O que a GWM tem a ver com o novo Mini Cooper elétrico
Apesar de ainda não ter uma data fixa para desembarcar no Brasil, o novo Mini Copper elétrico já mostrou seu visual no Salão do Automóvel de Munique, na Alemanha, em setembro deste ano. Agora o que pouca gente sabia era a participação da montadora chinesa Great Wall Motor (GWM) na produção da nova versão, algo curioso, já que a marca Mini pertence ao grupo BMW.
Na última semana, o novo Mini Cooper elétrico saiu da linha de montagem da fábrica Spotlight Automotive, na China. O espaço é usado em uma espécie de coworking (trabalho compartilhado), fruto de uma parceria entre a GWM e BMW desde 2019. No local as marcas compartilham toda estrutura e produzem juntas, mas depois disso o que vale é a máxima de “parceiros, parceiros, vendas à parte”. Ou seja, todo o pós-produção é feito de forma independente.
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Localizada na cidade de Zhangjiagang, na província chinesa de Jiangsu, a Spotlight Automotive saiu do papel com um investimento de mais de R$ 1,1 bilhão. Vale lembrar que a BWM possui 50% das ações da empresa, enquanto a outra metade pertence a GWM.
Para se ter uma ideia da capacidade de produção da Spotlight Automotive Factory, a fábrica conta com uma capacidade de fabricar nada menos do que 160 mil veículos por ano.
Como será o novo Mini Cooper 2024?
Totalmente elétrico, o novo hatchback estará disponível em duas versões: Cooper E e Cooper SE. A variante de entrada é equipada com um motor elétrico de 184 cv (135 Kw) e 29,6 kgfm de torque, já a opção SE tem uma motorização de 160 kW (214 cv) e 33,65 kgfm.
Os números de aceleração de 0 a 100 km/h são bons como todo carro elétrico e ficam em 7,3 segundos na configuração mais básica, enquanto a topo de linha reduz esse tempo para 6,7 segundos.
Para os preocupados com autonomia, o Cooper E oferece uma
bateria de 40,7 kWh e um alcance de 305 km. Com 97 km a mais, o SE consegue 402
km de autonomia com uma bateria de 54,2 kwh. Para efeitos de comparação, o
modelo atual oferece 234 km, isso pela parâmetros do WLTP.
As informações para recarga de bateria indicam 11 kW no padrão AC e ótimos 95 KW em recarga rápida DC (75 kW para a versão de entrada). Com essa configuração, a Mini afirma que é possível recuperar de 10% a 80 % da carga da bateria em aproximadamente 30 minutos.
Seguindo uma tendência no design dos veículos elétricos, o novo Cooper virá sem o painel de instrumentos, ou seja, concentrará tudo em uma tela só. Assim como em modelos de outras marcas, à exemplo do Volvo EX30, uma display ficará na parte central do Mini. Apesar do display flutuante, o modelo ainda oferece um comando físico logo abaixo da tela de 24 cm.
Aos puristas do Cooper, um recado, aos menos na parte
externa, poucas mudanças foram feitas no novo Mini Cooper. Os já conhecidos
faróis redondos e a grade oval foram mantidas. O estilo da carroceria, as
linhas que delimitam o hathback também. Somente as lanternas, agora com formato
triangular, chamaram mais a atenção como novidade e causaram mais polêmica A
previsão para a distribuição do Mini Cooper no mercado global é para o primeiro
semestre de 2024.
Repórter
Encontrou no jornalismo uma forma de aplicar o que mais gosta de fazer: aprender. Passou por Alesp, Band e IstoÉ, e hoje na Mobiauto escreve sobre carros, que é uma grande paixão. Como todo brasileiro, ainda dedica parte do tempo em samba e futebol.