Avaliação: Ford Ranger 2023 vale a pena ou melhor esperar a nova geração?
A Ford Ranger é uma das picapes mais renomadas do segmento. Elogiada pela crítica e queridinha dos consumidores, falta pouco para essa picape ganhar uma nova geração que promete balançar o mercado. No ano passado, quando estávamos com a versão FX4, demos nosso veredito se valia comprar a Ranger atual ou esperar pela novidade.
Agora, ainda mais próximos do lançamento, tivemos um último contato com a versão atual para determinar o que a nova geração precisa melhorar ou deve preservar quando for lançada.
Ford Ranger FX4 2023: R$ 306.190. Pintura Branco Ártico (sólida): R$ 850. Pneus Pirelli Scorpion ATR Plus 265/65 R17: R$ 2.000. Acessórios: protetor de caçamba, capota marítima e snorkel: preços não revelados.
Motor fica 3.2 fica, mas e o V6?
A Ranger FX4 é equipada com motor Duratorq 3.2 turbodiesel de 200 cv e 47,9 kgfm de torque. O câmbio é automático de seis marchas, com tração 4x4 e diferencial traseiro blocante. Os números são próximos aos das principais concorrentes.
Esse motor deve e pode permanecer na Ranger, atende muito bem as necessidades seja com a caçamba cheia ou na hora de pegar uma estrada de terra. No entanto, a nova Ranger pode melhorar esse aspecto.
Motor: 3.2, dianteiro, longitudinal, cinco cilindros em linha, 20V, sobrealimentado com turbo, diesel, comando de válvula duplo no cabeçote, injeção direta de combustível
Taxa de compressão: 15,5:1
Potência: 200 cv a 3.000 rpm
Torque: 47,9 kgfm a 1.750 rpm
Peso/potência: 11,2 kg/cv
Peso/torque: 46,9 kg/kgfm
Câmbio: automático de seis marchas
Tração: integral temporária
Dados técnicos: direção elétrica; suspensões tipo independente com braços sobrepostos (dianteira) e eixo rígido com feixe de molas (traseira); freios a disco ventilados (dianteira) e tambor (traseira);
Já apresentada lá fora, a nova Ranger possui duas opções de motores. O 2.0 birtubo diesel com 210 cv e 50 kgfm de torque, que não surpreenderia se a Ford optar por ele no lugar do 3.2 de cinco cilindros.
No entanto, a grande estrela é o 3.0 V6 turbodiesel de 250 cv e torque de 60 kgfm. Esperamos que este motor esteja disponível ao menos na versão topo de linha, Limited. O motor é combinado a um câmbio automático de dez marchas.
Dimensões: 5.354 mm de comprimento, 3.220 mm de entre-eixos, 1.860 mm de largura, 1.821 mm de altura, 1.180 litros de caçamba ou 1.104 kg e 80 litros de tanque de combustível.
O consumo da atual Ranger, segundo o Inmetro, é de 8,4 km/l na cidade e 9,4 km/l em rodovias. Os números estão dentro dos parâmetros da categoria, mas conseguimos marcar até 10,6 km/l durante o nosso uso, sendo que 60% dos mais de 400 quilômetros rodados foram em estradas.
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Conforto pode melhorar
A Ford Ranger é uma das melhores picapes para usar na cidade, ainda que as características de um carro de sua categoria englobem maiores dificuldades. Obviamente é mais difícil estacionar e as manobras precisam de mais etapas.
Com a caçamba vazia se percebe o quanto esse tipo de carro sofre no asfalto lunar das grandes cidades. Os passageiros sentem os saltos da suspensão, que promovem excelente estabilidade, mas problemas para filtragem.
Apesar do conforto, a Ranger ainda perde para a Volkswagen Amarok, que tem o melhor comportamento urbano. Essa é uma das melhorias que a Ford deverá focar na nova geração.
Ford Ranger FX4 - Principais itens de série
Dependendo da rival que você usar como parâmetro, a Ranger FX4 vai parecer uma versão topo de linha. A lista de itens de série é bem completa, apesar de a Limited ainda ser a mais equipada. Confira os principais equipamentos:
· Sete airbags;
· Controles de estabilidade e tração com assistente de partida em rampas; controle automático de descida; sistema anti-capotamento
· Direção elétrica;
· Ar-condicionado automático digital de duas zonas;
· Quadro de instrumentos digital de 7 polegadas;
· Central multimídia de 8 polegadas com Android Auto, Apple CarPlay e ligações para emergência em acidentes;
· Bancos em couro com ajustes elétricos para o motorista;
· Carregador de celular por indução;
· Rodas aro 18 com acabamento escurecido;
· Faróis full-LED;
· Sensores traseiros de estacionamento;
· Câmera de ré
A lista de itens é robusta, mas pode melhorar em itens de conectividade. A central SYNC 3 será atualizada e esperamos que receba conexão sem fio. Aplicativos de localização ou comandos remotos também são bem-vindos.
Aproveitando que estamos falando do interior, o acabamento precisa melhorar. A construção é boa, as peças são bem encaixadas, mas são de materiais simples e que não condizem com o patamar atual de preços.
Comprar ou esperar a nova geração?
Indicar o que cada um deve fazer com seu dinheiro é sempre uma tarefa difícil, ainda mais se tratando de um montante superior aos R$ 300 mil. No entanto, a cada dia que passa estamos mais próximos do lançamento da nova geração.
Dessa maneira, a atual geração só faz sentido se a concessionária estiver disposta a realizar um significativo desconto. Do contrário, aguarde uns meses para receber um produto que promete ser mais atual e balançar o segmento de picapes médias.
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Editor de conteúdo
Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.