Adeus carro elétrico? Como funciona combustível artificial da Porsche
A Porsche entende que pode contribuir com a neutralização de poluentes não apenas investindo na eletrificação de seus novos automóveis, mas também criando uma forma de reduzir emissões de carros já em linha. Por isso, começou a produção piloto de combustíveis sintéticos no Chile.
A fabricante alemã de carros de luxo afirma que seu combustível sintético é quase neutro em CO² e que pode ser usado em carros em motores a combustão que não passaram por nenhuma modificação.
Por enquanto, o combustível será testado nos Centros de Experiência da Porsche e em seus carros de corrida Mobil 1 SuperCup. A meta inicial é produzir 130.000 litros por ano, mas a Porsche quer aumentar a produção anual para 12 milhões de galões, o que equivale a 55 milhões de litros, até 2025.
Dois anos depois, a ambição é dobrar o volume para 110 milhões de litros. Michael Steiner, executivo de pesquisa e desenvolvimento da Porsche, explica que os combustíveis sintéticos podem ser um caminho para redução de emissões de carbono para os milhões de carros a combustão nas ruas:
“O potencial dos combustíveis sintéticos é enorme. Atualmente, existem mais de 1,3 bilhão de veículos com motores de combustão em todo o mundo. Os eFuels oferecem aos proprietários de carros existentes uma alternativa quase neutra em carbono”, afirmou Steiner.
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Como funciona o combustível sintético da Porsche?
Para produzir os combustíveis sintéticos em escala industrial, a Porsche fechou uma parceria com três empresas de energia: Siemens Energy, AME e Enel, e com a petrolífera chilena Enap.
Frank Walliser, chefe de produtos de carros esportivos da Porsche, explica que um combustível sintético tem de oito a dez componentes, enquanto um combustível comum tem entre 30 e 40: “Como é um combustível artificial, você não tem subprodutos, por isso é muito mais limpo - tudo positivo para o motor”, afirmou.
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Na primeira etapa, o combustível sintético será produzido a partir de dióxido de carbono e da água, com o auxílio da energia eólica. A expectativa é uma redução de 85% no impacto de CO².
Segundo Walliser, além da baixa emissão de carbono, a segunda boa notícia é que não será necessário realizar nenhuma modificação no motor para poder usar o combustível. A terceira é que o eFuel não trará nenhum um tipo de impacto ao desempenho do carro, ao contrário de outros combustíveis, como aqueles dotados de etanol na composição.
O combustível sintético já está sendo testado para especificações regulares da bomba de combustível. Oliver Blume, CEO da Porsche explica, que isso não quer dizer que a Porsche deixará de investir pesado na eletrificação de seus carros. Mas que poderá prolongar a vida, de modelos como o icônico 911.
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A faculdade me fez jornalista, a vida me fez aficionada por carros esportivos e adrenalina. Unindo paixão e profissão, realizo a missão de conectar pessoas com o universo automotivo, mas confesso que já tentei pilotar um kart e não deu muito certo.