Câmbio automatizado de uma embreagem morre no Brasil. E não fará falta
Não há mais carros oferecidos no Brasil com câmbio automatizado de apenas uma embreagem. O Fiat Cronos GSR, último modelo do tipo em comercialização no país, saiu do configurador da marca italiana nesta semana, conforme atentado pelo site Autos Segredos.
A mudança foi aplicada ao sedan compacto ainda na linha 2020. Em breve, o modelo importado da Argentina entrará no ano-modelo 2021. Como a Mobiauto já adiantou, sua grade passará a trazer o novo logotipo da Fiat. Além disso, a versão 1.3 GSR será definitivamente abandonada do catálogo.
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Por enquanto, o Cronos com motor 1.3 Firefly flex de 109 cv com etanol seguirá existindo apenas com câmbio manual de cinco marchas. Em 2021, porém, é bem provável que tanto o três-volumes quanto o Argo e também a picapinha Strada ganhem caixa CVT na configuração de 1,3 litro.
O câmbio automatizado monoembreagem surgiu com a proposta de oferecer a mesma comodidade de um automático com conversor de torque (dispensando as trocas manuais e também o pedal da embreagem, porém com custo de aquisição e manutenção muito mais barato.
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Para tanto, o sistema era nada mais do que uma caixa convencionalmente manual assistida por um sistema eletro-hidráulico a ela acoplada, responsável por automatizar o desacoplamento da embreagem e o trabalho de subir ou descer marchas.
Na prática, porém, todos os sistemas oferecidos no mercado, em maior ou menor grau, notabilizaram-se pelo excesso de trancos nas trocas, pelas respostas lentas nas reduções, pelas patinadas nas embreagens e, por vezes, até pelo travamento da caixa em neutro.
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A Chevrolet foi a primeira marca generalista a apostar na tecnologia no país, com o câmbio Easytronic. Também foi a primeira a abandoná-la, em 2014, passando a apostar no sistema automático de seis marchas que hoje compõe praticamente toda sua gama no país.
No ano seguinte surgiu o Dualogic, da Fiat, que depois foi rebatizado para GSR e se tornou o mais longevo de todos, sobrevivendo até este ano. O I-Motion, da Volkswagen, veio logo depois e morreu em 2019. Outra a ter uma caixa do tipo foi a Renault, com a Easy’R.
Aos poucos, todas as fabricantes perceberam que valia mais a pena investir em câmbios automáticos de verdade (CVT ou com conversor de torque), mesmo cobrando mais caro. Afinal, já não existe mais carro automático abaixo de R$ 60 mil em nosso mercado.
Ainda assim, aparentemente os automatizados de uma embreagem farão pouca ou nenhuma falta entre os consumidores.
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Jornalista Automotivo