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CHEVROLET SPIN 2025 é o MELHOR CARRO DA MARCA?

NOVO COROLLA CROSS tem cara de ELÉTRICO e ACABA com POLÊMICAS

A rede de alimentos fechou parceria com a Volvo e planeja montar 35 pontos de carregamento pelo país

A <a href="https://www.mobiauto.com.br/volvo" target="_blank">Volvo </a>Brasil e a McDonald´s anunciaram colaboração para
ampliar acesso a pontos de carregamento por meio das unidades da rede de
restaurantes. A união visa promover mais conforto e conveniência para os donos
de veículos elétricos.Você pode se interessar por:&nbsp; <ul><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/volvo-ex30-o-suv-eletrico-de-luxo-com-porte-de-t-cross-e-preco-de-compass/3432" target="_blank">Volvo EX30: o SUV elétrico de luxo com porte de T-Cross e preço de Compass</a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/volvo-ex30-recebe-quase-500-tiros-em-teste-de-blindagem/3800" target="_blank"> Volvo EX30 recebe quase 500 tiros em teste de blindagem </a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/avaliacao-volvo-xc40-plus-e-eletrico-de-luxo-mais-barato-que-um-compass/2310" target="_blank">Avaliação: Volvo XC40 Plus é elétrico de luxo mais barato que um Compass </a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/exclusivo-volvo-xc40-eletrico-mais-vendido-no-brasil-sera-renovado-em-setembro/1980" target="_blank">Exclusivo: Volvo XC40, elétrico mais vendido no Brasil, será renovado em setembro </a></li></ul>

A ação da Arcos Dourados, operadora da marca de fast-food no
Brasil e América Latina, em conjunto com a Volvo, deve resultar em 35
lanchonetes com carregadores elétricos espalhados pelo Brasil, número que pode
chegar a 100 até o final de 2025.

Os carregadores possuem potências entre 7,4 kW e 22 kW,
dependendo da instalação elétrica do McDonald’s em questão. Quanto às primeiras
unidades que os receberão, ficam localizadas no estado de São Paulo, dois na
capital paulista e outros dois na cidade de Mairiporã.

<h2>O projeto de eletrificação da Volvo</h2><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/volvo+e+mcdonalds+release/Design+sem+nome+(6).png" alt="" width="300px">

Além de ter transformado toda sua gama em eletrificados, a
Volvo começou em 2021 a investir em pontos de recarga. Ao todo, a marca
pretende chegar a 101 pontos de recarga com investimento total de R$ 70
milhões. 

Guilherme Galhardo, diretor de digital e de eletrificação da
Volvo Car Brasil, ressaltou a importância da união para a mobilidade de
condutores de veículos elétricos: “Essa é uma parceria em prol da
eletrificação. Além da infraestrutura em rodovias, que tem sido o grande foco
da Volvo nos últimos tempos, sabemos que as cargas cotidianas são muito
importantes para os usuários de carros elétricos”.

<h2>Tempo de recarga </h2><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/volvo+e+mcdonalds+release/Design+sem+nome+(1).png" alt="" width="300px">

A ideia dos carregadores é que você aproveite a ida ao
McDonald’s para recarregar o carro. No entanto, dificilmente você conseguirá
atingir os 100% da bateria. Tomando como exemplo o Volvo C40 Recharge, o mesmo
das fotos, são necessárias cerca de quatro horas para encher a bateria.

Afinal, sua bateria tem 78 kWh de capacidade, o que garante
autonomia de 385 km, segundo o Inmetro. O tempo de recarga é considerando o
carregador mais potente, com 22 kW, enquanto o carregador de 7,4 kW levaria
cerca de 10 horas.

No entanto, a ideia da parceria é que, enquanto você
desfruta de um Big Mac, seu carro ganhe alguma autonomia e o tempo que seria
perdido ali seja aproveitado de alguma forma.<iframe width="400" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/GkN3sajQyK8?controls=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>

Volvo quer que você carregue o carro enquanto come um Big Mac

Disparos feitos por atiradores profissionais de ângulos e calibres diferentes para comprovar a qualidade da blindagem de fábrica

A compra de um veículo de marca premium passa também pela preocupação
com a segurança, principalmente com a questão da blindagem. Pensando nisso, a
Volvo, em parceria com a Carbon e a EDAG, realizou um teste balístico para
provar a eficiência da blindagem em um Volvo EX30, que foi lançado este ano,
mas chega ao Brasil em 2024.



Especializada em blindagem, a Carbon é homologada pela Volvo
como empresa capaz de realizar a proteção dos veículos da marca sem que o
veículo perca a garantia de fábrica. Ou seja, caso tenha acabado de comprar um
veículo blindá-lo, a instalação pode comprometer a garantia do carro, caso não
escolha uma blindadora certificada pela fabricante. 


<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EX30/Teste+da+blindagem/EX30-teste-bal%C3%ADstico-blindagem-atirador-dianteira.jpg" alt="" width="300px">
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<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EX30/Teste+da+blindagem/EX30-teste-bal%C3%ADstico-blindagem-atirador.jpg" alt="" width="300px">
Para realizar o teste, a Carbon escolheu um local na
Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) em Ribeirão Pires (SP), com supervisão
da EDAG, empresa especializada em engenharia automotiva e terceirizada pela
Volvo. Durante a avaliação, os profissionais realizaram cerca de 500 tiros em
um EX30 pré-série. Os disparos foram efetuados em pontos de intersecção do SUV,
considerados mais vulneráveis, assim como na lataria e vidros.
&nbsp;<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EX30/Teste+da+blindagem/EX30-teste-bal%C3%ADstico-blindagem-atirador-dist%C3%A2ncia.jpg" alt="" width="300px">


A etapa final do processo, somente com disparos em locais
específicos, foi acompanhada pela Mobiauto. A munição utilizada foi de
projéteis 9 mm e calibre 44. Os ângulos dos disparos foram de 45° e 90°, a uma
distância de cinco metros. Ao final da prova, foi possível perceber que nenhum
projétil atingiu a parte interna da cabine.<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EX30/Teste+da+blindagem/EX30-teste-bal%C3%ADstico-blindagem-frente.jpg" alt="" width="300px">

O nível de blindagem utilizado no EX30 foi o III-A, o máximo
permitido por lei. Acima disso, a blindagem é de uso exclusivo das Forças
Armadas. Por se tratar de um carro elétrico, há preocupação com as baterias.<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EX30/Teste+da+blindagem/EX30-teste-bal%C3%ADstico-blindagem-atirador-traseira.jpg" alt="" width="300px">

Entretanto, a Carbon revelou que as baterias foram retiradas
para realização do teste. Nesse sentido, a empresa também esclareceu que a
blindagem não foi testada com armas de assalto, como fuzis.<iframe width="400" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/GkN3sajQyK8?controls=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>
&nbsp;

Volvo EX30 recebe quase 500 tiros em teste de blindagem

Com demanda forte nos mercados americano e chinês, minivan premium chegará primeiro à China para competir no segmento mais luxuoso da categoria

Em mais um movimento para o segmento dos elétricos, a <a href="https://mobiauto.com.br/volvo">Volvo</a> apresentou a EM90. Trata-se de
uma minivan elétrica de luxo com seis lugares. Ela marca a entrada da montadora
sueca no segmento e será vendida, inicialmente, na China, com potencial de
chegar ao mercado americano e, quem sabe, até o brasileiro em um futuro
próximo.
Falando em espaço interior, a cabine é justamente o ponto
alto da Volvo EM90, que pode facilmente ser confundida com um escritório sobre
rodas ou uma confortável sala de estar. Um item presente nela que será
acessível aos brasileiros é o carregamento bidirecional.<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EM90/Volvo-EM90-frente.jpg" alt="" width="300px">
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EX30: o SUV elétrico de luxo com porte de T-Cross e preço de Compass</a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/por-que-o-bmw-i7-e-o-carro-mais-absurdo-que-temos-no-brasil-hoje/3394" target="_blank">Por que o BMW i7 é o carro mais absurdo que temos no Brasil hoje</a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/os-carros-eletricos-com-maior-autonomia-no-brasil/3620" target="_blank">Os carros elétricos com maior autonomia no Brasil</a></li></ul>

O sistema vai equipar o EX90, SUV topo de linha da Volvo que
vai chegar ao País em 2024. O recurso é capaz de atuar como banco de energia,
ou seja, pode carregar outros carros e eletrodomésticos. <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/a-absurda-ford-f-150-eletrica-que-gera-energia-residencial-por-ate-3-dias/3622">Algo
que a Ford-150 já faz inclusive para energia residencial.</a>
<h2>Interior de outro mundo</h2><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EM90/Volvo-EM90-painel-volante.jpg" alt="" width="300px">
A Volvo EM90 foi pensada para atender desde necessidades de
conforto familiar até o uso profissional. Como exemplo desse compromisso, a
marca sueca focou na divulgação do isolamento acústico e no bloqueio dos sons
externos durante o lançamento da minivan para o mercado chinês.
A disposição das fileiras no etilo 2-2-2 ainda proporciona
um conforto maior para os ocupantes da segunda fileira, com assentos no estilo
poltrona e a possibilidade de usar mesas dobráveis como acessório de trabalho. 
O passageiro ainda poderá realizar uma reunião virtual com o
uso da tela digital de 15,6 polegadas posicionada no alto da cabine, logo atrás
da primeira fileira. O monitor, similar ao do <a href="https://mobiauto.com.br/bmw/i7" target="_blank">BMW i7</a>, também permite regular a
climatização interna e acompanhar o trajeto pelo mapa de navegação.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EM90/Volvo-EM90-tela-interior-segunda+fileira.jpg" alt="" width="300px">
Caso a tela seja considerada uma configuração distante,
ambos os passageiros da segunda fileira poderão mexer na temperatura através de
controles alocados nos painéis das portas, os quais também permitem o ajuste da
abertura e fechamento das janelas e persianas.<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EM90/Volvo-EM90-interior-vis%C3%A3o-terceira-fileira.jpg" alt="" width="300px">
Para completar o conforto, a Volvo EM90 possui apoios para
os pés retráteis, ventilação, aquecimento e massagem dos bancos. O teto solar panorâmico
dividido em duas seções completa o pacote.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EM90/Volvo-EM90-interior-cabine-bancos-segunda-fileira.jpg" alt="" width="300px">
<h2>Inspiração chinesa
</h2>Com a proposta de ser uma fabricante somente de veículos
elétricos até 2030, a Volvo tem empregado um design cada vez mais minimalista a
seus modelos. Com a EM90 não foi diferente. A inspiração da minivan foi a
chinesa Zeekr 009, outra minivan da Geely, fabricante que é acionista
majoritária da Volvo e é vendida na China.&nbsp;<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EM90/Volvo-EM90-traseira.jpg" alt="" width="300px">
Em termos de dimensões, a EM90 possui os mesmos 5,21 metros
de comprimento, 2,02 m de largura, 1,86 m de altura e 3,21 m de distância
entre-eixos da irmã chinesa. Assim, o objetivo da marca sueca será roubar
clientes de rivais como <a href="https://mobiauto.com.br/kia/carnival">Kia
Carnival</a> e Chrysler Pacifica.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EM90/Volvo-EM90-farol-thor.jpg" alt="" width="300px">
Já na propulsão, a EM90 vem equipado com um motor elétrico sobre
o eixo traseiro, que rende 272 cv de potência e 34,9 kgfm de torque, o que
garante um 0 a 100 km/h em 8,3 segundos. O conjunto de baterias tem uma
capacidade de 116 kWh, perfazendo quase 720 km de autonomia declarada no ciclo
chinês NEDC. Nada mau para uma minivan. 
As rodas de 19 ou 20 polegadas também foram produzidas pela
Volvo para contribuir no quesito conforto e potencializar a autonomia de
condução. Entretanto, as mudanças no interior, como a atualização do sistema de
tela dupla e o recurso de entretenimento apontam um posicionamento voltado mais
para um veículo familiar.<iframe width="400" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/GkN3sajQyK8?controls=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>

Volvo EM90: minivan elétrica de luxo é um home office sobre rodas

Com carros eletrificados e baixos custos os fabricantes chineses podem abocanhar um terço das vendas globais até 2030 

Em apenas duas décadas deste século a China criou não só o
maior mercado mundial de veículos, com mais de 20 milhões de unidades vendidas por
ano, mas está iniciando um novo ciclo histórico com mudança de mãos na liderança
desta indústria. 
Com ampla vantagem na produção de carros elétricos a perspectiva
é que, em mais uma década, os fabricantes chineses vão tomar espaço
significativo das tradicionais marcas globais para dominar um terço das vendas no
mundo.Você também pode se interessar por:<ul><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/carro-eletrico-que-nada-combustiveis-fosseis-ainda-recebem-incentivos-trilionarios/3402" target="_blank">Carro elétrico que nada: combustíveis fósseis ainda recebem incentivos&nbsp;trilionários</a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/por-que-fabricas-de-jeep-e-byd-estao-causando-discordia-entre-montadoras/3340" target="_blank">Por que fábricas de Jeep e BYD estão causando discórdia entre&nbsp;montadoras</a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/o-fator-que-pode-fazer-preco-dos-carros-voltar-a-cair/3282" target="_blank">O fator que pode fazer preço dos carros voltar a cair</a></li><li><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/maior-inimigo-do-carro-hibrido-flex-no-brasil-e-o-complexo-de-vira-lata/3244" target="_blank">Maior inimigo do carro híbrido flex no Brasil é o complexo de vira-lata</a></li></ul>
Segundo um recente relatório do banco suíço UBS, publicado
no fim de agosto e divulgado pela Bloomberg em 5 de setembro, o plano da China
para catapultar sua indústria automotiva não encontra precedentes históricos e está
funcionando melhor do que um relógio fabricado no país sede da instituição – ou
um similar chinês. 
A instituição prevê abalos sísmicos no setor com a formação
da onda – mais para tsunami – de carros elétricos chineses que, até 2030, devem
fazer os fabricantes tradicionais globais perderem um quinto de sua
participação nas vendas mundiais de veículos. O UBS projeta que o market share
global dos chineses vai saltar dos já altos 20% para 33% até 2030, enquanto
neste mesmo período o domínio das marcas ocidentais cairá de 81% para 58%.
<h2>Invasão bárbara</h2><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/BYD/Dolphin/BYD-Dolphin-dianteira.jpg" alt="" width="300px">
No momento a principal força dos fabricantes chineses está
dentro de casa, no seu imenso mercado doméstico, sem vendas relevantes em
mercados importantes como Estados Unidos (o segundo maior do mundo), Japão,
Coreia ou Índia. 
Já na Europa as importações de modelos elétricos chineses estão
crescendo, competindo com fabricantes tradicionais locais, como <a href="https://www.mobiauto.com.br/volkswagen" target="_blank">Volkswagen</a>,
<a href="https://www.mobiauto.com.br/mercedes-benz" target="_blank">Mercedes-Benz</a> e <a href="https://www.mobiauto.com.br/bmw" target="_blank">BMW</a>, reeditando uma espécie de invasão bárbara que pode pôr fim
ao império que estas construíram nos últimos cem anos. 
Tal ameaça é levada a sério e já motivou a União Europeia a
estudar adotar sobretaxações sobre esses veículos, alegando que a China mantém preços
artificialmente muito baixos com a aplicação de subsídios estatais.
É pouco provável que estes países permitam maior penetração
de carros chineses em seus domínios, mas esta é uma questão delicada, dado que
antes de invadir esses mercados com suas marcas próprias, como <a href="https://www.mobiauto.com.br/byd" target="_blank">BYD</a>, <a href="https://www.mobiauto.com.br/caoa-chery" target="_blank">Chery</a> e
<a href="https://www.mobiauto.com.br/gwm" target="_blank">Great Wall,</a> a China atraiu para seu território, por meio de sociedades em meio
a meio com estatais chinesas, quase todos os fabricantes ocidentais, que até
recentemente lideravam as vendas e ganhavam muito dinheiro no formidável
mercado chinês. 
A estratégia da China, primeiro, no fim dos anos 1990,
atraiu os fabricantes ocidentais e japoneses para aprender com eles,
rapidamente, como fazer veículos de última geração, enquanto em paralelo estimulou
a criação de uma cadeia produtiva própria voltada à produção de carros elétricos
e híbridos, dando às montadoras chinesas, tanto estatais como independentes, sensível
vantagem tecnológica combinada com baixos custos que hoje começa a ganhar o
mundo.
<h2>Caminho aberto na
América Latina</h2><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volvo/EX30/Ultra/Volvo+EX30+E60+Ultra+Single+Extended+Range+2024+Frente.jpg" alt="" width="300px">
Fato é que mercados que não impõem nenhum tipo de barreira
aos chineses estão sendo facilmente dominados. No início deste mês a Anfavea,
que reúne os fabricantes instalados no Brasil – os mesmos que estão perdendo
terreno para marcas chinesas no mundo todo –, apresentou um estudo mostrando
que em sete países da América Latina (Argentina, México, Chile, Colômbia, Peru,
Paraguai e Uruguai) os carros importados da China superaram os produzidos no
Brasil e responderam por 21,2% das vendas nestes mercados em 2022, uma expansão
notável contra os 4,6% de dez anos atrás. 
Mesmo no mercado brasileiro a penetração é crescente desde
que caiu, em 2015, a proteção do imposto de importação de 35%, reduzido a zero
para carros elétricos e a 2% ou 4% para híbridos. 
Após a isenção do imposto todos os importadores focaram em
trazer ao País modelos eletrificados, mas este ano os chineses já ensaiam tomar
a dianteira neste segmento: em agosto marcas de veículos importados como BYD e
Great Wall foram mais vendidas por aqui do que Volvo, Mercedes-Benz e Land
Rover.
<h2>Cadeia de produção
dominada</h2><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Tesla/Model+3/Tesla-Model-3-Traseira.jpg" alt="" width="300px">
Dizer que os veículos chineses vendem mais porque são mais
baratos e recebem subsídios do governo chinês é uma meia verdade. Mais correto
é reconhecer que a China enxergou o futuro à frente dos países ocidentais e se
preparou com eficiência, planejou sua indústria para dominar completamente a disrupção
trazida à indústria pelos carros elétricos, criando uma cadeia de produção com
custos imbatíveis – incluindo os maiores fabricantes mundiais de baterias,
liderados pela CATL, que hoje atendem a cerca de 80% da demanda mundial.
O mesmo estudo do UBS endossa que carros chineses são mais
acessíveis porque são mais baratos de se produzir. Os analistas do banco calculam
que um modelo elétrico da BYD tem custo médio de produção cerca de 25% menor do
que qualquer similar europeu ou norte-americano. 
O cupê-sedã Seal, recentemente lançado também no Brasil, é
15% mais barato para ser produzido do que um <a href="https://www.mobiauto.com.br/tesla" target="_blank">Tesla</a> Model 3 fabricando na
própria China.
E por quê? O domínio da cadeia de produção com custos baixos
faz toda diferença a favor dos chineses. Voltando ao exemplo do Seal, a BYD
produz dentro de casa 75% de seus componentes – o porcentual equivale ao dobro
dos concorrentes –, incluindo baterias desenvolvidas com tecnologia própria, e
só 10% do conteúdo do carro é importado de fora da China. 
A evolução da BYD é um dos mais vistosos exemplos do
desempenho meteórico de toda a indústria automotiva chinesa. Fundada em 1995 –
há menos de trinta anos, portanto – a empresa já tem 600 mil funcionários,
incluindo 90 mil engenheiros. Trabalham na companhia cinco vezes mais pessoas
do que na festejada Tesla – que aliás perdeu para a BYD o posto de maior
fabricante de carros elétricos do mundo.
<h2>Perda de terreno na
própria China</h2><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Volkswagen/Taos/Avaliação+-+Renan+Rodrigues/Volkswagen_Taos_Highline_traseira_3x4.jpg" alt="" width="300px">
Com o domínio da cadeia de produção, legislação que obriga a
eletrificação e mercado cativo de milhões de unidades por ano – dois a cada
cinco carros vendidos na China são elétricos e esta proporção está aumentando –
está cada vez mais difícil conter a escalada dos chineses para fora de seu
próprio país, enquanto os fabricantes ocidentais correm atrás da demanda para
converter a produção de suas fábricas chinesas para produzir modelos a bateria.
Para se ter ideia, há dez anos, as joint ventures –
associação de empresas chinesas, como FAW e SAIC, com fabricantes ocidentais
como Volkswagen e General Motors – dominavam cerca de 80% das vendas de
veículos na China, enquanto uma dúzia de marcas 100% chinesas como Chery,
Changan ou BYD mal dividiam 20% do mercado. Pois hoje essa proporção virou, por
causa especialmente dos modelos a bateria.
Os modelos Voklkswagen produzidos na China lideram as vendas
no país nas últimas duas décadas, com participação que variou do pico de 17% a
10% nos últimos meses, mas no início deste ano foram ultrapassados exatamente
pela... BYD, que no segundo trimestre vendeu 600 mil híbridos e elétricos e
abocanhou 11,2% das vendas.
Com este desempenho a BYD também fica muito à frente
considerando somente o mercado de carros elétricos da China. Em segundo lugar a
Tesla vendeu, no país, 157 mil unidades no segundo trimestre, ou quase quatro
vezes menos do que a montadora chinesa.

O declínio dos fabricantes ocidentais e de seus carros a
combustão – e lançamentos de elétricos em ritmo mais lento do que os chineses –
acontece ao mesmo tempo em que a China produz automóveis eletrificados com
nível de sofisticação cada vez maior e custos acessíveis, com total domínio da
cadeia de fornecimento. A guerra pela liderança
mundial está recomeçando com novos atores que, há trinta anos, nem sabiam muito
bem como fazer um carro.Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.

*
Pedro
Kutney é jornalista especializado em economia, finanças e indústria automotiva.
É autor da coluna Observatório Automotivo, especializada na cobertura do setor
automotivo. Ao longo de mais de 35 anos de profissão, foi editor do portal
Automotive Business, editor da revista Automotive News Brasil e da Agência
AutoData. Foi editor assistente de finanças no jornal Valor Econômico, repórter
e redator das revistas Automóvel &amp; Requinte, Quatro Rodas e Náutica.<iframe width="400" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/r2GmrkYIP2g?controls=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>

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