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CHEVROLET SPIN 2025 é o MELHOR CARRO DA MARCA?

NOVO COROLLA CROSS tem cara de ELÉTRICO e ACABA com POLÊMICAS

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Empresa alemã desenvolveu uma película solar praticamente da cor do carro para potencializar o alcance de veículos elétricos em até 10 km num dia de sol

As dúvidas sobre a viabilidade de carros movidos a eletricidade
já fazem parte do passado. Seja no Brasil ou no exterior, os veículos elétricos
já são uma realidade há um bom tempo. Um grande ponto ainda em discussão é a
autonomia desses veículos, mas já há empresas criando soluções a fim de
expandir o alcance dos carros entre uma recarga e outra.
O instituto alemão Fraunhofer, por exemplo, criou uma
película fotovoltaica praticamente invisível, feita da cor do próprio carro,
como agente de captação de energia solar para o ganho de autonomia para o
tráfego de veículos elétricos em até 10%.
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A película ficaria localizada no capô do veículo e seguiria
sempre a paleta de cor correspondente à do carro. A tecnologia foi apresentada
neste ano durante o Salão do Automóvel de Frankfurt, na Alemanha.
“Aplicamos as células solares no painel do capô de um modelo
de carro frequentemente vendido na Alemanha, interconectamos e laminamos com
filme”, explica o Martin Heinrich, coordenador de mobilidade fotovoltaica do
Fraunhofer ISE.
“Para conseguir isso, o processo de laminação foi otimizado
cuidadosamente para minimizar bolsas de ar, evitar o enrugamento do módulo do
filme, que pode ocorrer devido à área de superfície curva, e para manter a
integridade geral da estrutura da cobertura”, completa.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Carros+el%C3%A9tricos/Pel%C3%ADcular+solar/pel%C3%ADcular-solar-placa-vw-energia-solar-+Fraunhofer.png" alt="" width="300px">Os protótipos são equipados com células solares de silício
monocristalino, utilizando uma tecnologia batizada de MorphoColor. Segundo Heinrich,
o material também entrega um bom resultado estético, sem comprometer o visual
do automóvel. Para isso, a película fica escondida por um revestimento
colorido. 
Além da colorização, a película solar prometer ter uma
potência de 210 W/m² (Watts por metro quadrado), o que pode aumentar a
autonomia de um carro elétrico em até 10 km em um dia ensolarado. O instituto
alemão afirma que a economia no uso de energia pode chegar a 10% da
quilometragem total em um ano.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Carros+el%C3%A9tricos/Pel%C3%ADcular+solar/Fraunhofer-placar-solar-energia-solar.jpg" alt="" width="300px">
Outro ponto positivo indicado pelo instituto é a questão da
temperatura do carro. A radiação solar é convertida em eletricidade após
incidir sobre a película solar. Com isso, a tecnologia ajuda a diminuir o
superaquecimento do veículo. Essa energia gerada pela luz solar ainda pode
promover a economia durante o uso de outros itens como o ar-condicionado.
Os testes do Fraunhofer também foram estendidos para
caminhões. Uma parceria entre o instituto e empresas de transporte utilizou
seis caminhões equipados com a película solar. Os veículos de grande porte
rodaram pela região leste dos Estados Unidos e na Europa. Os resultados
divulgados indicaram um ganho de 5.000 km a 7.000 km por ano. Isso, claro,
sempre em locais com muita incidência de sol.
<img src="https://s3.console.aws.amazon.com/s3/object/revista.mobiauto?region=sa-east-1&amp;prefix=Carros+el%C3%A9tricos/Pel%C3%ADcular+solar/Fraunhofer-painel-solar-energia-caminh%C3%A3o.jpg" alt="" width="300px"><img src="https://s3.console.aws.amazon.com/s3/object/revista.mobiauto?region=sa-east-1&amp;prefix=Carros+el%C3%A9tricos/Pel%C3%ADcular+solar/Fraunhofer-painel-solar-energia-caminh%C3%A3o.jpg" alt="" width="300px"><img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Carros+el%C3%A9tricos/Pel%C3%ADcular+solar/Fraunhofer-painel-solar-energia-caminh%C3%A3o.jpg" alt="" width="300px">
Tecnologia em larga escala já deu errado
O caso mais recente de uma empresa que investiu em energia
solar para carros e se deu mal foi a Lighyear. A startup holandesa chegou ao
mercado com força ao anunciar o <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/este-carro-usa-energia-solar-para-ir-mais-longe-que-um-modelo-a-diesel/1013" target="_blank">Lightyear
0</a>, elétrico equipado com painéis solares no teto e com a promessa de rodar
até sete meses sem descarregar toda a bateria. 
Vale ressaltar que esses resultados são para um deslocamento
diário de 35 km por dia, em local ensolarado, e com o carro continuamente
exposto ao sol. Nos testes realizados pela empresa holandesa, o Lighyear 0
chegou a garantir 625 km de autonomia. Isso equipado com uma bateria de 60 kWh,
menor do que concorrentes como a Tesla.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Carros+el%C3%A9tricos/Pel%C3%ADcular+solar/leightyear+0-energia-solar.jpg" alt="" width="300px">
Entretanto, a falta de luz no fim do túnel, ou melhor, a
luminosidade esperada, não se realizou como o esperado. Menos de um ano após os
anúncios de produção, a startup holandesa anunciou falência em janeiro de 2023
da subsidiária Atlas Technologies. Na prática, o braço da empresa era
responsável por fabricar seu primeiro e, até então, único modelo o Lighyear 0.
“A Lightyear lamenta ter que fazer este anúncio a todos os
empregados, clientes, investidores e fornecedores”, disse a empresa em nota na
época.
Nesse cenário, o uso de energia solar para alimentar os
carros elétricos ainda parece incerto. Por outro lado, assim como um dia os
veículos elétricos foram considerados uma utopia, o imparável avanço da
tecnologia pode ajudar a transformar os raios solares em mais um condutor
sustentável para o setor automotivo.
<a href="https://youtu.be/pR1Y8bAImAk?si=STMCgZb_DZD8uy9E"><iframe width="400" height="345" src="https://www.youtube.com/embed/pR1Y8bAImAk?controls=0" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe></a>

Película (quase) invisível promete aumentar autonomia de carros elétricos

Placas solares garantem até 1.250 km de autonomia extra durante um ano de uso

&nbsp;A Toyota apresentou a nova geração do Prius, a quinta em 25 anos de mercado. A grande novidade, além do visual, está em uma tecnologia que já foi testada pela Fiat aqui no Brasil.&nbsp;
Na atual geração, o Prius terá três versões, sendo duas híbridas convencionais. A primeira com o motor 1.8, que ainda não teve os dados revelados, mas anteriormente contava com 122 cv. Essa configuração deu origem ao Corolla híbrido. A segunda opção será um 2.0 com 193 cv de potência.
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<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Toyota/Prius/2023/Toyota_Prius_2023_Traseira.jpg" width="1280" height="853"/>
A terceira variante é a híbrida plug-in do Toyota Prius, que entregará um desempenho interessante. São 223 cv, garantindo um 0 a 100 km/h em apenas 6,7 segundos. Apesar disso, não é este o fato mais curioso do novo Prius.
Opcionalmente, o Prius contará com um teto solar que poderá aumentar a autonomia do carro em até 1250 km por ano. O sistema funciona com o carro parado principalmente, em movimento ele é utilizado para alimentar a bateria de 12 volts.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/voce-decide-byd-lanca-suv-hibrido-e-eletrico-juntos-pelo-mesmo-preco/2326" target="_blank">Você decide: BYD lança SUV híbrido e elétrico juntos pelo mesmo preço</a>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Toyota/Prius/2023/Toyota_Prius_2023_Interior.jpg" width="1280" height="853"/>
Curiosamente, essa tecnologia já foi testada aqui no Brasil pela Fiat. <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/estes-fiat-usam-luz-solar-para-poupar-combustivel-e-nao-sao-hibridos/1993" target="_blank">Trata-se do Projeto Girassol, criado pelo Centro de Inovação da FCA </a>(antes mesmo da criação da Stellantis), em parceria com o CSEM Brasil.&nbsp;
O projeto contou com modelos como Uno e Argo, que rodaram o Brasil com painéis fotovoltaicos como fonte de energia para itens como ar-condicionado e sistema start-stop.
Os últimos relatórios divulgados pela marca foram em 2018 e apontam para a principal utilidade da tecnologia: redução no consumo de combustível. Segundo a Fiat, houve uma economia de 3,5%. O teste também foi feito na Europa, onde a redução foi de 2%.&nbsp;
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Projeto+Girassol+-+Fiat/Fiat_Argo_Girassol.jpg" width="1280" height="853"/>
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A diferença na economia de combustível está na incidência de raios solares aqui na terra tupiniquim. Segundo Toshizaemom Noce, líder do projeto Girassol, o Brasil tem 70% a mais de insolação do que a Europa. Além disso, o velho continente possui 50% de sombreamento, enquanto o Brasil possui apenas 25%.
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Toyota/Prius/Toyota_Prius_Teste_Tetoenergiasolar.jpg" width="1280" height="853"/>
O Toyota Prius com energia solar já passou por testes no Japão desde 2019, &nbsp;no caso, eram painéis solares feitos pela empresa Sharp, na época o poder de regeneração da bateria era de apenas 56 km.
Os testes serviram para medir o quão úteis poderiam ser as placas solares em carros eletrificados. Agora, apenas três anos depois, parece que a tecnologia é promissora, resta saber se vai virar tendência ou algo exclusivo do Toyota Prius.&nbsp;
Imagens: Divulgação/Toyota
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Novo Toyota Prius copiará ideia da Fiat para aproveitar energia do sol

Projeto Girassol contava com 30 protótipos dotados de painéis fotovoltaicos no teto, que captavam energia para alimentar a bateria 12 V

&nbsp;Já pensou em combinar um carro com energia solar? E não estou falando de painéis em casa para recarregar o carro, mas sim instalados no teto do veículo para captação de energia enquanto você estiver dirigindo. O que talvez você não saiba é que isso já existe, inclusive em pesquisa no Brasil.&nbsp;
O Projeto Girassol não é exatamente novo, ele está em desenvolvimento desde 2015, mas segue em fase de pesquisas, segundo a Fiat. Ele foi criado em parceria com a CSEM Brasil, que fabrica as células.&nbsp;
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Aliás, as células fotovoltaicas merecem uma explicação a parte. No caso da tecnologia presente no Argo da foto que abre a matéria, estamos falando de um composto orgânico impresso na superfície do teto do veículo.&nbsp;
Essas películas podem ser aplicadas diretamente na lateria ou até mesmo nos vidros, com a vantagem de fazer a função de película solar, reduzindo a temperatura interna dos veículos e ajudando a otimizar o ar-condicionado.&nbsp;
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Projeto+Girassol+-+Fiat/Fiat_Argo_Girassol.jpg" width="1280" height="853"/>
O protótipo do Argo em questão não possui motor híbrido nem elétrico. Sob o capô está o 1.8 E.torQ, uma das opções que o hatch tinha à época, mas sem qualquer alteração em relação ao seu funcionamento. A energia solar é usada diretamente para alimentar a bateria de 12 Volts do veículo.&nbsp;
<h2>Resultados encorajadores&nbsp;</h2>
Os últimos relatórios divulgados pela marca foram em 2018 e apontam para a principal utilidade da tecnologia: redução no consumo de combustível. Segundo a Fiat, houve economia de 3,5%. O teste também foi feito na Europa, onde a redução foi de 2%.&nbsp;
Isso se explica pelo grande nível solar existente no Brasil. O potencial solar da terra tupiniquim é 70% maior do que o velho continente. Por aqui, há um potencial para gerar 205 Watts por metro quadrado contra 120 W/m² da Europa. No sol do meio-dia, no verão, o potencial brasileiro sobe para 1.100 W/m².&nbsp;
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Projeto+Girassol+-+Fiat/Fiat_Uno_Girassol.jpg" width="1280" height="853"/>
Até onde se sabe, os testes foram realizados em 30 veículos, incluindo o Fiat Uno, mas não há previsão para que viabilizem produtos comerciais. A energia captada vinha sendo utilizada nas luzes do painel, faróis, vidros elétricos e ar-condicionado.&nbsp;
<h2>Corrida solar</h2>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Projeto+Girassol+-+Fiat/corrida_solar_australia.jpg" width="1280" height="853"/>
Juntar carro e energia solar não é algo exatamente novo. Desde 1992 é realizada uma Corrida Solar no autódromo de Suzuka. Os modelos movidos a energia solar precisam dar voltas durante 5 horas no autódromo.&nbsp;
Na Austrália, é realizado o Desafio Solar Mundial, ao menos desde 1987 a cada dois anos. Os competidores precisam percorrer 3.021 km utilizando apenas energia solar. A prova costuma levar mais de 70 horas para a conclusão.&nbsp;
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Estes Fiat usam luz solar para poupar combustível, e não são híbridos!

Ecoposto fotovoltaico de Fernando de Noronha suscita dúvida sobre se já é possível ter um EV rodando só com energia vinda do Sol

Na última semana, voltou a ser notícia a inauguração, em março de 2021, do primeiro “ecoposto” para recarga de veículos elétricos (EVs) na paradisíaca Fernando de Noronha.
Na ilha, a proibição da circulação de automóveis movidos por motores a combustão começa a vigorar, em 2030, mas até agora são geradores a gasóleo – combustível usado por propulsores do ciclo Diesel – que produzem a energia elétrica disponível para a frota atual.
Ou seja, os 70 elétricos que atualmente rodam por lá vinham sendo recarregados quase sempre com eletricidade de origem “suja”. O novo projeto estipula substituir essa energia por outra de fonte renovável. Até aí, tudo parece muito bom.
“O Projeto Trilha Verde prevê a instalação de 12 ecopostos, sendo oito pontos de recarga rápida com potência de 22 quilowatts (kW) e outros dois com potência de 7,4 kW”, destaca o presidente da Neoenergia, que é um braço do grupo espanhol Iberdrola, Saulo Cabral.&nbsp;
A empresa está presente em 18 Estados brasileiros, além do Distrito Federal, atuando no setor elétrico desde 1997. As duas unidades de 7,4 kW terão suporte a V2G, do inglês “vehicle-to-grid”, com fluxo bidirecional que permite, além da recarga, a “devolução” da eletricidade não utilizada.
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É como se você pagasse por uma peça de queijo, comesse só a metade e devolvesse a outra, mas não fosse ressarcido pelo que não usou. Um “negócio da China”.&nbsp;
Inicialmente prometida para março, a geração fotovoltaica de 100 kWp (por pico) por duas novas “usinas” – o correto, para quem tem responsabilidade jornalística, é o termo “estações” – solares ainda não foi concretizada.
A promessa é que, com capacidade máxima, o eletroposto consiga atender até seis veículos ao mesmo tempo em uma base com 90 metros quadrados de cobertura, todos preenchidos com painéis fotovoltaicos. A capacidade será de 26MWh por ano, o suficiente, segundo a companhia, para suprir 180.000 km rodados.&nbsp;
Entre os parceiros da Trilha Verde, a Renault cederá seis EVs e venderá outros quatro para a Neoenergia, a serem usados para capacitação de profissionais locais para sua manutenção. Isso porque, ao contrário do que ocorre em qualquer outra região do país, as revisões por lá não são feitas em concessionárias ou pontos assistenciais.&nbsp;
“Para a Renault, é um privilégio contribuir com o programa Noronha Carbono Zero e, assim, ajudar na preservação de um patrimônio ecológico da humanidade”, destaca o presidente da subsidiária nacional da marca, Ricardo Gondo.
Tudo parece tão bonito que nos leva a perguntar. Por que simplesmente não instalamos painéis solares em cima de cada telhado de nossas edificações, em vez de queimar trilhões de litros de combustível fóssil para gerar energia em termelétricas?
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/ferrari-esta-com-medo-da-eletrificacao-e-o-motivo-vai-bem-alem-dos-carros/1952" target="_blank">Ferrari está com medo da eletri</a><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/ferrari-esta-com-medo-da-eletrificacao-e-o-motivo-vai-bem-alem-dos-carros/1952" target="_blank">f</a><a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/ferrari-esta-com-medo-da-eletrificacao-e-o-motivo-vai-bem-alem-dos-carros/1952" target="_blank">icação e o motivo vai bem além dos carros</a>
<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Carros+el%C3%A9tricos/Energia+solar/Esta%C3%A7%C3%A3o+de+recarga+com+energia+solar+Fernando+de+Noronha+close.jpg" width="1280" height="853"/>
<h2>Pouca praticidade</h2>
A resposta vem de Tyler Benedict, ex-analista do Goldman Sachs e diretor associado da Bain &amp; Company. “Na ponta do lápis, você precisaria de 24.000 Watts de painéis solares e 125 baterias de 12 volts para rodar o equivalente a 0,2 milha (o equivalente a 320 metros)”, explica o administrador e cientista político.
“Este cálculo leva em conta quatro horas diárias de sol a pino, para carregarmos uma bateria auxiliar de 200 Ampère-hora (Ah), que teria toda sua energia sugada assim que você conectasse seu elétrico a ela, mais rápido do que o tempo que levei para fazer essas contas”, acrescentou.
De acordo com ele, que fez seus cálculos a partir de um modelo doméstico – e não de uma “usina” como a anunciada para Fernando de Noronha – 20% da carga se perderia só na conversão, enquanto a energia passa pelo inversor, e uma recarga completa levaria 40 horas ou mais.&nbsp;
“É uma questão matemática. Portanto, não há praticidade nenhuma nisso, porque as recargas seriam tão demoradas que não daria para percorrer uma distância útil em relação ao tempo perdido”, sentencia Benedict.
Empresas estrangeiras, como a EmPower Solar e a SunPower, que vendem soluções de energia solar para uso doméstico, garantem o contrário, assegurando que a economia anual pode chegar a US$ 1.000 (o equivalente a R$ 5.300).&nbsp;
Esta segunda afirma que, com 75 painéis fotovoltaicos, daria para alimentar as baterias de um Tesla Model S diariamente. Para um motorista que roda, no máximo, 60 quilômetros por dia, seriam necessários “apenas” 12 painéis.
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<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Carros+el%C3%A9tricos/Energia+solar/Pain%C3%A9is+fotovoltaicos+energia+solar.jpg" width="1280" height="853"/>
<h2>E em termos industriais?</h2>
“No nosso caso, os veículos estão rodando com a energia produzida, unicamente, pela luz do sol e nenhuma outra fonte”, atesta o diretor executivo da californiana Envision Solar, Desmond Wheatley.&nbsp;
“Nossa rede é implantada, rapidamente, porque as empresas ou entidades governamentais que a utilizam não precisam obter licenças ou incorrer em custos infraestruturais. É escalável e pode atender a qualquer frota, enquanto os veículos movidos a energia solar não geram emissões”, acrescenta.
Wheatley pontua que a rede de energia norte-americana não tem capacidade suficiente para atender sua demanda normal e, ainda, alimentar milhões de novos EVs. “Precisaríamos de 20%, no mínimo, mais capacidade”.
Um sistema com quatro painéis solares com geração de 1 kW, ocupando 8 metros quadrados, gera o equivalente a 850 quilowatt-hora (kWh) anuais, eletricidade suficiente para 24 recargas das baterias de um EV de médio porte, por exemplo, o que se traduziria em uma autonomia de 5.200 quilômetros.&nbsp;
Ou seja, enquanto o leitor é levado a crer que, em Fernando de Noronha, estão sendo construídas “usinas” para captação, conversão e fornecimento de energia solar, a realidade prática é muito diferente e menos parecida com um filme de ficção científica.
“Cada estação de carregamento é uma vaga de estacionamento. Os painéis solares ficam no topo, enquanto o equipamento eletrônico está logo abaixo. O usuário conecta seu carro à tomada e está configurada a rede”, explica Wheatley.&nbsp;
Na cidade de Nova York, maior “cliente” da Envision e parâmetro de comparação para nossas maiores regiões metropolitanas, que são Rio de Janeiro e São Paulo, cidades infinitamente maiores que Vila dos Remédios, em Fernando de Noronha, o custo unitário de uma estação de recarga EV-ARC da empresa é de US$ 65 mil (o equivalente a R$ 345 mil).
“Só a economia com a parte estrutural em relação à rede elétrica convencional, já que nossa estação dispensa cabos e custos de instalação, chega a US$ 40 mil, em 20 anos”, assegura.
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<img src="https://s3.sa-east-1.amazonaws.com/revista.mobiauto/Carros+el%C3%A9tricos/Energia+solar/Esta%C3%A7%C3%A3o+de+recarga+com+energia+solar+Fernando+de+Noronha.jpg" width="1280" height="853"/>
<h2>Estudo demonstra o real potencial</h2>
Para nos certificarmos se as promessas de Wheatley e da Neoenergia não são, apenas e tão somente, papo de vendedores, tomamos por base a boa e velha Suíça, referência de tudo que é bom neste mundo.
No país, o setor fotovoltaico (PV) está crescendo rapidamente em popularidade, cobrindo 5% do consumo de eletricidade do país, que tem uma frota de 200 mil automóveis híbridos e 70 mil EVs.&nbsp;
Lá, a equipe liderada pelo professor de Engenharia de Geoinformação da ETH Zurich, Martin Raubal, promoveu um estudo para saber se proprietários conseguiam recarregar as baterias de seus EVs a partir de energia solar, sem que isso restringisse o uso do carro por mais tempo do que já ocorre, na recarga convencional.
“As pessoas, com toda razão, nos perguntam como poderão usar seus EVs, se eles tiverem que ser carregados durante o dia, enquanto o sol está brilhando”, comenta Raubal, que é doutorando no Instituto de Cartografia da ETH Zurique e cientista do Instituto de Pesquisas Avançadas em Inteligência Artificial (IARAI), de Viena.&nbsp;
“Nossos resultados mostram que os proprietários de veículos elétricos poderão recarregá-los, sem restrições de uso, mesmo sem armazenamento intermediário. Em escala doméstica, a potência máxima de carregamento foi de 11 kW, com pico de até 25 kWp.
Leia também: <a href="https://www.mobiauto.com.br/revista/nova-moda-dos-hackers-e-atacar-estacoes-de-recarga-de-carros-eletricos/1840" target="_blank">Nova moda dos hackers é atacar estações de recarga de carros elétricos</a>
O problema é que, usando a rede convencional, apenas 15% da demanda de eletricidade é suportada pelo sistema fotovoltaico, e só com a implementação de um controle inteligente, conseguimos ampliar este percentual para, no máximo, 56%.
Se o leitor comparar os números do parágrafo acima com os divulgados pela própria Neoenergia, verá que durante a pesquisa com 78 usuários domésticos, na Suíça, foi obtida uma potência de recarga maior do que a anunciada para a estação de Fernando de Noronha.
Por isso, na opinião até mesmo de quem estuda este tipo de solução, o uso da energia solar como fonte estrutural, comercial e pública de recarga para EVs ainda não passa de um projeto.&nbsp;
“Nosso estudo demonstra o potencial do carregamento inteligente para um fornecimento descentralizado e que, no futuro, pode ser usado em estações de recarga”, assinala Raubal. Portanto, acreditar que já é possível ter uma frota de elétricos inteiramente carregada com energia limpa do sol não passa de sonho. Ou pura crendice.
Imagens: Divulgação
Este texto contém análises e opiniões pessoais do colunista e não reflete, necessariamente, a opinião da Mobiauto.&nbsp;
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