Mercedes-AMG EQS 53 chega a R$ 1.350.900 com painel todo coberto por telas
A Mercedes-Benz está iniciando uma ofensiva elétrica no Brasil. O plano é ter até 2024 uma versão elétrica de todos os carros em sua gama. O primeiro dessa arrancada é o EQS, que seria a configuração elétrica do sedan Classe S.
Obviamente, o AMG EQS 53 terá carreira própria. Após um período de pré-venda de dois meses, o modelo desembarca no Brasil por R$ 1.350.900, apostando na personalização e na grande autonomia para convencer quem procura um elétrico de luxo.
Se o valor te chamou atenção, saiba que esse preço pode subir muito. A empresa alemã disponibilizou 33 pacotes opcionais para personalização. O mais interessante deles, que tivemos acesso durante o teste drive, foi o AMG Dynamic Plus.
O pacote aumenta a potência dos habituais 658 cv de potência e 96,9 kgfm de torque do motor elétrico para 761 cv e 104,01 kgfm. Neste caso, o 0 a 100 km/h é feito em 3,4 segundos. Há ainda o Race Start Boost, uma espécie de lauch control para uso na pista, entregando toda a performance de uma só vez, com direito a um barulho característico para simular um motor V8. Além do AMG Sound Experience Performance, que falaremos mais nas impressões.
O EQS 54 tem autonomia de até 580 km de acordo com o ciclo WLTP. O alcance ainda é menor que o BMW iX, mas acima dos principais rivais. As baterias são de 107,8 kWh e podem ser carregadas de 10% a 80% em 31 minutos em um carregador de 200W ou 10 para a carga completa em um wallbox convencional.
Como é o EQS?
Visualmente, o EQS tem identidade própria em relação ao Classe S, apesar da silhueta lembrar bastante. A grade Panamericana, exclusiva dos modelos AMG, se destaca na dianteira, mas é toda fechada, típico de carro elétrico.
O estilo cupê e as lanternas conectadas completam o visual. Chamam a atenção as rodas, que podem ser de até 22 polegadas, que combinou com os 5.216 mm de comprimento e mais de 3.210 mm de entre-eixos.
Apesar desse tamanho todo, manobrar o EQS ou fazer curvas mais acentuadas é muito fácil. Isso graças às rodas traseiras estressantes, que podem girar até 10 graus para facilitar as manobras. Até 60 km/h, o esterço é feito no sentido contrário aos da roda dianteira, acima dessa velocidade ela acompanha o conjunto da frente.
Telas para todos
O grande chamariz do EQS 53 é o seu painel. O modelo estreia no Brasil a MBUX Hyperscreen, uma tela gigantesca com cluster de instrumentos e duas telas para a central multimídia. A principal delas é posicionada no centro do painel, enquanto a segunda tela fica em frente ao banco do carona.
Essa tela secundária tem todas as funções da central multimídia, podendo acessar o GPS, sistema de massagem dos bancos, iluminação do interior e muitas outras funções. Todo esse conjunto vai além da função estética e da praticidade para o carona.
A MBUX Hyperscreen trabalha com realidade aumentada, sendo possível acompanhar o GPS em 3D, com câmeras que são ativadas automaticamente em todas as paradas e continuam indicando os caminhos. Tudo isso é possível graças ao processador de 8 núcleos e os 24 GB de memória RAM – mais que muitos “PC Games”.
A tela tem movimento fluído e realmente agrega uma nova experiência para condutor e passageiro, mas certamente irá demorar muito para termos algo desse tipo em um patamar consideravelmente mais acessível que os R$ 1.3 milhão do EQS.
Como anda o EQS 53
A Mobiauto teve um breve contato com o EQS nas ruas de São Paulo. É possível afirmar que o EQS se comporta com diversas personalidades. O sedan talvez seja o que melhor resolveu a calibração do acelerador. É comum em alguns elétricos o acelerador não entregar a mesma sensação de um carro a combustão no sentido de linearidade.
No caso do EQS, o acelerador está bem calibrando, portanto, um motorista que tiver o primeiro contato com um elétrico estranhará apenas a falta do barulho do motor, que também pode ser resolvido com o AMG Sound Experience Performance.
Esse dispositivo, que é um opcional, é capaz de imitar o som de um motor V8, com direito a mais ou menos barulho dependendo da sua aceleração. O barulho também é emitido do lado de fora, mas, ao ouvidos mais treinados, é perceptível que não se trata de um motor real.
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Editor de conteúdo
Prefere os hatches com vocação esportiva, ainda que com um Renegade na garagem. Formado em jornalismo na Fiam-Faam, há 10 anos trabalha no setor automotivo com passagens pelo pioneiro Carsale, além de Webmotors e KBB.