nbsp;
Um dia depois do anúncio da Petrobras, o presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou o Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 11, de 2020, que cria um novo modelo de cobrança do ICMS, que promete reduzir o valor dos combustíveis, embora não de modo suficiente para compensar o último reajuste.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/precos-dos-combustiveis-ja-subiram-ate-60-em-2-anos-de-pandemia/1611">Preços dos combustíveis já subiram até 60% em 2 anos de pandemia</a>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diversas/Gasolina-Ficar%C3%A1-60-Centavos-Mais-Barata.jpg" width="1280" height="853"/>
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, José Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo no Estado de São Paulo), comentou sobre a redução dos combustíveis:&nbsp;
“Pelos nossos cálculos, para este último aumento e preço que está em vigência agora, na hora que entrar em vigor, vai dar uma queda na bomba em R$ 0,33 [para o diesel]. No caso da gasolina, teríamos uma baixa, mais ou menos, de R$ 0,61”, afirmou. Ele ainda lembrou que 48% do valor dos combustíveis no Brasil são formados por impostos.&nbsp;
Assim como a <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/por-que-a-reducao-do-ipi-quase-nao-fara-diferenca-no-preco-dos-carros/1669">redução de IPI nos carros zero-quilômetro</a>, a nova taxação de ICMS parece chegar de forma tardia ao bolso do consumidor, de forma que quem paga a conta não sentirá um alívio tão grande assim, mesmo no cenário mais otimista apontado pelo governo.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/em-quais-cenarios-os-precos-dos-combustiveis-podem-voltar-a-cair/1379">Em quais cenários os preços dos combustíveis podem voltar a cair?</a>
Para tornar mais didático o novo modelo de cobrança de ICMS sobre o valor dos combustíveis, listamos abaixo todas as mudanças aprovadas pelo governo.&nbsp;
 
<h2>Entenda o que muda na cobrança do ICMS dos combustíveis &nbsp;</h2>
1. Cobrança única: com a nova lei, o ICMS deixará de ser cobrado várias vezes durante toda a cadeia de produção até o combustível chegar na bomba. Em vez disso, passará a ser cobrado uma única vez, de maneira monofásica. Sendo assim, o ICMS será sobre o valor da refinaria ou do balcão de importação.
2. Valor nacional: o ICMS não deixará de ser um imposto estadual, mas não terá mais variação de Estado para Estado, passando a ter uma alíquota única para todo o país.&nbsp;
3. Taxa fixa: o imposto não corresponderá mais a um percentual sobre o preço final do litro da bomba, estando sujeito a oscilações do dólar ou do valor internacional. A partir de agora, a taxa passará a ter valor fixo e em real e será cobrada por litro. A única variação permitida será por tipo de combustível (etanol, gasolina, diesel ou GNV).
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/reducao-de-ipi-veja-quais-carros-baixaram-e-quais-ate-subiram-precos/1683">Redução de IPI: veja quais carros baixaram e quais até subiram preços</a>
4. Reajuste só daqui um ano: os novos valores de ICMS ainda não foram definidos. Mas o governo já estabeleceu que um possível próximo reajuste da alíquota só poderá ocorrer 12 meses depois de estabelecido o primeiro valor. Reajustes subsequentes não poderão ocorrer antes de um intervalo mínimo de seis meses.&nbsp;
6. Confaz determinará os valores: O Conselho Nacional de Política Fazendária será o responsável por estipular os novos valores de ICMS. Atualmente, o imposto corresponde a 26,5% do preço da gasolina e 14% do valor do diesel.
7. Diesel terá conta diferente: para o diesel, a lógica será diferente da aplicada a gasolina e etanol. Aqui, o ICMS será calculado a partir do preço médio do combustível praticado nos últimos cinco anos e não do valor atual.
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Imagens: Shutterstock
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ICMS unificado: lei promete reduzir preço do combustível em até R$ 0,60

Resolução da ANP publicada nesta semana tem cinco novas medidas para tentar melhorar a eficiência do mercado e conter alta nos preços

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) aprovou, na última quinta-feira (4), cinco novas regras em relação à venda de combustíveis para tentar melhorar a eficiência do mercado nacional e conter os reajustes de preços que vêm se tornando cada vez mais constantes em nosso país.
As novas normas alteram as resoluções ANP 41/2013, ANP 8/2007 e ANP 58/2014, que tratam, respectivamente, de revenda varejista, transporte de revendedor retalhista e distribuição de combustíveis.
Essas medidas haviam sido colocadas em consulta pública pela agência em março deste ano, e foram aprovadas em <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/postos-ficarao-livres-para-vender-combustiveis-de-bandeiras-diferentes/1060">caráter provisório pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em agosto último</a>. No entanto, com a nova decisão da ANP, as novas regras se tornam válidas em definitivo. Veja o que muda:
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<h2>1. Delivery de combustíveis</h2>
Uma das principais medidas autorizadas pela resolução é a venda de combustíveis no esquema de delivery. Segundo a agência, em um primeiro momento, apenas o comércio de etanol e gasolina está liberado nesse método, o que significa que o delivery de diesel, por enquanto, segue vetado.
Para entrar no programa, o posto tem de estar com a ficha limpa no Programa de Monitoramento da Qualidade (PMQC) da ANP, sem inadimplência. Além disso, só poderá fazer a distribuição do combustível dentro dos limites do município onde está instalado.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/forma-como-postos-vendem-combustivel-no-brasil-deve-mudar/1021">Forma como postos vendem combustível no Brasil deve mudar</a>
<h2>2. Preços com duas casas decimais</h2>
Quem nunca olhou a tabela de preços na hora de abastecer e ficou sem entender o terceiro dígito após a vírgula? A boa notícia é que essa última casa decimal deixará de existir. Segundo a ANP, os preços por litro passarão de três casas decimais para no máximo duas.&nbsp;
O objetivo é facilitar o entendimento dos consumidores. Os postos têm até 180 dias após a publicação da resolução para se adequar a essa nova regra. Eles terão que expor o novo formato de precificação nas tabelas de preço, cartazes e bombas medidoras.
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<h2>3. Novo esquema de localização</h2>
Com a nova resolução, os postos serão obrigados a informar suas coordenadas geográficas à ANP, a fim de aprimorar a fiscalização. Os dados serão cobrados dos revendedores quando eles pedirem autorização para praticar o serviço de revenda.
<h2>4. Postos vendendo mais de uma bandeira</h2>
Os postos de rede (Shell, Ipiranga, BR etc) eram obrigados a comprar, armazenar e vender apenas os combustíveis da empresa que estampava a fachada e as bombas da loja.
Com a nova resolução, a ANP autoriza os postos a vender combustíveis de outras bandeiras com outros preços. A medida tem o objetivo de aumentar a concorrência no próprio comércio e conter o avanço dos aumentos desses produtos.
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Segundo a agência, o revendedor sem bandeira terá de informar, em cada bomba, “de forma destacada e de fácil visualização, o CNPJ, a razão social ou o nome fantasia do distribuidor fornecedor do respectivo combustível automotivo.”&nbsp;
Já os postos com bandeira definida, caso resolvam comercializar combustíveis de outros distribuidores, terão de exibir o logotipo da marca do distribuidor e o nome fantasia dos fornecedores na identificação do combustível.&nbsp;
<h2>5. TRR podem levar gasolina</h2>
Por fim, as novas regras liberam a venda de gasolina para os TRRs (Transportadores Revendedores Retalhistas). Antes da resolução, esses transportadores podiam carregar e comercializar apenas diesel e etanol - liberado em setembro último.&nbsp;
Os TRRs não são muito conhecidos, mas compram grandes quantidades de combustíveis e vendem a granel, geralmente abastecendo empresas, geradores etc. Com etanol e gasolina liberados, a medida deve favorecer empresas com frota de veículos flex, por exemplo.
Imagens: Jair Ferreira Belafacce e Joa Souza/Shutterstock&nbsp;
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Brasil tem novas regras para venda de combustíveis. Veja quais

Vídeos nas redes sociais bombaram nas últimas semanas com a receita mágica que promete melhorar o consumo e desempenho dos carros. Mas será que é verdade?

Basta pegar o celular e abrir uma rede social para ver dancinhas, brincadeiras, fotos de amigos e famosos, dicas sobre receitas e até sobre investimentos. No entanto, é importante se certificar que aquela informação que está ali sendo propagada é verdadeira.
Nas últimas semanas, um vídeo no TikTok ganhou muita visibilidade ao revelar uma suposta “receita milagrosa” para aumentar o desempenho e a vida útil do motor. De acordo com o produtor do conteúdo, a adição de diesel S10 à gasolina melhora o desempenho e o consumo do veículo, &nbsp;além de limpar os bicos injetores.
<a href="https://www.mobiauto.com.br/tabela-fipe/carros">Consulte o valor do seu carro na Tabela Fipe</a>
O conteúdo original recomenda abastecer 10 ml de diesel para cada litro de gasolina no tanque, mas, como todo telefone sem fio, já há gente nas redes sociais falando em proporções absurdas de 40% de diesel e 60% de gasolina.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diesel+na+gasolina/Afinal%2C+diesel+na+gasolina+aumenta+o+desempenho+do+carro+32.jpg" width="1280" height="853"/>
Verdade ou mito? Nós respondemos: um mito. Na verdade, uma fake news daquelas para você fugir com todas as forças se quiser evitar uma dor de cabeça das brabas no futuro.
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<h2>Diesel x gasolina: combustíveis muito diferentes</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diesel+na+gasolina/Afinal%2C+diesel+na+gasolina+aumenta+o+desempenho+do+carro.jpg" width="1280" height="853"/>
A verdade é que a tal mistura, além de não cumprir o que o “especialista” afirma, pode prejudicar, e muito, o funcionamento do motor, gerando uma falha grave de funcionamento e gastos bem maiores que a economia prometida.
De início, vale lembrar que o funcionamento dos motores de ciclo Otto, movidos a gasolina e/ou etanol, e os de ciclo Diesel, é bem diferente, embora ambos, em tempos modernos, trabalhem com quatro tempos (admissão, compressão, combustão e escape).
Porém, enquanto um propulsor de ciclo Otto (gasolina, etanol ou gás) precisa da centelha da vela de ignição para detonar a mistura ar-combustível, a explosão em um propulsor a diesel ocorre pelo próprio aquecimento no final da compressão.
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Isso acontece porque a temperatura mínima de ignição do diesel, 250°C, é menor do que os mais de 300°C da gasolina, e ainda menor do que os elevados 420°C exigidos pelo etanol (o que explica por que, com álcool, é tão difícil dar partida no frio).
Mas não só o funcionamento dos motores é diferente: as propriedades dos combustíveis também.&nbsp;
Para gasolina, etanol e GNV serem considerados de boa qualidade, é importante que tenham uma alta octanagem, que é a qualidade do combustível de suportar a compressão sem detonar. Isso garante que a ignição vai acontecer somente quando houver a faísca emitida pelas velas.
Já um diesel S10 de boa qualidade tem que ter cetanagem, que é o inverso da octanagem, ou seja, a capacidade de o combustível inflamar mais rapidamente quando entra na câmara de combustão.
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<h2>O risco da pré-ignição</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diesel+na+gasolina/Afinal%2C+diesel+na+gasolina+aumenta+o+desempenho+do+carro-3.jpg" width="1280" height="854"/>
Dessa forma, a adição de diesel S10, mesmo que seja na referida proporção de 10 ml por litro de gasolina, como sugere o vídeo, reduz a quantidade de octanas da mistura e torna o combustível mais auto-inflamável.
Com o diesel injetado junto da gasolina, inicia-se um processo de detonação com a combustão imediata por causa da comburência maior do diesel, que não realiza a queima ideal da mistura e ainda deixa partículas de carvão pairando na câmara.
Caso as partículas fiquem sobre a cabeça do pistão, há grande risco de um fenômeno chamado pré-ignição, que é quando a mistura ar-combustível explode antes da ignição gerada pelas velas. Grosso modo, é como se a combustão ocorresse na fase de compressão.
Se a pré-ignição acontecer quando o pistão estiver subindo para completar a compressão, ele pode se danificar com o impacto dessa combustão gerando força contrária ao movimento de sua cabeça. Tudo isso potencializa o superaquecimento de camisas, desgaste e danificação dos pistões e até quebra do virabrequim.
Ou seja: os únicos que vão realmente se dar bem com a “dica” do TikTok são mecânicos e donos de retífica de motor.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/mundo-esta-acordando-para-o-etanol-entenda-como-isso-afeta-o-brasil/1010">Mundo está acordando para o etanol. Entenda como isso afeta o Brasil</a>&nbsp;
<h2>Abasteci meu carro com diesel, o que faço?</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Diesel+na+gasolina/Afinal%2C+diesel+na+gasolina+aumenta+o+desempenho+do+carro2.jpg" width="1280" height="853"/>
Tudo tem solução, mas, neste caso, é melhor chamar o guincho e levar o veículo até uma oficina especializada.
Depois que o diesel é colocado no tanque, ele se mistura completamente com o combustível que já estava lá, seja etanol ou gasolina, e só a drenagem do tanque resolve a questão.&nbsp;
Em carros mais novos, não é possível tirar o líquido pelo bocal do tanque, por questões de segurança, então é necessário chamar um profissional. Além disso, é importante que os bicos injetores e a camisa dos pistões sejam limpos, caso o veículo tenha funcionado depois do diesel ter sido colocado no tanque.
Com a limpeza toda feita, basta colocar o combustível indicado pelo manual do veículo, parar de acreditar em toda informação que aparece nas redes sociais sem qualquer tipo de procedência e, aí sim, voltar a pegar o asfalto.
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Afinal, misturar diesel na gasolina melhora o desempenho do motor?

Seis notícias recentes mostram que o álcool pode se tornar a tecnologia de transição para a eletrificação no Brasil e demais mercados emergentes

<h3>Zeca Chaves, Colunista da Mobiauto</h3>
Se você dissesse em 1997 que dentro de duas décadas quase todos os veículos vendidos no Brasil seriam equipados com um motor que queimasse álcool, qualquer um que conhecesse o mercado automotivo daria uma boa gargalhada e diria que você não entende nada de carro. Nada mais natural, pois na época esse tipo de motorização representava só 0,06% do mercado.&nbsp;
Tudo indicava que esse combustível estava destinado a desaparecer, até que veio a salvação em 2003, na forma de uma inovação técnica da Volkswagen: um automóvel que podia rodar com álcool, gasolina ou qualquer proporção dos dois, chamado Gol Total Flex. A ideia deu tão certo que a motorização flexível representa hoje 92% das vendas.
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<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Colunas+Zeca/Etanol+promessa+mundial+(02.08.2021)/vw-gol-totalflex.jpg" alt="" width="300px">VW Gol Total Flex foi o primeiro veículo abastecido com etanol e gasolina do Brasil (Foto: divulgação/Volkswagen)
Apesar de ser considerado um orgulho nacional, a tecnologia flex tinha tudo para ser uma mera excentricidade brasileira, uma jabuticaba, como se fala das coisas que só existem por aqui.&nbsp;
Seria apenas um regionalismo curioso, restrito a um mercado bem específico, assim como o sistema imperial de medidas, que hoje só é usado nos Estados Unidos, Libéria e Mianmar, enquanto o resto do mundo adota o sistema métrico.
Até que surgiu algo que pode mudar tudo, dando um futuro promissor ao etanol: os carros elétricos. Mas o que uma coisa tem a ver com outra? Eu explico. Como Europa, EUA e China estão abraçando os veículos movidos a eletricidade, seja por força da legislação ou estratégia de governo, a indústria automotiva está sendo obrigada a mudar.&nbsp;
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Dentro de 10 anos, a maioria dessas fábricas vão produzir só veículos elétricos e serão forçadas a abrir mão dos automóveis a combustão.
E como fica o Brasil e outros países emergentes, já que seus consumidores não têm renda suficiente para comprar veículos tão caros, seus mercados não dispõem de benefícios atraentes para incentivar a eletrificação e suas infraestruturas não oferecem condições para criar uma rede robusta de eletropostos?&nbsp;
<h2>Híbrido flex e célula de combustível</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Colunas+Zeca/Etanol+promessa+mundial+(02.08.2021)/Etanol+como+promessa+mundial+1.jpg" alt="" width="300px">Yaris Cross: o modelo deve ser a base do híbrido flex brasileiro da Toyota (Foto: divulgação/Toyota)
Para alguns consultores e executivos do setor, o híbrido flex pode ser a resposta a essa pergunta, pois seria a tecnologia de transição perfeita para esses países.&nbsp;
Ele combina um motor elétrico, que ajuda a reduzir emissões e pode ser ligado na tomada nas versões plug-in, a um motor a combustão, que contorna a escassez de eletropostos e ainda dá uma sobrevida ao parque industrial existente nesses países enquanto o carro elétrico não se torna dominante.&nbsp;
Completando essa receita há o etanol, que consegue neutralizar quase todas suas emissões, quando se considera o ciclo completo.&nbsp;
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Um dos maiores defensores dessa solução, o presidente da Volkswagen América do Sul, Pablo Di Si, <a href="https://www.automotivebusiness.com.br/noticia/33384/com-etanol-volkswagen-inclui-brasil-em-seu-plano-global-de-descarbonizacao" target="_blank">resumiu muito bem a situação para o portal Automotive Business</a>:&nbsp;
“Sempre que se apresentam estratégias globais da companhia, só ouvimos falar de Europa, China e Estados Unidos. Como ficam então as outras regiões como Brasil ou Índia, onde não há condições nem incentivos para eletrificar a frota tão rapidamente? Nós temos essa alternativa: o etanol de cana é o combustível do futuro, com redução de emissões de CO2 até maior do que um elétrico na Europa quando medimos o ciclo completo do combustível, desde a produção até o escapamento. Isso não é mais uma jabuticaba.”
Pablo Di Si não está sozinho nessa empreitada. Muito pelo contrário: nos últimos dois meses, seis notícias mostraram que o mundo pode estar se movimentando para tornar o álcool um personagem relevante no cenário global.&nbsp;
A primeira iniciativa veio em meados de junho, quando a Nissan anunciou que iniciaria o desenvolvimento de um modelo comercialmente viável da sua célula de combustível a etanol.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/afinal-quando-e-permitido-furar-o-sinal-vermelho-na-nova-lei-de-transito/1017" target="_blank">Afinal, quando é permitido “furar o sinal vermelho” na nova lei de trânsito?</a>&nbsp;
O projeto é brasileiro, mas tem a supervisão do Japão, pois a matriz tem interesse em levar esse conceito a outros mercados. A ideia é, a partir do álcool, extrair o hidrogênio que, por meio de uma reação química, vai produzir a energia que movimenta um motor elétrico.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Colunas+Zeca/Etanol+promessa+mundial+(02.08.2021)/Etanol+como+promessa+mundial+2.jpg" alt="" width="300px">A Índia decidiu adotar motores flex para reduzir os níveis de poluição e sua dependência do petróleo (Foto: Pixabay, livre de copyright)
Duas semanas depois, foi a vez da BMW Brasil, que divulgou estar trabalhando em um motor a álcool que servirá como gerador para aumentar a autonomia do seu automóvel elétrico mais barato, o i3. &nbsp;&nbsp;
Nesse mesmo dia, ganhou as manchetes a notícia de que a Índia vai permitir a produção de automóveis flex e a venda de etanol em postos de combustível – até então só se adicionava o álcool à gasolina, a fim de reduzir as emissões dos motores já existentes e reduzir sua dependência do petróleo. &nbsp;
A informação fica mais interessante quando lembramos que o país é o sexto maior produtor do mundo, com 3,4 milhões de veículos em 2020, mas chega a 26 milhões de unidades quando se incluem motos e triciclos.
Leia também: &nbsp;<a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/por-que-um-motor-flex-bebe-mais-combustivel-com-etanol/418">Por que um motor flex bebe mais com etanol do que com gasolina</a>&nbsp;
<h2>Centro mundial VW para biocombustíveis</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Colunas+Zeca/Etanol+promessa+mundial+(02.08.2021)/Etanol+como+promessa+mundial+4.jpg" alt="" width="300px">
Brasil como centro de pesquisa global sobre biocombustíveis e motores flexíveis (Foto: Shutterstock)
Apenas duas semanas depois, o grupo Volkswagen comunicou ao mundo que o Brasil seria um centro global de pesquisa para motores flex e biocombustíveis, para exportar a tecnologia a outros países emergentes, que ainda estão distantes da eletrificação.&nbsp;
Também estão nos planos o desenvolvimento de híbridos flex e células de combustível para produzir hidrogênio a partir do etanol. Não por coincidência, a unidade da VW em São Bernardo do Campo (SP) recebeu em julho a visita do embaixador indiano no Brasil já de olho nessa tecnologia.
Não deu nem uma semana e o CEO da Toyota para a América Latina, Masahiro Inoue, confirmou que a montadora terá um híbrido compacto flex no Brasil, para fazer companhia aos híbridos maiores Corolla e Corolla Cross, este um SUV que tem sido um sucesso de exportação nos mercados sul-americanos.&nbsp;
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/mundo-esta-acordando-para-o-etanol-entenda-como-isso-afeta-o-brasil/1010">Mundo está acordando para o etanol. Entenda como isso afeta o Brasil</a>&nbsp;
E no meio disso tudo ainda há a <a href="https://www.autossegredos.com.br/segredos/exclusivo-stellantis-produzira-motores-hibridos-e-eletricos-no-brasil/" target="_blank">notícia do site Autos Segredos de que o Polo Automotivo Fiat,</a> em Betim (MG), deve começar a produzir entre 2024 e 2025 motores elétricos e híbridos flex, que vão equipar diversos modelos do grupo Stellantis, que reúne ainda Jeep, Peugeot e Citroën.
Diante disso tudo eu pergunto: é tudo uma grande coincidência ou o etanol está deixando de ser uma jabuticaba brasileira para ganhar o mundo, nem que seja pela porta dos fundos da eletrificação?Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião&nbsp;da&nbsp;Mobiauto
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