Afinal, esta minivan chinesa gerará as novas Chevrolet Spin e Montana?

Com o anúncio de que a GM vai descongelar o investimento de R$ 10 bilhões no estado de São Paulo, a serem distribuídos entre as duas fábricas que a empresa ali possui – São Caetano do Sul e São José dos Campos -, muito começou a se especular sobre que produtos serão produzidos em cada local.

A Mobiauto já fez sua aposta: serão quatro modelos, sendo duas picapes (a nova geração da S10 e um modelo compacto-médio, que pode herdar o nome da atual Montana) e dois SUVs (um crossover médio de sete lugares, substituto da Spin, e a nova geração do Trailblazer).

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Sobre o SUV e a picape menores, com carroceria monobloco, ainda pouco se sabe. A informação mais concreta até o momento é que ambos fazem parte de um projeto chamado “Twins”, o que significa que serão irmãos gêmeos – como Onix e Onix Plus -, que utilizarão a plataforma modular GEM da família Onix e também do Tracker.

Muitos jornalistas estão associando essa nova picape e o SUV diretamente ao Tracker. Não é o caso. Os dois modelos terão porte um pouco maior, até porque a picape será uma concorrente direta da Toro, enquanto o SUV atuará no segmento low C, entre Tracker e Equinox.

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Outros estão apontando para a Chevrolet Orlando, uma minivan de sete lugares produzida na China e que seria o modelo-base usado para construir esses dois novos produtos. Ela, inclusive, traz desde 2018 o mesmo padrão visual adotado recentemente por Onix, Onix Plus e Tracker.

Será isso mesmo? A resposta é sim e não ao mesmo tempo. Parece confuso, mas tentaremos explicar. Sim, o futuro SUV e a futura picape que a GM fará em São Caetano do Sul estão diretamente ligados à Orlando, mas não a esse carro que estamos vendo nas imagens.

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O que acontece é que, diferentemente do que já se está espalhando por aí, a atual Chevrolet Orlando não é construída sobre a matriz GEM. Quando ela foi lançada, três anos atrás, ainda não existia nenhum produto no mercado utilizando essa arquitetura. 

Sua plataforma, na verdade, é a D2XX, a mesma do Chevrolet Cruze produzido hoje em dia na Argentina. Portanto, estamos falando, no caso do crossover, de um modelo que possivelmente será criado para suceder de maneira unificada a minivan brasileira e também a chinesa. 

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Afinal, não é à toa que a sigla GEM significa “Mercados Emergentes Globais”, na tradução livre do inglês. É uma matriz que será usada para unificar projetos em qualquer mercado que não seja a América do Norte. Esse modelo pode se chamar Spin, Orlando ou... nenhuma das duas coisas, recebendo uma nomenclatura inédita.

A questão é que a Chevrolet Orlando é consideravelmente maior que a Spin: são 4.684 mm de comprimento, 1.807 mm de largura, 1.628 mm de altura e 2.796 mm de distância entre eixos para a minivan asiática, contra 4.416 mm, 1.735 mm, 1.609 mm e 2.620 mm, respectivamente, para a prima sul-americana.

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Tanto para ter um SUV de sete lugares atuando no segmento C quanto uma picape com porte similar ao da Toro, será preciso aproximar mais as dimensões da minivan chinesa. Especialmente se ambos forem “gêmeos” de fato, compartilhando toda a estrutura da cabine da ponta do balanço dianteiro até a coluna B.

A silhueta próxima à de uma minivan deve ser mantida, porém com teto um pouco mais alto e vincos robustecidos para conferir aspecto de SUV ao crossover, e também para aumentar a sensação de porte no caso da picape.

Visualmente, os modelos terão identidade atualizada em relação à Orlando e também aos nossos Onix e Tracker, com traços inspirados nos atuais Blazer americano e Trailblazer (SUV médio chinês, não o grandalhão homônimo brasileiro).

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